Tenho muitas dúvidas sobre a questão da eutanásia. Mas já ouvi muitos bons argumentos a favor, por parte de gente por cuja opinião tenho muito respeito.
Senhor embaixador, a partir do momento em que se tem um SNS no estado em que está e a rede de cuidados é altamente insuficiente, discutir o que seja sobre o assunto é tão irresponsável quanto absurdo. Para não dizer criminoso.
A questão da eutanásia é simplesmente uma questão de liberdade individual. A liberdade individual é coisa que para o Francisco não tem muito valor (só se interessa por liberdade política, creio), mas para algumas outras pessoas tem. Da liberdade pessoal faz parte a liberdade de poder livrar-se da vida quando esta se lhe é incómoda.
Há um discurso bafiento que surge neste tipo de questões.
Sendo, essencialmente, uma questão de liberdade individual, não é de admirar que esse esteio da Liberdade que é o PCP esteja contra a lei. De mãos dadas com os homens de batina, condenando ao sofrimento os que dele não se conseguem libertar.
Curiosamente, os que não querem permitir o suicídio assistido não acham que se deva condenar alguém por um suicídio falhado. Aquelas contradições...
Não tenho estado a par do assunto, infelizmente. Mas há uma coisa que me perturba: é a autora do diploma. Deus me perdoe, mas a senhora é tão intolerante (ou pelo menos parece) que me mete medo.
A eutanásia é um tema muito sensível, daí que cause perplexidade que, num país com um SNS em rotura, num pais envelhecido, exista um governo que teimosamente insiste neste aspeto recusando, vou repetir, recusando referendar a eutanásia,uma decisão tão individual…. o que será que isto quer dizer?
O que quer dizer é que um referendo é um grande risco. O "Anónimo" das 05.17 pôs o dedo na ferida ao falar da situação no SNS, de que ontem aqui falei pontualmente. É que eu tenho um seguro de saúde há 30 anos e vai funcionando bem. Mas como também já falei aqui, conheço quem não o tem, não porque não o possa ter mas porque há constrangimentos, de vários tipos, que podem surgir no acesso e/ou manutenção. E esses estão lixados pois se só falarmos com os que têm seguro privado há muito tempo ou ADSE desde sempre encontramos um certo diletantismo na abordagem do assunto. Se não se têm os problemas por perto é como se não existissem.
9 comentários:
Sujeito de actualidade e de debate.
Devemos concluir que o epicento deste debate, é sobretudo espiritual ?
C. Falcão
Senhor embaixador, a partir do momento em que se tem um SNS no estado em que está e a rede de cuidados é altamente insuficiente, discutir o que seja sobre o assunto é tão irresponsável quanto absurdo. Para não dizer criminoso.
A questão da eutanásia é simplesmente uma questão de liberdade individual. A liberdade individual é coisa que para o Francisco não tem muito valor (só se interessa por liberdade política, creio), mas para algumas outras pessoas tem. Da liberdade pessoal faz parte a liberdade de poder livrar-se da vida quando esta se lhe é incómoda.
Liberdade individual ?
E a ética ?
Muito bem, Lavoura.
Há um discurso bafiento que surge neste tipo de questões.
Sendo, essencialmente, uma questão de liberdade individual, não é de admirar que esse esteio da Liberdade que é o PCP esteja contra a lei. De mãos dadas com os homens de batina, condenando ao sofrimento os que dele não se conseguem libertar.
Curiosamente, os que não querem permitir o suicídio assistido não acham que se deva condenar alguém por um suicídio falhado. Aquelas contradições...
Não tenho estado a par do assunto, infelizmente. Mas há uma coisa que me perturba: é a autora do diploma. Deus me perdoe, mas a senhora é tão intolerante (ou pelo menos parece) que me mete medo.
A eutanásia é um tema muito sensível, daí que cause perplexidade que, num país com um SNS em rotura, num pais envelhecido, exista um governo que teimosamente insiste neste aspeto recusando, vou repetir, recusando referendar a eutanásia,uma decisão tão individual…. o que será que isto quer dizer?
O que quer dizer é que um referendo é um grande risco.
O "Anónimo" das 05.17 pôs o dedo na ferida ao falar da situação no SNS, de que ontem aqui falei pontualmente.
É que eu tenho um seguro de saúde há 30 anos e vai funcionando bem.
Mas como também já falei aqui, conheço quem não o tem, não porque não o possa ter mas porque há constrangimentos, de vários tipos, que podem surgir no acesso e/ou manutenção.
E esses estão lixados pois se só falarmos com os que têm seguro privado há muito tempo ou ADSE desde sempre encontramos um certo diletantismo na abordagem do assunto.
Se não se têm os problemas por perto é como se não existissem.
E óbviamente sem experiência nenhuma!
De cór qualquer um fala
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