quarta-feira, janeiro 17, 2024

Chega

Militantes do Chega fizeram das suas numa sessão na Universidade Católica, agredindo um jornalista. Denuncia-se o ato? Para quê? Julgam que as pessoas se escandalizem e assim não votam no Chega? Mas ainda não perceberam que quem vai votar no Chega é gente que aceita isso?

Ao que leio, a sessão seria à porta fechada. Ah! Sim? Então a Universidade Católica está disponível para organizar sessões restritas do Chega? O PCP também pode fazer lá reuniões desse tipo?

15 comentários:

Luís Lavoura disse...

Cada universidade é dona dos seus espaços e faz com eles o que quer. Pode cedê-los para reuniões de um partido político e não as ceder para as reuniões de outro partido, ou ter outra política qualquer.
Só as universidades públicas é que devem estar sujeitas a deveres de imparcialidade. As privadas, fazem o que lhes apetece.

Anónimo disse...

O jornalista do Expresso podia vir contar o que sucedeu: "deixaram-me entrar, sentei-me, comecei a trabalhar, vieram uns brutos e quiseram dar-me uns murros. Fui posto fora à força". Qualquer coisa do género.

Suponho no entanto que o jornalista do Expresso use burka. É que do nome dele sabe-se zero. Pelo menos eu não consegui saber o nome.

Tony disse...

S. Embaixador. O "sacristão" Ventura, tem prerrogativas especiais e carta branca na Católica. É muito devoto. Foi seminarista e viveu numa residências católica apadrinhado pelo grande amigo e Prior da Igreja de São Nicolau, em Lisboa e que presidiu e abençoou o seu matrimónio (Pe. Mário Rui Pedras). Até se consta, que na mesa de cabeceira tem lá duas fotos, uma do ex-chefe do seu antigo partido e outra do seu grande amigo, Pe. Rui Pedras. Portanto, está bom de ver que o PC, jamais, teria ali, cabidela. Vá de retro!

Anónimo disse...

Vá de retro nunca. Vade retro ou, se preferir, vá de metro

Rui Figueiredo disse...

Enquanto isso, esse poço de água benta que é César das Neves, coincidia numa sala junto com outros émulos a aconselhar a AD, onde não consta que tenha levado safanões!

J. Carvalho disse...

Em meu parecer, a Universidade Católica não é bem uma Universidade privada, é a universidade da Igreja, logo aberta a todos, exceto a “cães e malucos” (pessoas sem juízo). Aliás, por não ser considerada (pelos poderes públicos) privada, é que usufrui de abundantes benefícios fiscais, concedidos pelo seu ex-professor Cavaco Silva, conferindo-lhe uma significativa vantagem concorrencial face às Universidades privadas.

Unknown disse...

"Mas ainda não perceberam que quem vai votar no Chega é gente que aceita isso?"
Se a generalização é consentia, também se pode perguntar:
E aquilo que a gente que vai votar no PS aceita? A tentativa de ilegalização do Chega?








Francisco Seixas da Costa disse...

O Unknown das 14:59 conhece alguma tentativa de ilegalização do Chega proposta pelo PS? Ou para essa conta também vale uma iniciativa de qualquer militante socialista?

Anónimo disse...

As Universidades Católicas são, fundamentalmente, um antro do Neoliberalismo. Mais coisa, menos coisa, a ideologia que propala é essa. Lá vimos e vemos uns tantos arautos dessa ideologia, como o irrevogável Paulo Portas, o rapaz MRS, hoje em Belém, o Manequim da Rua dos Fanqueiros (CS), o César das Neves e tanti quanti, etc, etc e tal.
Aquela rapaziada goza de um sem número de benefícios fiscais, como a isenção de impostos (IRC, por exemplo), contribuições, taxas camarárias e até taxas de Justiça! Brada aos Céus!
Enquanto as restantes Universidades Privadas têm de chegar à frente, pagando impostos, taxas e contribuições várias, aquela malta não paga nada...mas cobra e caro e os seus docentes e funcionários pagam impostos (IRS, Segurança Social, etc)). Em 2019, as UC facturaram mais de 65 milhões de Euros, valor esse que foi excedido em 2022. Os termos daquela e actual isenção fiscal foi decidida por um Decreto-Lei do Manequim da Rua dos Fanqueiros, juntamente com o então Ministro da Educação, Roberto Carneiro e Miguel Beleza (o Ministro das Finanças).
De acordo com o constitucionalista Prof. Reis Novais, “trata-se de se atribuir um privilégio injustificado e de uma violação da Constituição e da Concordata” (recorde-se que a Concordata, em 2004, determinava que as actividades não religiosas, incluindo escolas particulares da Igreja, devem ser tributadas). Segundo Vera Jardim, então Presidente da Comissão Liberdade Religiosa, “só estão isentos de impostos os actos que se destinem a fins estrictamente religiosos” - o que não é, claramente, o caso de uma Universidade.
Um tal Luís Fábrica advogado e, claro, professor na UC defendeu, todavia, que - vejam lá!- “a UC é uma pessoa colectiva de utilidade pública que tem sido equiparada a uma IPSS, ou seja, uma Instituição Particular de Solidariedade Social e, desta forma, estaria isenta de pagar IRC”. Espantoso! E os diversos Governos vão engolindo e aceitando tudo isto, esta tralha de benefícios fiscais e outros – beatificamente! O Governo de António Costa, julgo que antes da sua maioria absoluta, ainda tentou, digamos, reparar a coisa, de algum modo obrigando as UC a pagarem impostos, mas embateu contra uma parede – o ex-comentador político e actual Inquilino do Palácio de Belém. E Costa decidiu não gastar energias com o assunto junto de MRS (também ele ex-Professor daquele antro Neoliberal).
Por fim, quanto ao que alguém aqui disse que “só as Universidades Públicas devem estar sujeitas a deveres de imparcialidade e que as Privadas podem fazer o que lhes apetece”, não é bem assim, na medida em que uma Universidade, independentemente de poder ser pública ou privada, é essencialmente uma entidade de carácter público, já que o seu ensino está, supostamente, aberto a todos e aquilo que ali se ministra é público e tem de ser reconhecido pelo Ministério do Ensino Superior.
Quanto à agressão em causa, inqualificável, revela bem quem é, na sua essência, o militante e votante/eleitor do Chega e, sobretudo, aquilo que o Chega inspira, transmite e defende. Uma corja, politicamente falando!
a) P.Rufino

Nuno Figueiredo disse...

tudo o que querem saber sobre o chega e têm vergonha de perguntar. vot´service

Unknown disse...

E o Sr. Embaixador pode asseverar que toda a gente que vai votar no Chega apoia a agressão do jornalista? Ou para essa conta vale aapenas a atitude de um militante do Chega? Pelos vistos, vale.

aguerreiro disse...

E não se escandalizaram quando uma U. pública lisboeta impediu o Jaime Nogueira Pinto de fazer uma palestra.
Em Portugal desde os tempos da monarquia constitucional que se vão enxotando as moscas aos escreventes que não agradam. É preciso manter a tradição, sem interrupções!

Francisco Seixas da Costa disse...

aguerreiro. Jaime Nogueira Pinto, meu amigo de há mais de 50 anos, apresentou um livro meu na Gulbenkian no passado mês de novembro. JNP foi impedido por estudantes da UNL de proferir uma conferência, há três anos, o que levou a um protesto do Conselho de Faculdade, presidido por Pinto Balsemão e que eu integrava. O mundo é pequeno.

aguerreiro disse...

Francisco Seixas da Costa
Nada contra si, antes pelo contrário.
Eu apenas constatei o potuguesíssimo costume de aquecer os lombos aos que escrevem por parte do poder vigente. Desde os chimorros e malhados dos tempos da guerra civil. aos patuleias, carbonários, formiga branca, PIDE, COPCON,até ás atuais universidades públicas e privadas, todos eles exercem esse desporto de amedrontar e se possível dar umas cacetadas nos que com eles não concordam.
Costume arreigado que não passa com o tempo como a moda
É o que constato. Com os meus cumprimentos.Álvaro Guerreiro.

Nuno Figueiredo disse...

isto no tempo do Braga da Cruz não era linear.

Isto é verdade?