O novo presidente argentino, em alguma qualificação mediática lusa, já passou de "extrema-direita" para "ultra-liberal". Ainda há algum pejo em elogiá-lo, mas sente-se a imensa vontade de vir a absolver, daqui a dias, a brutalidade das medidas que vai impor. Estejamos atentos.
6 comentários:
Brutalidade tem sido aquilo a que a Argentina tem estado sujeita. Experimentar uma receita diferente só pode ser bom.
O primeiro discurso do novo Presidente já anuncia o que vem aí. Primeiro, a lamúria, nunca nenhum governo recebeu uma herança tão pesada. Depois, o aviso, preparem-se, vêm aí tempos difíceis, as medidas a tomar vão gerar mais sacrifícios, mais desemprego, mais impostos. Por fim, a esperança, vão ficar pior agora, mas, mais adiante, terão a compensação redentora.
Não sei porquê, mas toda esta conversa, provavelmente de tão batida, fez-me lembrar uma outra, que metia choques fiscais, saídas da zona de conforto, grisalhos e coisas afins.
Gardel.
Por una cabeza, de un noble potrillo
Que justo en la raya, afloja al llegar
Y que al regresar, parece decir
No olvides, hermano
Vos sabes, no hay que jugar
Por una cabeza, metejón de un día
De aquella coqueta y risueña mujer
Que al jurar sonriendo el amor que está mintiendo
Quema en una hoguera
Todo mi querer
Por una cabeza, todas las locuras
Su boca que besa
Borra la tristeza
Calma la amargura
Por una cabeza
Si ella me olvida
Qué importa perderme
Mil veces la vida
Para qué vivir
Cuántos desengaños, por una cabeza
Yo juré mil veces no vuelvo a insistir
Pero si un mirar me hiere al pasar
Su boca de fuego
Otra vez quiero besar
Basta de carreras, se acabo la timba
Un final reñido ya no vuelvo a ver
Pero si algún pingo llega a ser fija el domingo
Yo me juego entero
Qué le voy a hacer
Por una cabeza, todas las locuras
Su boca que besa
Borra la tristeza
Calma la amargura
Por una cabeza
Si ella me olvida
Qué importa perderme
Mil veces la vida
Para qué vivir
Por outro lado, outra comunicação social passa a vida a ensaiar coisas como "ultra direita", na incessante procura de termos mais sinistros que substituam os anteriores que, de tão usados, já perderam força. Afinal de contas, somos todos fascistas, não é?
Não tarda nada é um conservador-liberal.
E depois temos os mesmos que chamam de "extrema esquerda" a tudo o que esteja à esquerda do social-liberalismo com queixinhas de que os apodam de fascistas.
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