quinta-feira, outubro 31, 2024

Para além de Kursk

Há uns dias, escrevi, aqui e no Twitter, isto: 

Pensemos friamente: a eventual utilização tropas norte-coreanas na defesa ou retoma da região de Kursk, zona russa parcialmente ocupada pela Ucrânia, seria uma coisa muito diferente do seu emprego na luta no território ucraniano.

No Twitter fui "zurzido" de todas as formas e feitios, de "comuna" para baixo. Como imaginam, foi para o lado que dormi melhor! 

Agora descubro Jo Biden a dizer isto. Basicamente o mesmo, isto é, uma ideia óbvia.

11 comentários:

Lúcio Ferro disse...

Bom dia. Continua a não existir qualquer evidência (nem uma) da presença de militares NC na Rússia (país pluri-continental), embora possam muito bem estar, ao abrigo, aliás do Artigo 4º do Acordo entre ambos os países. Diga-se de passagem que o líder russo ainda há poucos dias gozou que se fartou com um correspondente da BBC a propósito do assunto. Está mais do que na cara que mesmo se estivessem militares NC no Oblast Russo de Kursk, para treinarem, especialistas de drones, logística etc, isso não terá qualquer impacto no conflito. O objectivo deste história, ainda ontem ouvi um tenente-general português a dizer (o rácio de generais/praças nas nossas FA é digno de uma república das bananas) que as tropas NC podem vir a chegar até aos 150 mil homens (que palhaçada). Com base em quê, para além do que diz Zelensky com a prestimosa colaboração de Seul, não se sabe. Seja como for, a história foi fabricada com um intuito e um intuito apenas: agitar perante a opinião pública norte-americana o papão da Coreia do Norte, de forma a permitir nova escalada, utilizando-se mísseis de longo alcance. É o desespero total. No campo de batalha a frente colapsa a um ritmo até agora sem precedentes. A CS Ocidental faz como a avestruz, essa corja de vendidos. E de escalada em escalada podemos muito bem atingir a única linha vermelha que as autoridades russas realmente estabeleceram. É necessário meter na cabeça dos incompetentes que nos levam para o abismo, com essa criatura inenerrável chamada Von der Lyen à cabeça, que a festa está a chegar ao fim. Vai ser dolorosa a Paz. Vai, sobretudo para nós, Europeus, mas antes isso. Nesse sentido, o único político que poderá vir a ter alguma relevância encontra-se nos EUA e o seu nome é J.D. Vance. Seja como for, a realidade é dinâmica, não seremos nós a ditar as condições, serão os Russos.

Anónimo disse...

E, portanto, também não há qualquer problema em ter a NATO em território ucraniano. Nenhum. Aliás, era o que devia ter acontecido em toda a Ucrânia ocidental logo na primeira semana da guerra.

Anónimo disse...

Pareceu-me que Biden não foi confrontado expressamente com a hipótese de atacarem ucranianos em Kursk. No entanto, se o fizerem parece-me que existe fundamento para a intervenção de tropas de países da Nato na defesa da Ucrânia. A não ser que queiramos beneficiar o infractor.

Luís Lavoura disse...

No Twitter fui "zurzido" de todas as formas e feitios

Creio que quem se mete no twitter só pode esperar ser zurzido de todas as formas e feitios, diga o que disser. Aquilo é um repositório de asneiras.

Luís Lavoura disse...

Este papão das tropas norte-coreanas só serve para desviar a atenção da comunicação social ocidental daquilo que verdadeiramente importa na guerra na Ucrânia, a saber: que o exército ucraniano está a colapsar a ritmo acelerado e que em breve a Ucrânia terá que pedir um armistício, aceitanto as condições que a Rússia impuser. As quais não serão agradáveis de digerir para o Ocidente, em particular para a dupla Biden/Kamala e para a péssima governante Ursula von der Leyen, que se aliou a quem não se deveria ter aliado.

Lúcio Ferro disse...

Tenhamos em linha de conta as 12 estações da CIA, os conselheiros militares, os polacos e outros que já lá estão desde o primeiro dia da guerra — em 2014.

Lúcio Ferro disse...

Beneficiar quem? É o senhor ou um filho seu quem vai defender os "nossos valores" no Donetsk? Boa viagem, a legião estrangeira do senhor zelensky aceita tudo.

Anónimo disse...

O leitor Lúcio Ferro (LF) teceu um comentário pertinente. Todavia, parece que o/s leitor/es das 8.16 e 9.37, ou ainda estavam meio a dormir, ou então não perceberam o comentário de LF. Na verdade, havendo um Acordo de Defesa, ou Assistência de Defesa mútuo entre a Rússia e a Coreia do Norte, é perfeitamente lógico que a CdN possa enviar tropas suas para Kursk – que é território russo, convêm sempre relevar. Ou seja, não se trata de enviar tropas norte-coreanos para território ucraniano, o que seria diferente. Aliás, a Nato já há cerca de 2 anos que envia, disfarçados de “mercenários”, militares seus para a Ucrânia, a fim de combater e dar assistência às tropas russas. Desde polacos, ingleses, norte-americanos, franceses, alemães, dos Bálticos, etc. Alguns foram mortos, outros feitos prisioneiros, outros regressaram aos seus países de origem. Mas, nenhum ranhoso país da Nato se incomodou com tais episódios. Por detrás desta meticulosa e abjecta desinformação ocidental relativamente aos norte-coreanos está toda uma propaganda anti-Moscovo, bem orquestrada, cujo fim é ir preparando e justificando uma eventual entrada da Nato no conflito. Com Kamala Harris isso poderá vir eventualmente a suceder. Entretanto, não há nenhuma prova cabal da presença de tropas norte-coreanas em Kurtz. O que foi publicado são meras conjecturas, embora revestidas da tal “veracidade” dos “media” ocidentais, com base em fabricações dos serviços secretos ocidentais, a que Seul, por sua vez, se prestou a fazer o frete.
Por fim, conviria sublinhar e recordar uma vez mais que não sendo a Ucrânia membro da Nato, aquela sinistra Organização de agressão (e não de defesa) não tem qualquer legitimidade de ir em socorro militar directo à Ucrânia, por muito que o comediante de Kiev o deseje. Não existem nenhuns militares norte-coreanos na Ucrânia – e pelos visto nem mesmo provas cabais existem da sua presença em Kurtz. Mas, a encenação da Nato e da UE, como ver o SG da Nato e a Presidente da CE juntos a fazerem uma declaração de “grande preocupação” sobre os malandros norte-coreanos foi demais. Uma coreografia de estalo sem dúvida. Ao que se prestam aqueles dois labrostes vassalos de Washington! E o folhetim sobre o assunto está para continuar. E assim, o genocídios em Gaza, praticado pelos criminosos israelitas, continua - e sem merecer a preocupação e repúdio ocidental.
a) P. Rufino

manuel campos disse...

De repente isto por aqui está a ficar perigoso.
A NATO na Ucrânia?
E desde a primeira semana da guerra!

Anónimo disse...

Correcção: por lapso escrevi "dar assistência às tropas russas", quando deveria ter escrito "dar assistência às tropas ucranianas".
a) P. Rufino

Nuno Figueiredo disse...

16:58 whathever...

25 de novembro