Sabe-se que Zelensky está em estado de necessidade política. Mas nem isso justifica o gesto, muito pouco prudente, de ser um dos poucos chefes de Estado na posse do novo presidente de extrema-direita da Argentina. E cruzar-se por lá com Bolsonaro e Orbán. Não havia necessidade!
13 comentários:
Desculpe mas o Zelensky não precisava de falar com Orbán, por causa dos entraves à adesão à UE? E não ia a uma cerimónia que reunia vários lideres só por causa do Bolsonaro? Não percebo.
O Unknown não quis perceber? Zelensky, acusado de ter aliados internos de extrema-direita não deveria ter ido à posse de um presidente de extrema-direita, posse essa em que, com exceção (óbvia e natural) da Espanha, nenhum dos seus aliados democráticos se fez representar a nível elevado.
Francisco,
Javier Milei não é de extrema-direita. É um libertário.
Em minha opinião, Zelensky foi à Argentina para combinar obter lá um dia, provavelmente mais cedo que tarde, asilo político.
Não vejo absolutamente nada de mal em um chefe de Estado ir assistir à posse de outro chefe de Estado.
A história diz-nos que a Argentina tem sido um bom refúgio para políticos em “estado de necessidade” extrema.
o emplastro.
Concordo com Luís Lavoura, o nosso homem em Kiev tem de começar a pensar no futuro e, como a Argentina tem uma longa tradição em receber líderes nazis caídos em desgraça, a visita faz todo o sentido, que ele já sabe que os yankees não são de fiar.
Sr. Embaixador, em meu entender, Zelensky não está em condições de declinar o apoio de qualquer país, mesmo que liderado por um político neo-liberal radical, crismado de "extrema direita".
Por outro lado, de pouco valerá a acusação de que Zelensky tem aliados internos de extrema-direita, que é oriunda da "democrática" Rússia e, pelos vistos, continua a impressionar alguns espíritos.
Subscrevo, inteiramente, este Post. Milai é, além de louco varrido, um extremista de direita, do pior. Considerá-lo um “libertário”, bom, o pensamento Neoliberal pensa exactamente assim. Não me admiraria, por conseguinte, que, daqui a algum tempo, a Argentina viesse a entrar em convulsão social, como protesto das medidas desse estafermo político - aquela cena, de serra eléctrica na mão, e de querer apagar uns tantos Ministérios, alguns como o da Saúde, Ensino, Ambiente, Apoios sociais, etc, é surreal e expressa bem a dimensão da sua loucura política, um fascista acabado. Convém recordar, para essas mentes Neoliberais, neste Rectângulo à beira-mar plantado, cuja memória é curta, por conveniência política, que a situação económico-financeito e social que hoje se vive na Argentina, se deve sobretudo ao governo e Direita radical, que, entre 2015-2019, governou o país e o levou a uma bancarrota, ao ponto de ter sido necessário chamar o FMI para acudir à situação económica debilitada em que se encontrava a Argentina, “graças” à péssima gestão dessa cambada. Depois, o governo que se seguiu, tipo peronista, herdando o caos que lhe coube em mãos, não soube gerir e resolver o problema. E assim surge esse tresloucado do Milai. A ver vamos, pois, como diz o cego, mas, o futuro próximo da Argentina afigura-se negro. Registo que, quer a IL, quer o Chega, se mostraram contentes com a eleição desse tal Milai da vida, o que revela bem as suas preocupações políticas! Quanto ao traste do Zé Lenka (Zelensky) ir à tomada de posse do “pintas” do Milai, fico muitíssimo satisfeito, pois, tal, só vem corroborar e expressar uma vez mais quem é essa marioneta de Washington e de Bruxelas (Nato/UE), um patife de extrema direita, que sempre apoiou os grupelhos para-militares neo-nazis ucranianos, um tipo, que segundo o Die Welt, tem uns tantos milhões em off-shore, enfim, que não passa de um sabujo político. E, entretanto, com a carnificina (louvo António Guterres, um dos melhores SG das NU de sempre, em minha opinião) que vai por terras de Gaza, as atenções mundiais, que dantes se concentravam na Ucrânia, mudaram a agulha e Kiev perdeu relevância.
a) P.Rufino
O fundo BlackRock aproxima os dois.
O Zelensky está empenhado numa guerra e não num concurso de misses.
Se o argentino lhe fornecer bombas para rebentar com tropas russas ou fizer frente aos "pacifistas vermelhos" da América Latina, então, é o melhor amigo do Ocidente.
Bem observado, mas não me surpreende, o Sr. Zelenski nunca se fez rogado quanto a apoios.
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