Caro Embaixador, felicito-o pela clareza e imparcialidade dos seus comentários sobre esta guerra, que não é bem uma guerra, antes a devastação de um povo, para lhe ficar com o território.
Quando a comunicação social está dominada por comentadores que se quedaram no ataque do Hamas e se recusam a ver a tragédia que, noite e dia, se abate sobre o povo palestino, é bom ouvir quem aborde este tema sem peias nem amarras aos poderes dominantes.
Israel sempre fez o que quis. Donde as centenas de Resoluções da ONU por cumprir; a expansão metódica dos colunatos; a perseguição aos palestinos, para que abandonem as suas casas e terrenos. Tudo com a cobertura dos EUA e o fechar de olhos da Europa.
Logo após os EUA terem bloqueado a resolução do Conselho de Segurança, Antony Blinken anunciou o fornecimento a Israel de “munições explosivas” no valor de 100 milhões de euros. Interessante é a justificação: “Os Estados unidos estão comprometidos com a segurança de Israel e a assistência a Israel favorece os seus interesses regionais”.
Uma vez que a segurança de Israel não está em causa, sobra, os interesses regionais dos EUA naquela zona do globo e são estes que ditarão o expansionismo sionista até onde os governantes entenderem, da forma que entenderem, e pelo tempo que entenderem, porque tempo é o que não lhe falta.
Voltando ao início, é bom ouvir alguém que não se deixa enredar pelo discurso do “bem” contra o ”mal”. Jornalistas/repórteres, comentadores e até militares, todas as Tvs têm os seus coronéis ou generais, todos a explicar a movimentação das forças, o plano de ataque, e parece que estão a descrever um JOGO DA PLAY STATION, onde “avatares” representam os palestinos e “seres de outro mundo”, sem a emoção e a sensibilidade própria dos humanos, fazem de FDI.
J. Carvalho. Inteiramente de acordo com o excelente texto. O Guterres já tinha tocado, com veemência na ferida. Isto, não nasceu do nada. Sim, de humilhação de décadas.
A Assembleia-Geral das Nações Unidas aprovou hoje, com apoio esmagador de 153 países, uma resolução a exigir um cessar-fogo humanitário imediato em Gaza.
O projeto de resolução, apresentado à Assembleia pelo Egipto, e copatrocinado por cerca de 80 Estados membros da ONU, incluindo Portugal, obteve 153 votos a favor, 10 contra e 23 abstenções.
Como se espera, é mais uma resolução para os EUA/Israel não cumprirem.
Anota-se que depois deste apoio esmagador ao cessar-fogo, Biden veio dizer que Israel começa a ficar isolado na cena internacional. Biden é mesmo um grande vidente.
3 comentários:
Caro Embaixador, felicito-o pela clareza e imparcialidade dos seus comentários sobre esta guerra, que não é bem uma guerra, antes a devastação de um povo, para lhe ficar com o território.
Quando a comunicação social está dominada por comentadores que se quedaram no ataque do Hamas e se recusam a ver a tragédia que, noite e dia, se abate sobre o povo palestino, é bom ouvir quem aborde este tema sem peias nem amarras aos poderes dominantes.
Israel sempre fez o que quis. Donde as centenas de Resoluções da ONU por cumprir; a expansão metódica dos colunatos; a perseguição aos palestinos, para que abandonem as suas casas e terrenos. Tudo com a cobertura dos EUA e o fechar de olhos da Europa.
Logo após os EUA terem bloqueado a resolução do Conselho de Segurança, Antony Blinken anunciou o fornecimento a Israel de “munições explosivas” no valor de 100 milhões de euros. Interessante é a justificação: “Os Estados unidos estão comprometidos com a segurança de Israel e a assistência a Israel favorece os seus interesses regionais”.
Uma vez que a segurança de Israel não está em causa, sobra, os interesses regionais dos EUA naquela zona do globo e são estes que ditarão o expansionismo sionista até onde os governantes entenderem, da forma que entenderem, e pelo tempo que entenderem, porque tempo é o que não lhe falta.
Voltando ao início, é bom ouvir alguém que não se deixa enredar pelo discurso do “bem” contra o ”mal”. Jornalistas/repórteres, comentadores e até militares, todas as Tvs têm os seus coronéis ou generais, todos a explicar a movimentação das forças, o plano de ataque, e parece que estão a descrever um JOGO DA PLAY STATION, onde “avatares” representam os palestinos e “seres de outro mundo”, sem a emoção e a sensibilidade própria dos humanos, fazem de FDI.
J. Carvalho. Inteiramente de acordo com o excelente texto. O Guterres já tinha tocado, com veemência na ferida. Isto, não nasceu do nada. Sim, de humilhação de décadas.
Só para que conste,
A Assembleia-Geral das Nações Unidas aprovou hoje, com apoio esmagador de 153 países, uma resolução a exigir um cessar-fogo humanitário imediato em Gaza.
O projeto de resolução, apresentado à Assembleia pelo Egipto, e copatrocinado por cerca de 80 Estados membros da ONU, incluindo Portugal, obteve 153 votos a favor, 10 contra e 23 abstenções.
Como se espera, é mais uma resolução para os EUA/Israel não cumprirem.
Anota-se que depois deste apoio esmagador ao cessar-fogo, Biden veio dizer que Israel começa a ficar isolado na cena internacional. Biden é mesmo um grande vidente.
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