quarta-feira, outubro 02, 2024

"Grande Entrevista"


Vou estar hoje, a partir das 23 horas, na RTP 3, na "Grande Entrevista", conduzida por Vitor Gonçalves.

2 comentários:

manuel campos disse...

"É hoje! É hoje!", como naquela velha história que não conto aqui.
Só que no meu caso particular se refere a "é hoje que eu vou ver televisão!"

Joaquim de Freitas disse...

Ver televisão? Oh Senhor Manuel Campos; Serà esta a sua velha história? " Há já alguns anos, e se recordo bem quando a rainha Elisabete de Inglaterra foi coroada, apareceu lá por casa uma desconhecida.
Desde o princípio, toda a gente ficou fascinada com esta encantadora personagem e, em seguida, foi convidada a viver com a nossa família.
A estranha aceitou e, desde então, esteve sempre connosco e tinha um lugar muito especial
Quando deixei a minha casa parental, e que os meus pais desapareceram, ela seguiu-me para a minha.
Instalou-se sem dificuldade como se sempre tivesse vivido connosco.
Durante anos, a estranha era nossa narradora.
Mantinha-nos enfeitiçados por horas e horas com aventuras, mistérios e comédias.
Tinha respostas para qualquer coisa que quiséssemos saber : - de política, história ou ciência.
Conhecia tudo do passado, do presente e até podia predizer o futuro!
Levou-me frequentemente ao futebol.
Fazia-me rir, e quase me fazia chorar.
As blasfémias, os palavrões, por exemplo, não eram permitidas em nossa casa…nem por parte nossa, nem dos nossos amigos ou de qualquer um que nos visitasse. E nós calávamo-nos.
Entretanto, a nossa visitante de longo prazo usava sem problemas a sua linguagem inapropriada que às vezes …passava a linha!
E tinha muitos vícios! Até nos incitava a beber álcool. e a fazê-lo regularmente.
Fez com que o cigarro parecesse fresco e inofensivo, e que os charutos e os cachimbos fossem distinguidos.
Falava livremente (talvez demasiado) sobre sexo. Os seus comentários eram às vezes evidentes, outros sugestivos, e por vezes vergonhosos.
Os meus conceitos sobre relações nunca foram influenciadas fortemente pela estranha, mas ela fez tudo o que podia e faz, para nos mudar.
Repetidas vezes a criticamos, mas ela nunca fez caso dos nossos valores, e, mesmo assim, permaneceu cá em casa.
Passaram-se mais de cinquenta anos desde que a estranha veio para a nossa família. Desde então mudou muito; já não é tão fascinante como era no princípio.
Não obstante, se hoje me visitarem, ainda a encontrarão sentada no seu canto, esperando que alguém queira escutar as suas conversas ou dedicar o seu tempo livre a fazer-lhe companhia...
Mas eu, para a contrariar, comprei desde há muito, uma bela instalação de rádio, onde escuto concertos, óperas e outras músicas divinas! Acabei com o seu imperialismo, que é um nome que detesto.
Há uns tempos para cá só nos fala de Guerras...Mortos...Caos...Miséria!
O seu nome? Ah!.... O seu nome…
Chama-se TELEVISÃO!
É isso mesmo: TELEVISÃO!
Agora tem um marido que se chama Computador, um filho que se chama Telemóvel e um neto de nomeTablet. Mas estes só têm direito à palavra quando quero, onde quero, ou escrevo no Facebook.
A estranha agora tem uma família.
Em muitas casas, esta família escorraçou a verdadeira família.

Jorge Rebelo de Almeida

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