1. Logo veremos como vai acabar a crise democrata-cristã alemã. Mas a tensão entre a CDU e uma importante setor da CSU, que Angela Merkel tinha conseguido manter formalmente sereno até agora, não é uma boa notícia para aquilo que a Europa deve fazer e que, sem a vontade da Alemanha, não pode fazer. Nos tempos que correm, por muito que alguns não gostem de ouvir isto, a revelação de fraquezas por parte de Merkel é sinónimo da fragilidade da Europa. E, por arrasto, de quem nela acredita.
2. A vitória de Lopez Obrador no México tem condições para poder vir a ser uma "revolução" maior do que pode supor-se. Não apenas a nível interno: baralha o sistema político, ocorre num país com contrastes sociais históricos, com áreas hoje tomadas pela criminalidade quase impune, é fruto de uma esperança difícil de concretizar. Também no plano internacional: naquilo que vier a ser o diálogo necessário com os EUA, no modo como o êxito ou inêxito do modelo vier a projetar-se, ou não, em alguma da restante América Latina, no "convívio" que Obrador vier a fazer, ou não, com o populismo.
3. Posso estar enganado (e desejaria estar), mas, desde o início, tenho um sentimento negativo quanto ao processo entre os EUA e a Coreia do Norte. Trump fez um gesto que, na sua perspetiva, tem de ter consequências práticas mensuráveis num determinado calendário temporal, e em especial eleitoral. Ora o "tempo" coreano é necessariamente outro, como (sempre) se viu no passado e isso pode vir a ter reflexos exasperantes no líder dos "tweets". Repito: espero estar enganado.
2 comentários:
1- Na verdade reconheça-se o óbvio: a "União Alemã", como a "União Europeia", são melindrosos processos, ainda em plena construção.
2- Na primeira fase o socialismo, internamente, "disciplina" a sociedade. Criará um muro, do lado de dentro, o que terá consequências. Externamente escolherá os seus, novos, aliados. Os vizinhos não vai pode escolher.
3- O complexo industrial militar/CIA já mostrou de que lado está e sempre esteve. A Paz é linda, mas como vive da Guerra.... Será interessante ver o que um "business man", eleito #1 político nos EUA, irá fazer, ou não.JS
Fomos levados a pensar que a Coreia do Norte se desarmaria a troco de dinheiro, mas os seus dirigentes sabem que se o fizerem acabam como kadafis. Parece-me que a única hipótese seria a desnuclearização da península e a remoção do armamento nuclear posicionado no Japão. Mas quem acredita nessa solução? Tudo continuará como dantes.
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