É um " self- service", aviso já para os que não são grandes apreciadores do género - e eu, em regra, estou com eles. (Houve um tempo em que minha preguiça ia ao ponto de considerar que a "fondue" e a "raclette" me davam demasiado trabalho).
Acede-se ao restaurante através de uma estrada no termo de Monsanto, perto do estádio do Casa Pia. As indicações são escassas, pelo que vale a pena usar o GPS. Tem um espaço próprio para estacionamento, embora, a certas horas e dias, bastante ocupado nas zonas mais cómodas.
Situa-se numa edificação rústica de madeira, com um razoável espaço para mesas, umas na sala interior, outras abertas em varandas para o ar livre, e insere-se na área de apoio ao grupo desportivo de rugbi da faculdade de Direito, referência que o nome evoca. A memorabilia dos êxitos do clube enche as paredes. A decoração é "cozy", com bom gosto e elegância.
Vejo o local muitas vezes utilizado para festas ou refeições com bastante gente. Voltei lá há dias, num grupo de amigos, cenário normal por ali.
Sem ter uma comida deslumbrante, é um restaurante com qualidade média muito razoável e uma assinalável variedade, que se expressa também nas sobremesas doces, que sempre me tentam a glicémia. Como é da natureza de todos os "self-services", a partir de uma certa hora, o reforço das vitualhas pode começar a ter falhas, pelo que se não aconselham horas tardias para as refeições. Tem uma carta de vinhos com aceitáveis opções de escolha. O serviço é quase neutro, dada a especificidade do restaurante, e é apenas complementar ao nosso auto-consumo. O preço final é bastante razoável.
O "1º Direito" é uma escolha diferente na restauração de Lisboa. Recomendo uma visita.
4 comentários:
A "fondue", a "raclette" e o "bife na pedra"...
Ok. Hmm. Eu por acaso até moro num 1º DTO. Mas... Sei lá, gosto imenso de cozinhar e comer fora sai caro e eu sei cozinhar muito bem. Não obstante, here, have some french fries, acho que vai precisar no dia 5 de novembro. ^_^
Não conhecia o 1-º Direito. Mas vou com certeza visitá-lo numa primeira oportunidade, até porque a visita (gastronómica) é recomendada pelo Embaixador.
Para além disso, não sei porque lembrei-me da minha ligação ao Grupo Desportivo da Faculdade de Direito de Lisboa (não pelo râguebi, que nunca pratiquei), mas sim pelo futebol. Vindo de Moçambique para cursar Direito, fiz parte da equipa de futebol do GDD na época 1967-1968, treinada pelo magriço Fernando Mendes e que disputou o campeonato universitário. Num ano, em que o campeonato foi vencido pela equipa de Medicina, constituída quase exclusivamente por estudantes brasileiros que ao abrigo de um acordo estabelecido entre os governos português e brasileiro que previa o intercâmbio entre as universidades dos dois países, que na prática se circunscrevia à possibilidade de estudantes brasileiros frequentarem as universidades portuguesas, já que os portugueses em vez de irem, para o Brasil, tinham que “amochar” na guerra colonial.
Dessa equipa de futebol de Direito faziam parte os meus amigos Afonso (tragicamente falecido num desastre automóvel, na marginal em Caxias, muito antes da construção do viaduto), Mineiro, Hirgee, e tantos outros cujos nomes, a minha cada vez maior parca memória, infelizmente deles já não se recorda.
Pode ser que ao visitar o 1.º Direito, encontre por lá uma foto da equipa de futebol de que fiz parte, embora julgue que será difícil encontrá-la, porque o GDD se desvinculou da Faculdade e se constituiu como um clube desportivo autónomo de râguebi, e cujos praticantes não são obrigatoriamente estudantes ou ex-estudantes, nem de profissões ligadas ao Direito (advogados, juristas, magistrados).
Carlos Antunes
Refere-se ao António Mineiro?
Enviar um comentário