sexta-feira, janeiro 26, 2024

Isto

Um dia, se e quando viermos a ser uma sociedade decente, todos acabaremos por compreender que ser anti-semita, isto é, detestar os judeus, configura uma atitude criminosa perfeitamente equivalente a ser anti-árabe ou anti-islâmico. Até lá, somos o que somos. Os que o são, claro.

7 comentários:

Nuno Figueiredo disse...

eu cá é mais bolos.

vr disse...

É assustador ver uma pessoa habitualmente ponderada defender a criminalização de meros pensamentos! O mundo está mesmo a ensandecer.

Anónimo disse...

a responsabilidade do antisemitismo é...?

afcm disse...

É tão evidente, não é?

Se porventura as pessoas soubessem o quanto o ódio e a raiva contribuem para a degenerescência do cérebro e da alma.... (passe o estilo de psicologia de auto-ajuda, está cientificamente provadíssimo que a alegria e os afectos positivos contribuem para uma vida mais longa e saudável).

manuel campos disse...


Quando a linguagem informal do quotidiano, que usamos no meio de um desabafo ou de uma mera expressão de uma opinião num meio restrito, é posta em causa a favor de uma interpretação formal digna de um ambiente pesado de tribunais, advogados e juízes, é altura de nos começarmos a preocupar muito a sério.

Carlos Antunes disse...

A questão é a crescente equiparação, nomeadamente no mundo ocidental, entre anti-sionismo, (entendido como a política de um Estado militar, colonial e de “apartheid” pelo actual governo de Israel) e anti-semitismo. Ainda recentemente, ao visitar um cemitério judeu, Macron definiu o anti-sionismo como uma das formas modernas de anti-semitismo (???).
Existe hoje uma nefasta equiparação entre o anti-semitismo e o anti-sionismo que nada tem a haver, com questões étnicas, mas apenas com a política de Israel de ocupação e de expulsão de milhões de palestinos dos territórios da Palestina (Nur Masalha “Expulsão dos Palestinos: O conceito de transferência no pensamento político sionista 1882-1948”).
Foi Hannah Arendt talvez a mais importante crítica do sionismo político no século XX, que fez a crítica mais radical à legitimidade de um Estado judaico (contestando a legitimidade da declaração da soberania política de Israel como estado judaico, feita por Ben-Gurion em 1948) que teria, segundo ela, como resultado “uma Esparta moderna, uma nação de dois milhões e meio de “iguais” que reina sobre dois milhões de “hilotas”, concluindo que a guerra entre Israel e o povo palestiniano é uma guerra entre dois povos que combatem pela mesma terra e que, por isso, só pode encontrar solução no recíproco reconhecimento das duas partes.
Infelizmente, a natureza política de Israel, tornado crescentemente num estado judaico-sionista, nunca permitirá a criação de um Estado Palestino, como aliás o Senhor Embaixador o tem sistematicamente referido nas suas intervenções, contrariando a generalidade daqueles que continuam a insistir na teoria dos dois Estados.
Não sou anti-semita ou anti-judeu, como queiram chamar-lhe, mas sou claramente anti-sionista e contra aquilo que o Estado terrorista de Israel, com o apoio de países como os EUA, Alemanha e outros países europeus, e com armas pagas pelos contribuintes desses países, prossegue contra o povo palestino em Gaza, Cisjordânia e nos restantes territórios ocupados desde há mais de sete décadas.
O que Israel está a fazer em Gaza, com o desprezo pela vida de milhões de civis palestinianos, bem patente nos bombardeamentos contra hospitais, escolas, instituições humanitárias das Nações Unidas, é um horror que brada aos céus, uma terrível sucessão quotidiana de crimes de guerra, um enorme crime contra a Humanidade.

Anónimo disse...

então e os Palestinianos que são também semitas, como ficam com o discurso de Israel? Ou uns sã menos semitas que os outros.

Santa Luzia

Dormi na então Pousada de Santa Luzia, em Elvas, bastantes anos antes do seu encerramento, em 2012. Regressei lá, já como Hotel Santa Luzia,...