quinta-feira, fevereiro 08, 2024
Bolsonaro
Uma operação policial foi hoje desencadeada contra Jair Bolsonaro, inculpando-o nos atos sediciosos ocorridos no início do ano passado. É de desejar que uma ação que tem por alvo um antigo presidente da República esteja a ser levada a cabo com base em sólidas provas, para que não venha futuramente a deixar margem a quaisquer dúvidas de que possa ter tido na sua origem uma qualquer "vendetta", cavalgando a mudança do ciclo político. Por um legítimo e quiçá compreensível preconceito, podemos ser tentados a pensar que Bolsonaro não merece o benefício da dúvida. Mas a democracia tem regras. É essa, aliás, a sua imensa superioridade.
Excitações
quarta-feira, fevereiro 07, 2024
Uma questão
terça-feira, fevereiro 06, 2024
Como eu vejo as coisas
segunda-feira, fevereiro 05, 2024
Orgulho
Alguns comentadores devem ter mães que, chegados eles lá a casa, lhes devem dizer, orgulhosas: "Ó filho! Mas se tu, afinal, sabes mais do que aqueles senhores sobre o que é que se devia fazer e o que é bom para o país, não devias ser tu a mandar?" E dão-lhes pão com marmelada.
Uma doença democrática
Sala de espelhos
E os da coroa?
domingo, fevereiro 04, 2024
Rui Patrício (1932-2024)
Rui Patrício fez, naquele país, uma destacada carreira de advocacia e na área empresarial, tendo-se igualmente mantido ligado a instituições da comunidade portuguesa.
Desde o tempo em que fui embaixador no Brasil, construí com Rui Patrício uma relação de grande simpatia, que se converteu em amizade. Chegámos a planear escrever um livro juntos, o que, por várias razões, acabou por não se concretizar. Encontrámo-nos bastante no Brasil, mas também em Paris e em Lisboa. Criei por ele um grande respeito e consideração, não obstante o fosso ideológico que nos separava, que nunca afetou o nosso convívio.
Recentemente tive o gosto de dedicar-lhe um livro que publiquei e em que ele é referido. Partilho uma imagem dele a lê-lo.
À família de Rui Patrício, em especial ao seu filho Miguel, deixo as minhas sentidas condolências.
A sigla
Ao observarem o comportamento recente dos agentes da PSP, os socialistas portugueses terão confirmado a imensa sabedoria da decisão que foi tomada, aquando da fundação do partido, de, ao contrário de todos os seus homólogos pelo mundo, não incluírem a nacionalidade no nome.
PSP
Por estes dias, a hierarquia da Polícia de Segurança Pública deveria lembrar-se do esforço que a corporação tinha vindo a fazer para se credibilizar perante os portugueses, como instituição integrante e protetora da ordem democrática, apagando a imagem que tinha de força repressiva ao serviço da ditadura. E o mesmo vale para a GNR.
Não estraguem tudo!
sábado, fevereiro 03, 2024
Porque hoje é sábado
Telefonema de um amigo, ao fim da manhã: "Hoje é o primeiro dia do resto da vida do teu blogue. Tens de comemorar com um post brilhante, que fique memorável. O que é que vais publicar?". Eu, ensonado (deitei-me tarde p'ra burro!): "Sei lá! Acho mesmo que hoje não vou publicar nada!". Resposta do meu amigo: "Não podes fazer isso! Tens uma responsabilidade para com o blogue!". Dei comigo a pensar: "O que é que me acontece se eu não publicar nada? Vou preso? Não me parece! Logo hoje! Deixa-me aproveitar, os polícias estão de baixa psicológica! Hoje ninguém me prende!". E fui jantar com amigos, que é o que se leva desta vida, não é?
sexta-feira, fevereiro 02, 2024
15 anos
Autora do "quadro": a Carris
Turner foi, a grande distância, o pintor referido como mais provável, pelos muitos comentadores, em diversas redes sociais. Outros nomes foram ainda sugeridos: Kroeger, Carlos Araújo, Beckman, Vieira da Silva, Susana Ayres, Mário Botas, Rothko, Domingos Sequeira, Constable, Goya, Victor Hugo, Noronha da Costa, Leonardo da Vinci, Tanya Hayes Lee.
Posso agora revelar esta coisa muito simples: trata-se das traseiras, bem sujas, de um autocarro da Carris, à descida da Calçada da Estrela, que ontem fotografei.
Não fiquem zangados! Ah! O prémio, que ninguém ganhou, era um passe da Carris...
Lapso ou censura
O meu fado
quinta-feira, fevereiro 01, 2024
Matiné cultural
O que eu penso
Depois do ataque terrorista do Hamas, passou a estar na moda dizer que havia uma guerra entre Israel e o Hamas. Isso acabou. O modo como Israel se comporta em Gaza e na Cisjordânia mostra, à evidência, que a guerra é entre Israel e os palestinos. Aliás, foi sempre assim.
A frase
quarta-feira, janeiro 31, 2024
O cheiro soviético
No primeiro dia em que se sentiu o tal cheiro pelas ruas, eu disse à minha mulher: "Não é o cheiro soviético"? Ela concordou.
Mas o que é o "cheiro soviético"? Trata-se de um cheiro que ambos detetámos em vários locais da então União Soviética, quando visitámos o país em 1980. Era um odor que surgia em diversos espaços públicos, que em tudo se assemelha ao que agora anda por Lisboa.
Com isto, não pretendo dizer que "os russos já andam por aí". Mas lá que o cheiro é o mesmo, lá isso é!
terça-feira, janeiro 30, 2024
O caso "República"
Um dos textos que integram o livro de Mário Mesquita recentemente publicado diz respeito ao conflito político e laboral que, em 1975, envolveu o jornal "República", onde ele próprio trabalhava. Na sequência desses acontecimentos, que se projetaram fortemente sobre o ambiente de crispação política que então atravessava o país, o "República" deixou de ser publicado.
Mário Mesquita
segunda-feira, janeiro 29, 2024
"Friends in high places"
Durante a negociação do Tratado de Nice, que Portugal chefiou no primeiro semestre de 2000, uma das questões mais polémicas era o tema das "cooperações reforçadas", da "integração diferenciada" ou da "flexibilidade", como lhe queiram chamar. Trata-se da possibilidade de um grupo de Estados poder adotar certas políticas dentro da União, sem que os outros os sigam. Para simplificar: modelos similares à moeda única ou ao acordo de Schengen.
A NATO e a Revolução de Abril
Com o seu papel catalizador da reação ocidental à ação russa na Ucrânia, a NATO tem andado muito na baila. A possibilidade do regresso de Trump à presidência americana está a provocar algumas interrogações sobre o futuro da aliança de que Portugal faz parte desde 1949, em especial se se olhar para aquilo que foi o seu comportamento perante a segurança europeia, durante o seu primeiro, e até agora único, mandato. Logo veremos, até porque não há nada que, pela nossa parte, possa ser ser feito no sentido de alterar o rumo que as coisas vierem a ter.
domingo, janeiro 28, 2024
sábado, janeiro 27, 2024
Seteais
sexta-feira, janeiro 26, 2024
Isto
Um dia, se e quando viermos a ser uma sociedade decente, todos acabaremos por compreender que ser anti-semita, isto é, detestar os judeus, configura uma atitude criminosa perfeitamente equivalente a ser anti-árabe ou anti-islâmico. Até lá, somos o que somos. Os que o são, claro.
Ai PPD!
A greve dos imigrantes
Há 14 anos, em França, um grupo de ativistas pelos direitos dos imigrantes lançou um movimento sob o lema "24 horas sem nós: um dia sem imigrantes".
quinta-feira, janeiro 25, 2024
Elvas
Fico imensamente reconhecido por este gesto, que se cumula à atribuição da medalha de ouro do município de Elvas, em 2013, juntamente com o professor Domingos Bucho, académico e historiador responsável pela preparação do dossiê de candidatura, com quem tive o privilégio de trabalhar na reunião do Comité do Património Mundial, em São Petersburgo, na Rússia, em 30 de junho de 2012. Para quem estiver interessado, deixo o relato dessa aventura negocial. Basta clicar aqui .
Já assumindo a minha qualidade de elvense honorário, convido-os a visitar aquela que é uma das mais belas e monumentais cidades de Portugal. Se não conhecem, não sabem o que perdem!
quarta-feira, janeiro 24, 2024
Sem cravos em Capacabana
Portucale
Estrangeiros
Marcello Duarte Mathias
O diplomata e escritor Marcello Duarte Mathias escreve hoje, no JL - Jornal de Letras, Artes e Ideias, um artigo sobre o meu livro "Antes que me esqueça".
terça-feira, janeiro 23, 2024
Ali por cá
"Antes que me esqueça"
Gosto de partilhar as boas notícias com os amigos.
Vizinhos do bem
segunda-feira, janeiro 22, 2024
Palavras
domingo, janeiro 21, 2024
Redondos
Tramaram o trema!
Tem barbas!
Tem barbas o truque feito no jornalismo ou no debate político de se perguntar a um candidato se sabe o preço de um bilhete de metro. A Giscard d'Estaing, nos anos 70, foi colocada essa questão e ele não sabia. É grave? Claro que não, mas como golpe demagógico e populista tem um resultado garantido. Quem não conseguir ter isso na ponta da língua - ou o preço da carcaça ou do litro de leite - é tido por insensível face àquilo que apoquenta os mais pobres. Há dias, ouvi dizer que foi perguntado a Pedro Nuno Santos se sabia o custo do bilhete de comboio entre Lisboa e o Porto. Ele, ao que parece, não foi capaz de dizer. Devia ter respondido: "Esse truque já tem barbas, tal como eu".
sábado, janeiro 20, 2024
Uma história antiga
sexta-feira, janeiro 19, 2024
A diplomacia, segundo Álvaro Cunhal
"A política externa deve estar em mãos de gente hábil, de gente capaz de manobrar, de gente capaz de ter linguagens diferentes conforme o sítio onde fala, gente que compreenda que a diplomacia não é bem uma sessão interna de um órgão revolucionário, que a diplomacia de um país revolucionário que vive uma conjuntura internacional determinada e uma situação geográfica como nós vivemos, exige muita maleabilidade e em alguns casos muita ronha".
in "A crise político-militar, Discursos políticos/5, maio/novembro de 1975, Edições Avante!, 1977
quarta-feira, janeiro 17, 2024
Cavaco
Vává
Chega
Militantes do Chega fizeram das suas numa sessão na Universidade Católica, agredindo um jornalista. Denuncia-se o ato? Para quê? Julgam que as pessoas se escandalizem e assim não votam no Chega? Mas ainda não perceberam que quem vai votar no Chega é gente que aceita isso?
Ao que leio, a sessão seria à porta fechada. Ah! Sim? Então a Universidade Católica está disponível para organizar sessões restritas do Chega? O PCP também pode fazer lá reuniões desse tipo?
terça-feira, janeiro 16, 2024
Lavoura
Estão a tomar nota das manifestações dos agricultores alemães? Não viram nada! Esperem pelas perspetivas dos impactos dos futuros alargamentos da União (é disso em que estão a pensar que eu estou a falar) na Política Agrícola Comum...
segunda-feira, janeiro 15, 2024
Às armas?
Quem quer uma guerra? Os EUA? O Irão? Sunak arma em Churchill. Israel faz de morto. A União Europeia faz de conta. Duas coisas são verdade nas guerras: a culpa do desencadear de um conflito nem sempre é do outro e sabe-se como as coisas começam mas não se sabe como acabam.
Outro tempo ? (2)
Outro tempo ?
Em dezembro, antes do Natal, fui despedir-me, com um jantar, do "Poleiro", a poucas horas dos irmãos Aurélio e Manuel Martins trespassarem a casa. Fui dali sempre um cliente fiel, desde a sua abertura, em 1985.
Será que tudo o que era de "outro tempo" está mesmo a encerrar? Isso também será válido para as pessoas?
Pobre PPD !
domingo, janeiro 14, 2024
Voltando aos clássicos
Já Sérgio Godinho cantava no "Lá isso é" : "O fascismo é uma minhoca / que se infiltra na maçã / ou vem com botas cardadas / ou com pèzinhos de lã". É isto, não é?
Foi isto ?
Passei quatro dias sem ver um instante de televisão e parece que perdi uma reunião qualquer do Chega. Dizem-me entretanto que Ventura e o seu bando estão a captar cada vez mais gente ao eleitorado do PSD e que a "culpa" (claro!) é do PS, que tem as costas largas. Foi isto?
sábado, janeiro 13, 2024
Vinhos e cópias
No "Público" de hoje (jornal que assino on-line mas que, por vezes, também adquiro em papel, porque sim), Bárbara Reis fala-nos da pirataria de textos dos jornais, da circulação de conteúdos que são difundidos sem que quem os recebe e lê pague o que por eles devia pagar.
Vou arriscar: de seguida transcrevo uma parte ínfima de um excelente artigo de Pedro Garcias, no suplemento "Fugas". Nesse extrato, ele anota o que era bebido nas mesas portuguesas ao tempo em que a AD dessa época foi criada. Por acaso, não estou totalmente de acordo com essas notas, mas acho um bom ponto de partida para discutir o assunto e o contexto em que ele é mencionado. Quer conhecer esse contexto? Compre o jornal.
sexta-feira, janeiro 12, 2024
quinta-feira, janeiro 11, 2024
quarta-feira, janeiro 10, 2024
A crise Global
Ver um grupo de comunicação social que junta títulos como o "Diário de Notícias", o "Jornal de Notícias" e a TSF em crise não deve alegrar ninguém. Ou melhor, talvez alegre alguma concorrência mais amoral e os sádicos cultivadores da desgraça alheia. Desde logo, representa um drama para centenas de profissionais e suas famílias, que devem viver, por estas horas, uma imensa angústia quanto ao seu futuro. E posso imaginar que deva ser também um momento difícil para quem tem as rédeas de gestão do grupo, que, estou certo, seriam os primeiros interessados em que essa operação empresarial fosse um sucesso e não o descalabro que está a ser.