segunda-feira, dezembro 18, 2023

O arco da decência


O populismo xenófobo que está a começar a gerar-se em torno do tema da imigração deveria levar os partidos do "arco da decência" a uma tomada de posição, de preferência conjunta, para denunciar e esconjurar essa doença nacionalista, a montante de qualquer crise grave. 

13 comentários:

Luís Lavoura disse...

O populismo xenófobo que está a começar a gerar-se em torno do tema da imigração

Está a gerar-se tal coisa?

Eu não vejo isso. Não me parece que as pessoas estejam a tornar-se xenófobas.

efelima disse...

... o facto de se considerar haver partidos do "arco da decência" pressupõe haver partidos do "arco da indecência", certo? Mas então essa classificação não é também ela, logo à partida, um populismo xenófobo?

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Tal e qual, ipsis verbis!
É o que costumo dizer, estas questões não têm nada a ver com lados políticos, são questões de decência humana determinadas por mínimos de maturidade afetiva.
Que essa decência se expresse politicamente no tal "arco".

Anónimo disse...

Este nosso caro Embaixador vê a sociedade portuguesa com lupa…

Anónimo disse...

Muito mais grave que o oportunismo do “xenofobismo”, quer por uns, quer por outros, é a realidade desumana em que vivem centenas desses emigrantes, um pouco por todo o país, explorados como escravos no Alentejo, engaiolados sem o mínimo de condições nos centros das cidades do litoral português! Fará sentido falarmos de xenofobia? Mas xenofobia de quem? Dos responsáveis e dos decisores… Por favor assumam a realidade e resolvam a gravidade destas pessoas!

Unknown disse...

O arco da indecência tem origem no povo. Mudemos então de povo.

Francisco F disse...

Ontem, no meio de uma enorme esfrega na RTP3 (a versão quase-woke da estação estatal), durante a qual se repetia até à náusea a questão dos 1600 milhões e onde absolutamente tudo eram maravilhas na vinda de imigrantes (e se falhas havia, eram culpa do país), um senhor - que alinhava com o entusiasmo da reportagem -, lá deixou escapar um "mas também há problemas...". Sorrindo, explicou que se deve apostar nos países que tenham mais afinidades connosco, cujas pessoas apresentem maior facilidade de integração na nossa sociedade, etc.

O simpático cavalheiro não terá reparado que isso é o discurso da maioria dos "xenófobos" e "racistas" (vá, aproveitemos o embalo: "fascistas", "misóginos", "homofóbicos", "negacionistas" e coiso e tal). Poucas pessoas se queixam da imigração como um todo. Quase todas manifestam desconforto e rejeição relativamente a certos aspetos do fenómeno.

Mas é claro que a desonestidade intelectual, a necessidade do discurso hiperbólico, omitem o meio para se centrarem nos extremos. É assim a política, é assim a manipulação... Tudo ou nada; 8 ou 80.

Para compor o ramalhete, uma das senhora da reportagem resolveu meter os ciganos ao barulho dizendo que também eram alvo de discriminação. Ironia das ironias, no mesmo telejornal passou uma reportagem sobre um grupo musical cigano vindo da Eslováquia para tocar cá cujo líder - em resposta às preocupações sobre discriminação evidenciadas pela jornalista -, respondeu com um forte apelo a que os ciganos... estudassem. Lindo!!!

Anónimo disse...

“Quem não tiver telhados de vidro que atire a primeira pedra” !!!

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

"Sorrindo, explicou que se deve apostar nos países que tenham mais afinidades connosco, cujas pessoas apresentem maior facilidade de integração na nossa sociedade, etc."
"Poucas pessoas se queixam da imigração como um todo. Quase todas manifestam desconforto e rejeição relativamente a certos aspetos do fenómeno."

A isso se chama Viés de Similaridade / Familiaridade, como esse viés se manifesta em todos nós, é de facto necessário "trabalhar" o tal "cidadão médio", que facilmente pode cair em crenças e atitudes hostis para com quem perceciona dissimilar, o tal "desconforto e rejeição relativamente a certos aspetos do fenómeno". As ditas crenças e atitudes definem-se como xenofobia.

Quanto à declaração do músico de etnia cigana tudo depende da forma como o disse, se o disse de forma sobranceira, como quem diz, que a culpa de serem descriminados é dos próprios, o dito senhor deve estudar melhor a história da sua etnia.

Por muito que queiram aliviar as consciências de que "o desconforto e rejeição" é perfeitamente justificado e que tudo são "exageros" do "wokismo" (será que é alguma conspiração de empresários de restauração de cozinha oriental?), as migrações continuarão a ser uma realidade incontornável, como sempre foram.

J. Carvalho disse...

Para os que duvidam que, entre nós, há quem defenda e promova a xenofobia, o que não faz de todos nós xenófobos.

«Há um discurso político que se repete à exaustão e que descreve estes imigrantes como personae non gratae, pelo que a existência de pessoas que se sentem no direito de os tratar como não-humanos é uma consequência desse discurso.

"Revolve-me as entranhas quando comparam a nossa antiga emigração à nossa atual imigração", afirmou André Ventura, na última Convenção do Chega. Num passado recente já tinha dito que "a imigração islâmica é um perigo para Portugal, é um perigo sobre as nossas mulheres e sobre as nossas cidades". E, em Lisboa, o deputado municipal do Chega Bruno Mascarenhas acusou os imigrantes que "invadem o país e a nossa cidade, aproveitando-se da nossa boa vontade, e ainda abusam porque conseguem que lhes paguemos casa, comida e ainda damos dinheiro".»
Paulo Baldeia
https://www.dn.pt/opiniao/normalizar-o-chega-e-normalizar-a-xenofobia-e-a-violencia-15786628.html

Francisco F disse...

Ainda havemos de ter de estudar as "migrações bárbaras"...

É insuportável a arrogância e a pesporrência dos que se acham moralmente superiores à ralé.

Anónimo disse...

Imigração pressupõe aculturamento, miscigenação. Imigrantes adultos ou mesmo jóvens de cultura islâmica nunca viverão segundo as Leis da República portuguêsas. Não serão aculturáveis. Viverão em completa aversão aos portugêses, nos seus bairros e com a sua Lei, a Sharia. Todos sabemos isso.
Pior: há um par de anos o Sr. Embaixador descreveu uma conversa em que lhe perguntavam qual era a percentegem de islâmicos em Portugal, e assinalava a forma como essa crescente percentagem vaigradualmente "conviver" nos países de acolhimento.
Exemplos tristes há muitos na Europa.
Selecionar culturamente as migranções não é racismo. O oposto é que vai gerar racismo e mau viver para todos.

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

"Selecionar culturamente as migranções não é racismo."

Não, que ideia...

Deve estar muito mal informado acerca da comunidade islâmica em Portugal, recomendo-lhe uns passeios pela Ressano Garcia, pode ser que passe.

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