quinta-feira, junho 04, 2020

Américas

Mais do que as fortes acusações feitas a Trump pelo antigo responsável pela Defesa, James Mattis, acusando-o de ser um fator de divisão do país, impressionou a declaração do atual titular, que se afastou da leitura do presidente sobre o uso das Forças Armadas no plano interno

2 comentários:

Joaquim de Freitas disse...

São tantas as personalidades americanas e outras ,no estrangeiro, que lamentam que o chefe da nação mais poderosa do mundo, seja incapaz de vir à televisão apresentar as suas desculpas para a maneira trágica como trata os problemas cruciais do povo americano, nestes tempos de Covid19 e revolta social…. ambos inéditos na sua história, pela sua violência!

Mas Trump é incapaz de pedir desculpa a todas as viúvas, órfãos, pessoas esquecidas, àqueles que caíram na pobreza, no seu próprio país, e ainda menos a milhões de outras vítimas do imperialismo americano no mundo.

Imaginemos que ele decida que as intervenções americanas no mundo, tao onerosas, vão acabar finalmente, e informasse que Israel já não é o 51º Estado dos Estados Unidos, mas a partir de agora - curiosamente para dizer - um país estrangeiro.

E que anuncie que vai reduzir o orçamento militar em pelo menos 10%, usando o excedente para pagar reparações às vítimas e tratar os problemas sociais que afectam o seu povo. Seria mais do que suficiente.

O orçamento militar de um ano de 330 biliões de dólares é mais de $18.000 por hora desde o nascimento de Jesus Cristo.

Mas sabemos que não o fará…E por duas razoes, Senhor Embaixador:

As estruturas de poder globais estão agora centralizadas em toda esta nação, lar da maior população bilionária do mundo e da força militar mais poderosa na história da civilização. Uma quantidade insondável de poder gira em torno desta nação, por isso foram implementados mecanismos para garantir a sustentabilidade do seu status quo. Estes mecanismos incluem o sistema de propaganda mais sofisticado alguma vez concebido, uma rede de espionagem doméstica orwelliana, o aumento da censura na Internet e a raiva contra Twitter é uma brincadeira, e acima de tudo, uma força policial altamente militarizada. Que não hesita a empregar com o código de atirar para matar…

Trump e os seus predecessores deste império global sempre estiveram conscientes de que o ponto mais fraco da sua máquina é a possibilidade de que as centenas de milhões de pessoas que vivem nesta nação decidam um dia que o status quo imperial não os serve e que nem tao pouco os protege com uma Segurança Social e um Sistema Geral de Saúde dignos duma grande potência.

Sabem que a última linha de defesa contra esta possibilidade é a sua capacidade de usar a violência extrema contra a população até que deixe de se revoltar, pelo que não têm qualquer intenção de renunciar a essa capacidade. Um império planetário inteiro depende disso.
Os dois generais chamaram a sua atenção que o seu poder finalmente é limitado…Esta é a boa noticia da semana.

Anónimo disse...

Curiosa a afirmação do actual conselheiro de defesa quanto ao não utilizar ali, agora, "not yet" tropa convecional.

Claro que unidades militares treinadas para conflitos com inimigo externo (interno?) num contexto de destruir, matar o inimigo para a qual estão teinadas, possívelmente já com esse tipo de experiência (pelo menos os quadros) realmente não são eficazes -quiçá contra-producentes- em cenários de civis desarmados nas ruas. Óbvio.

Frizou o militar, no púlpito do Pentagno, que "é minha opinjão" ele achava que a situação, as condições "ainda" não eram .... Aliás independentemente desta sua opinião seria sempre o PR a mandar, quer sim, quer não, aqueles militares para a rua e com que directivas.
Aliás D. Trump já por várias vezes decidiu contra os seus conselheiros militares, lembremo-nos do caso do abate do drone de reconhecimento em/fora de águas territoriais Iranianas. "Quantas baixas tivemos?" perguntou aos militares que queriam pulverizar o Irão.

De assinalar é um subalterno aparecer em público, formalmente, a dar as suas opiniões, palpites. Porque não se bastou com o que disse na reunião ao seu PR?. Quer sair e candidatar-se a uma qualuqer eleição?.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...