quinta-feira, junho 04, 2020

Judiciária

Aos protagonistas da nossa Polícia Judiciária - instituição com elevado mérito e qualidade - no caso Madelaine McCann recomendar-se-ia alguma contenção, neste tempo do processo que lhes não pertence. Parece não se darem conta que assim arrastam a imagem do país para o ridículo.

6 comentários:

João Cabral disse...

Tem razão, não devem o seu contributo para mais uma digressão do circo McCann.

Anónimo disse...

é possível que sejam jovens e não acompanharam os eventos da década

Anónimo disse...

Involuntariamente, tive oportunidade de ver nas manhãs dos diferentes canais um ou outro comentador (alguns do tempo em que garantiam a culpa dos pais) e ficar aterrorizado com os comentários: a nossa polícia é que é boa ( viu-se...), o Gonçalo Amaral é que tinha razão (?!), a Polícia Inglesa já gastou milhões com a investigação ( até dá a impressão de que nós é que pagamos..), etc, etc. As nossas televisões continuam, portanto, com os mesmos lunáticos comentadores ( como, por exemplo, um tal Hernâni, obviamente desiquilibrado), com outros novos, mas lunáticos também ( como uma senhora que aparece na TVI ). Nâo percebo bem, mas se isto é Portugal e os portugueses, quero fugir daqui ....

Anónimo disse...

Não sei..., será que este reavivar do caso não é um fait diver da polícia britânica é uma tentativa de justificar o investimento feito? Então a dois dias de o alegado senhor sair da prisão, tanto quanto ouvi, é que isto vem a público? Estranho...

Paulo Guerra disse...

A partir do momento em que nunca foi possível encerrar o processo em Portugal... Ou até fazer algo tão simples e tão habitual neste tipo de investigações como uma reconstituição... E não foi por falta de empenho da PJ. Eu até julgo que é mesmo materialmente impossível qualquer outra polícia, independentemente do país, reclamar outro tempo processual sem a colaboração da PJ.

Independentemente do tempo e do episódio, eu estou plenamente convencido que sempre bastaram duas perguntas para responder a um enigma quase com duas décadas. Que tipo de pais deixa os filhos, ainda bébés, sozinhos em casa para ir jantar fora? E que tipo de pais vêm uma filha desaparecer num país estrangeiro,durante as férias e abandonam esse mesmo país antes do aparecimento da filha? Independentemente do andamento do processo judicial. Porventura terão pensado que a criança foi sozinha até ao aeroporto apanhar um avião para casa?

Paulo Guerra disse...

Só acrescentar uma nota para que não passe uma ideia errada. Realmente, concordo que a PJ - - instituição com elevado mérito e qualidade – também não andou bem no caso em questão. O que se repercute sempre na imagem do país como é óbvio. Logo a começar pela escolha do investigador responsável, que já tinha levantado muita celeuma com uma investigação que também envolvia o desaparecimento de uma criança – a Joana – no caso da Leonor Cipriano.

Ora num processo que envolveria sempre cidadãos de outro país a necessitar de pinças… Numa época em que a ciência forense ainda era muito descurada em Portugal e onde a maior parte dos investigadores apostava tudo nos interrogatórios. Por vezes com excessos. Como hoje em relação às escutas. O que também denota um problema. Na época ficou mal a PJ e o país mas estou convencido que hoje não se repetiria.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...