Ver um grupo de comunicação social que junta títulos como o "Diário de Notícias", o "Jornal de Notícias" e a TSF em crise não deve alegrar ninguém. Ou melhor, talvez alegre alguma concorrência mais amoral e os sádicos cultivadores da desgraça alheia. Desde logo, representa um drama para centenas de profissionais e suas famílias, que devem viver, por estas horas, uma imensa angústia quanto ao seu futuro. E posso imaginar que deva ser também um momento difícil para quem tem as rédeas de gestão do grupo, que, estou certo, seriam os primeiros interessados em que essa operação empresarial fosse um sucesso e não o descalabro que está a ser.
O que é que falhou? Como se chegou aqui? De quem é a culpa? Acho muito importante que isto se esclareça rapidamente, da mesma forma que entendo que tudo o que for possível deve ser feito para tentar preservar aqueles prestigiados títulos. Como? Não sei. Exprimo apenas o meu sentimento de pena em face do que se está a passar e a minha solidariedade com todos os atingidos por esta situação.
7 comentários:
Das coisas que conheço, tenho muita pena pela TSF. Que grandes programas que por lá houve (há muito tempo é certo...): "Freud e Maquiavel", "O homem que gostava de cidades", o "Bancada Central" (pelo lado involuntariamente cómico). Hoje em dia, cada vez que ligo para a TSF levo com futebol.
Quanto ao DN, talvez pudessem ir buscar algum a Badajoz, como paga pela colagem às opiniões espanholas no caso da Catalunha.
Inteiramente de acordo. É quase incompreensível e é uma pena.
AV
A culpa
é da Internet! Além de contribuir para alterar os hábitos de leitura facilita o trabalho de recolha das notícias. os "jornalistas" tornam-se peritos no "corta e cola" perdem as capacidades de investigação e de bem redigir e... depois queixam-se.. quando os principais culpados são os próprios.
a culpa é do láparo, who else?
"Diário,República,Popular". É pena mas...
é o mercado a funcionar, tão a gosto dos liberais que tomaram a TSF. Agora até já recordam Rangel. O DN há muito que está condenado. O Jogo nunca deixou de ser o suplemento desportivo do JN. O JN, como dizia um meu amigo, é o único jornal diário com notícias, logo não será difícil prosseguir. Quanto à TSF, porque não começar de novo, sem observadores e liberais.
O que é que falhou? Como se chegou aqui? De quem é a culpa? Acho muito importante que isto se esclareça rapidamente
É muito difícil dizer exatamente como, por quê e por culpa de quem é que uma qualquer empresa foi à falência.
Todos os meses dezenas de empresas desaparecem e é difícil estar a investigar em detalhe as causas de cada uma dessas falências.
Devemos satisfazer-nos com a ideia de que atualmente o desemprego é reduzido e que qualquer pessoa com vontade de trabalhar que vá para o desemprego consegue arranjar novo emprego sem excessiva dificuldade.
O capitalismo é uma destruição criativa.
Hoje em dia, os jornais para notícias são uma coisa absurda. Ninguém quer ler notícias de ontem. A frustração que é estar a ler uma coisa que já sabemos estar completamente desatualizada!
Ou os jornais se tornam publicações de "análise" (crónicas, ensaios, comentário) - situação em que talvez valesse mais passarem a revistas -, fornecendo algo diferente aos leitores, ou, então, morrem. A alternativa é viverem, apenas, na internet, com subscrições pagas. Mas, para que um modelo de negócio assente no pagamento dos conteúdos vingue, é preciso que não estejamos perante casos isolados. Não se paga a X quando se tem a mesma coisa à borla em Y.
1) Diminuam os impostos sobre a imprensa.
2) Atribuam subsídios "cegos" a meios de comunicação, de acordo com parâmetros transparentes e justos.
3) Diminuam o número de serviços noticiosos na TV e a sua duração.
4) Acabem com canais de notícias gratuitos.
5) Cortem nos cursos de comunicação social. Quanto mais licenciados, maior a pressão para haver jornalixo! Lembrem-se do caso dos advogados nos EUA.
6) Imponham controlo de qualidade nas TV, ao nível do português falado (e escrito!).
7) Limitem drasticamente a presença nas redes sociais (e isto aplica-se a todas as entidades públicas).
8) Façam dos "Polígrafos" um verdadeiro serviço público.
9) Denunciem os órgãos de comunicação que faltam à verdade (factos! não é opinião).
10) Proibam os agregadores de notícias.
11) Os órgão de soberania devem ter momentos pré-definidos de encontro com os jornalistas. Fora desses momentos deve haver absoluto silêncio, para diminuir a produção de "notícias" desestabilizadoras ou falsas ou absolutamente sem interesse, feitas unicamente para alimentar polémicas e programas de comentadores.
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