sábado, dezembro 16, 2023
Viewmaster
É tão simples!
sexta-feira, dezembro 15, 2023
América Latina
quinta-feira, dezembro 14, 2023
quarta-feira, dezembro 13, 2023
terça-feira, dezembro 12, 2023
As responsabilidades
segunda-feira, dezembro 11, 2023
António Costa
António Costa voltou hoje a revelar, se necessário fosse, que é, a uma grande distância, o político mais bem preparado para governar o país. Posso estar enganado, mas creio que muitos portugueses, mesmo alguns que nunca nele votaram, terão percebido esta noite que, no plano dos líderes com qualidade para o exercício de funções executivas, se despediram de uma das grandes figuras das últimas décadas.
A vida pode dar muitas voltas, mas estou em crer que António Costa não se pode furtar a ter de encarar a Presidência da República como o seu futuro destino.
Necessidades
"Por una cabeza"
Livro
Foi um duplo privilégio: ver organizada a sessão naquele espaço único e ter como "apresentador" o meu amigo Augusto Santos Silva, também presidente da Assembleia da República.
Escrevi "apresentador" com aspas porque, por sugestão do próprio, a sessão teve um formato diferente de uma apresentação tradicional. Augusto Santos Silva foi-se referindo a vários aspetos do livro, mas ia-me fazendo uma espécie de "entrevista", que me servia de "deixa" para as minhas "entradas". A sessão converteu-se assim num mano-a-mano, com intervenções alternadas.
Julgo que, para as pessoas presentes, pode ter sido curioso ver-nos "desconstruir" o Ministério dos Negócios Estrangeiros, as suas virtualidades e particularidades, alguns vícios e alguma maneira própria de ser. Sempre com um grande respeito por uma instituição onde Santos Silva deixou uma excelente marca e eu tive grande gosto de trabalhar por quase quatro décadas.
No final, ainda houve tempo para responder a questões colocadas por via digital, dado que a sessão era acessível à distância.
Achei imensa graça ao exercício. Agradeço muito a disponibilidade do meu amigo Augusto Santos Silva e o acolhimento da Lello, nas pessoas da Dra. Aurora Pinto e da sua equipa.
domingo, dezembro 10, 2023
Que diabo de fama!
A senhora olhou para mim, com um sorriso, à entrada para o edifício da estação ferroviária das Devesas, em Vila Nova de Gaia, onde, há pouco, fui apanhar o Alfa para Lisboa. E disse: "Logo à noite, saberemos onde foi almoçar". E continuou a sorrir.
Foi isto?
Passei quatro dias sem ver um instante de televisão e parece que perdi uma reunião qualquer do Chega Dizem-me entretanto que Ventura e o seu bando estão a captar cada vez mais gente ao eleitorado do PSD e que a "culpa" (claro!) é do PS, que tem as costas largas. Foi isto?
sábado, dezembro 09, 2023
Táticas e desejos
O almoço, há dias, num determinado contexto de convívio lúdico, corria de forma animada. Gente simpática, excelente ambiente, histórias e graças, bem-estar generalizado.
Neste tipo de encontros é muito raro a conversa derivar para a política. A boa educação recomenda que esse tema - tal como religião, questões de dinheiro ou o comentar negativamente pessoas ausentes que possam ser próximas de alguns dos presentes - seja evitado, por forma a não provocar desnecessárias divisões e potenciais conflitos. Ainda por cima em período de crise política e com eleições ao virar da esquina.
Um dos convivas, porém, talvez por se ter sentido, por distração, em ambiente de "like-minded", saiu-se com esta: "Não acham que seria muito mais eficaz se houvesse uma aliança pré-eleitoral do PSD com o CDS e com a IL? O risco assim é muito grande".
Não deixei pousar a bola e retorqui: "Essas coisas são sempre difíceis de prever. Mas é capaz de ter razão. Logo veremos. A mim, confesso, tanto me faz, desde que o PS ganhe".
A luz da sala era artificial. Não deu para ver se alguns sorrisos foram tão amarelos como pareceram.
sexta-feira, dezembro 08, 2023
Falando de cunhas, ou quase
quinta-feira, dezembro 07, 2023
Um homem de coragem
quarta-feira, dezembro 06, 2023
Fronteira
O livro faz uma análise, muito interessante e bem documentada, desses primórdios da diplomacia portuguesa. Devo dizer, com sinceridade, que aprendi imenso sobre os meus antecessores longínquos na profissão e a natureza da sua ação.
Procurei, naquilo que então disse, fazer um paralelo entre a prática dos agentes diplomáticos dessa altura, muito bem descrita no estudo, e os tempos atuais, sublinhando os fatores de continuidade e as imensas diferenças. Gostei do exercício, proferido perante uma audiência muito atenta, numa sala cheia, mobilizada pelo interesse na temática da História.
Para eventual surpresa de quantos não me conheciam bem, decidi começar a minha intervenção lembrando que tinha entrado pela primeira vez naquela casa, há quase 54 anos, para assistir a uma histórica reunião de forças oposicionista à ditadura, organizada, com grande coragem, pelo já desaparecido titular daquela casa, Fernando Mascarenhas.
Porque afinal a História era o cenário de fundo do nosso encontro de ontem, apeteceu-me usar o ensejo para lembrar, para a "pequena história", essa reunião naquele Palácio, no ano de 1969, onde estiveram figuras como Jorge Sampaio e Maria Barroso. Naquele que foi um ano de combate à fraude que acabou por ser a "primavera marcelista", aquela reunião política acabou por consagrar as já expectáveis divisões entre comunistas, socialistas e outros setores, num processo que veio a originar, pela primeira vez na história da oposição democrática à ditadura, uma ida às urnas sob diferente denominações - CDE e CEUD - nas "eleições" de 5 de outubro desse ano, como se lembrarão os que têm idade, memória ou conhecimento.
Na ocasião, optei por não contar, porque talvez fosse demasiado pesado para o ambiente que prevalecia na sala, que alguns dos participantes na reunião oposicionista acabaram "corridos" pela polícia de choque, chefiada pelo famigerado capitão Maltez.
terça-feira, dezembro 05, 2023
Quem tem amigos assim...
Apesar de tudo...
Apesar de tudo, recuso-me a acreditar na tese, que por aí anda, de que o agravamento do caso das gémeas surgiu hoje magnificado para obscurecer a chegada do Sporting à liderança isolada da Liga.
Sinceramente penso
Marcelo Rebelo de Sousa pode ter todos os defeitos do mundo. Contudo, até pelo cuidado extremo com que sempre construiu o seu perfil como figura pública, não o vejo propenso a ações deliberadas de favorecimento de alguém. É o que sinceramente penso.
Como foi?
Ao ver hoje a direita (aqui pelas redes sociais é mais a extrema-direita grunha e a direita radical e populista) falar de Marcelo Rebelo de Sousa, levanta-se esse imenso mistério, político e matemático, que é saber quem, afinal, lhe deu em 2016 os 2.411.925 votos (52,00%)?
Caras
segunda-feira, dezembro 04, 2023
As cinco ideias com que Cavaco não se reconciliou
Cavaco nunca se reconciliou com a ideia de que tinha deixado a presidência com a esquerda no poder. Na realidade, foi ele quem entronizou a Geringonça. Marcelo recebeu essa herança e, não encontrando qualquer vício de legitimidade na solução governativa que herdou, deu-lhe condições de vida longa. Alguma direita nunca perdoou isso a Marcelo - embora ande agora a fingir que não foi ela que o elegeu em 2016.
Cavaco nunca se reconciliou com a ideia de que o seu lugar na história política da direita tinha entretanto sido raptado por Passos, pessoa de quem sempre se sentiu distante - e vice-versa. Cavaco sabe que, se bem que o PSD considere seu o património da sua década como chefe de Governo (e, muito menos, como presidente), a direita atual, no seu todo, da decente à infrequentável, revê-se muito mais em Passos Coelho do que nele próprio. Cavaco é um santo antigo no altar da direita, Passos é o prior que a freguesia gostaria de ver de novo a rezar a sua missa.
Cavaco nunca se reconciliou com a ideia de que Marcelo foi o seu sucessor. Deve ter espumado nos anos de "lua-de-mel" deste com Costa. Cavaco - e aqui admito estar a ser "mauzinho" - deve estar deliciado, por estas horas, com as atribulações do atual morador de Belém. Cavaco detesta o estilo de Marcelo, que, no primeiro mandato, procurou, deliberadamente, desenhar um perfil de anti-Cavaco. Ver esse estilo a ser, nos dias de hoje, criticado por grande parte da direita deve vingar Cavaco dos tempos em que viu Marcelo passear popularidade pelas ruas, pelas "selfies" e pelo mundo exterior.
Cavaco nunca se reconciliou com a ideia de que a direita, agora a cheirar o regresso ao poder e a tentar transformar os socialistas nos novos "idos de Março", faria isso sem si. Aproveitando as hesitações táticas de Passos, e depois de outras cirúrgicas aparições, Cavaco ressurgiu no congresso do PSD e, na passada, saiu a jogo por escrito para ajudar à nova narrativa financeira do PSD, sugerindo-se como o patrono da nova maioria, que quer ajudar a levar ao poder, tentando fazer esquecer - repito - que foi ele quem ficou, na História, como alguém que, embora "à contrecoeur", deixou Costa em S. Bento.
Finalmente, Cavaco nunca se reconciliou com a ideia de que quem está no olimpo histórico da direita democrática portuguesa, para o bem e para o mal, é uma figura que morreu, precisamente na data de hoje, há 43 anos. Por muito que ele se esforce, e já se percebeu que o fará enquanto a vida lhe der força e ânimo, Sá Carneiro será sempre a referência insubstituível dessa área política que o superará. E, com isso, Cavaco nunca se poderá reconciliar.
Notícias
domingo, dezembro 03, 2023
Visão Global
sábado, dezembro 02, 2023
Teste do algodão
sexta-feira, dezembro 01, 2023
Latinos
Não sei se Brasília estará a fazer algum tipo de diplomacia para travar a crescente escalada de tensão entre a Venezuela e a Guiana. Espero que sim. O Brasil não se pode afirmar vocação de potência pacificadora à escala global se não conseguir mostrar-se relevante na sua periferia geopolítica.
Já agora!
A falta do Arnaldinho
Telefonema de uma amiga: "Então e o Arnaldinho?" Por um segundo, não percebi: "Já dei a volta ao teu livro e não encontrei lá a história do Arnaldinho! Por que é que a não incluíste". Essa minha amiga é leitora deste blogue e, por mais de uma vez, tinha-me falado de como tinha gostado da história do Arnaldinho que contei por aqui há muitos anos. Nem eu sei a razão por que não a incluí no livro. Mas vou repeti-la.
quinta-feira, novembro 30, 2023
quarta-feira, novembro 29, 2023
O livro
terça-feira, novembro 28, 2023
Comboios e tristeza
Será que é o meu olhar que se tornou preconceituoso ou há mesmo uma tristeza endémica na cara das pessoas, nas estações de caminho de ferro portuguesas? Acabo por concluir que só os estrangeiros é que, por ali, dão um ar da sua graça e o levam para dentro das carruagens. Longe parece ir o tempo em que os franceses diziam que "les portugais sont toujours gais".
segunda-feira, novembro 27, 2023
O lançamento é amanhã, terça-feira, dia 28
... e não hoje, segunda-feira, dia 27, como esteve previsto.
Conversa no taxi
"O senhor desculpe, mas eu não pude deixar de ouvir a conversa com o seu amigo, em que falaram muito de política", disse-me o taxista, há pouco.
domingo, novembro 26, 2023
"Escondidinho"
sábado, novembro 25, 2023
Um belo teste
Um belo teste à democraticidade de quantos se entusiasmaram a comemorar os 48 anos do 25 de novembro será vê-los, de cravo ao peito, nas comemorações do cinquentenário do 25 de Abril. Se os encontrar por lá, a gritar "Viva o 25 de Abril, sempre!", então sim senhor!
O dia da democracia
A propósito do 25 de novembro, ontem, numa aula no ISCTE, foi-me perguntado por um aluno qual o momento que eu achava ter consagrado a democracia em Portugal. Não tive a menor hesitação na resposta: quando a direita, com Sá Carneiro, formou governo, inaugurando a alternância.
"A Cozinha do Miguel"
25 de novembro
sexta-feira, novembro 24, 2023
Entrevista ao "Jornal Económico" (24.11.23)
quinta-feira, novembro 23, 2023
"Antes que me esqueça"
É na terça-feira, dia 28 de novembro, e não no dia 27, como inicialmente esteve previsto, o lançamento do meu livro "Antes que me esqueça".
Entrevista na "Visão"
É proibido ter saudades...
... mas não é proibido ter orgulho numa bela ideia. Tive-a em 2004, há precisamente 20 anos. Eu estava de saída da Áustria e quase de parti...