Que desilusão! Que tempo perdido! O filme é mal construído, saltita erraticamente entre épocas em moldes confusos, tem algumas interpretações lamentáveis. A maioria das figuras políticas de segunda linha que pretende retratar só por milagre podem ser identificadas.
Num dos "flashbacks", há uma cena, tida como passada em Bad Münstereifel, em 1973, na data em que foi fundado o Partido Socialista. Nela surge um diálogo supostamente ali ocorrido, entre Soares e Salgado Zenha. Ora quem conhece um mínimo destas coisas sabe que Zenha nunca esteve nessa reunião na Alemanha...
Um conselho, portanto: não percam tempo a ver "Soares é fixe!". Só me surpreende o facto de várias entidades de prestígio terem ficado com o seu nome associado a esta triste aventura cinematográfica. Imagino que tenham ido ao engano.
(Quem me conhece um pouco, dirá: mas que acrimónia face ao filme! É verdade. Fiquei irritado. Nos 50 anos do 25 de Abril e do centenário do nascimento de Mário Soares, este é um triste "monumento" à sua memória.)
2 comentários:
Em 21 de Fevereiro de 2024 contava-nos o “Público” que “Soares é Fixe!… mas o filme é péssimo”:
https://www.publico.pt/2024/02/21/culturaipsilon/critica/soares-fixe-filme-pessimo-2080950
O IMDB que sabe tudo (IMDB é o Internet Movie Database), que é a minha “bíblia” de cinema diz que o custo estimado foi de 2 milhões de euros (pois) e dá-lhe uma classificação de 4.7 em 10 (baseada na opinião das 70 pessoas que lá foram votar).
Por aqui chove torrencialmente há 24 horas com um ou outro intervalo de 10 minutos, a trovoada ferve e eu vou desligando as fichas dos aparelhos antes que falte a luz (é raro, mas...) e que, ao voltar, me dê cabo deles com o coice.
O ano passado esqueci-me de deixar desligadas as fichas da “minha” televisão e do “meu” leitor de DVD, foi à vida a televisão (que já não era nova mas funcionava) e foi à vida o leitor de DVD (que tinha acabado de estrear e nem cheguei a saber se era bom).
De manhã os canteiros não absorviam a água, o que nunca tinha acontecido em 31 anos, para mais ainda abateu ali meio metro de um caminho com gravilha onde descobri que havia um túnel de toupeiras, as tais que se recusam a ligar aos vários remédios que ali vão sendo postos.
Isto está assim magnífico para os deslizamentos de terras que a chuva provoca quando vem com esta força depois dos incêndios.
Com sua licença, a bem da poupança colectiva.
Todas as semanas de todos os anos somos informados com grande destaque que a gasolina e o gasóleo vão subir, vão descer, sobe um e desce o outro, o que for.
Não sei qual o interesse disto ser uma notícia que nunca falha, ainda que com este “sobe e desce” hebdomadário quase toda a gente perca a noção do que realmente está a acontecer e isso é capaz de ser bom.
E como esta semana consta que o gasóleo vai subir 1.5 centimos e a gasolina 2 centimos, os títulos apontam-nos o caminho, que é o caminho da bomba mais próxima para pouparmos, pois toda a gente sabe que nada como ir a correr gastar umas boas dezenas de euros é uma ideia bem simpática quando se trata de, num abastecimento de por exemplo 40 litros, poupar ali uns ridículos cêntimos que se perdem no primeiro engarrafamento em que formos apanhados ou na segunda volta ao quarteirão que dermos à procura de um lugar.
Mas como nada nos espanta (nem nunca espantou) na natureza humana, adianto que vou sempre à mesma bomba de combustível em Lisboa (sempre é há quase 60 anos) onde me contam que há por ali uns clientes, que quase nunca saem com o carro mas gostam de o ter sempre atestado, assim lá o põem a trabalhar, vão meter 5 ou 6 litros e voltam a arrumá-lo.
Suponho que esses todos já tenham atestado ontem, pouparam uns 10 ou 12 centimos, gastaram várias vezes isso, estiveram ocupados meia hora longe do sofá, compensa sempre um pouco de ginástica.
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