terça-feira, agosto 09, 2022

O cúmulo da cretinice

Já tinha ouvido ideias muito estúpidas, mas a de proibir qualquer cidadão russo de entrar no espaço europeu é inqualificável, é um “benchmark” de xenofobia.

21 comentários:

João Cabral disse...

Senhor embaixador, não vou defender semelhante medida, mas quando se tem um país a ser destruído, mutilado, com crimes de guerra e com o perigo nuclear novamente à espreita (os russos outra vez!), até consigo compreender. É sobretudo uma forma de pressão, não vejo imediatamente xenofobia.

Flor disse...

De xenofobia e ignorância!

Luís Lavoura disse...

Zelensky está em delírio.

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

E da completa sandice.

Francisco Seixas da Costa disse...

João Cabral. O seu comentário extremista desqualifica-o definitivamente para intervir neste blogue. Esta foi a última vez - e olhe que eu sou geralmente muito tolerante. Boa noite!

manuel campos disse...


A facilidade com que se estão a abrir "caixas de Pandora" em vários domínios é bastante assustadora, amanhã qualquer motivo será bom para qualificar (e desqualificar) povos e nações inteiros só porque isso é útil no imediato muito imediato a alguns.

Lúcio Ferro disse...

Não é nada de propriamente novo. Desde março que se multiplicaram os casos, em várias países europeus, inclusive Portugal, de xenefobia straight out face a cidadãos russos, emigrantes ou imigrantes, já nem sei. Esta "proposta" pode ter o efeito positivo de levar jornalistas a pensar (?) sobre essa realidade e a permitir que as estações de tv possam dar a devida cobertura, nunca mais do que uma nota de rodapé, mas já lhes dará espaço para racionalizarem a derrota e de nota de rodapé em nota de rodapé tudo se comporá. Uma boa noite, Senhor Embaixador.

João Cabral disse...

Senhor embaixador, comecei por dizer, se leu bem, que não defenderia semelhante medida. Se não me quer no seu blogue, está no seu direito, mas desfeitear-me absurdamente com o rótulo de extremista, coisa que não sou nem nunca fui, é algo que não lhe vou admitir. Tenha uma boa noite, já que estragou a minha.

Anónimo disse...

Tentar recuperar a Crimeia vai na mesma linha de estupidez. É preciso parar o Z que talvez justificadamente no caso dele está a passar a linha
Fernando Neves

Luís Lavoura disse...

Francisco, não deve impedir pessoas de comentar no seu blogue sem muito sólidas razões para isso. Ambos discordamos daquilo que João Cabral escreveu, mas isso não constitui, de forma nenhuma, razão para o impedir de continuar a comentar.

Francisco Seixas da Costa disse...

Luis Lavoura. Nunca coloquei limites aos comentários, salvo os insultuosos e desrespeitosos. Mas tenho dois limites: racismo e xenofobia. Não aceito a menor russofobia. Como não aceitaria ucranofobia, se ela existisse. Casa um é como é, eu sou como sou e o blogue é meu.

João Cabral disse...

Senhor embaixador, vejo que o que o terá melindrado tenha sido «os russos outra vez!». Pois essa voz não era minha, é a perspectiva que terão os ucranianos (e os estónios, letões e finlandeses, visto que apoiam semelhante proposta). Creio que o assunto estará, assim, esclarecido.

João Cabral disse...

Devo acrescentar que já comentei, neste blogue, contra a supressão de meios de comunicação russos na Europa, nomeadamente a RT, além da proibição de autores, obras ou artistas russos. Dou este assunto por encerrado.

José disse...

Comentário extremista, por parte do João Cabral? Por amor de deus e de todos os santos!

Mas, ao contrário, aceita, há anos, americofobia fanática por parte de um Joaquim Freitas (que, aliás, só por aqui aparece para desancar nos EUA). Aí, não há "xenofobia".

Aceita que um Lúcio Ferro chame repetidamente "palhaço" ao presidente ucraniano (isto não é desrespeitoso, pelos vistos), que apelide o Abrunhosa de "oportunista de merda" (não é um insulto, parece), que escreva "que o abrunheiro se vá foder, que se vá foder", que fale nos "mérdia ocidentais", que chame "lunático" e "carniceiro" ao Biden, enfim, que dê neste blog um espetáculo de violência verbal única.

A diferença entre o João Cabral e a dupla de profissionais do comentário anti-ocidental "Joaquim Freitas / Lúcio Ferro" (picam vários blogues, sempre para os mesmos temas), é que o João Cabral parece ser conservador e como, pelos vistos, a liberdade de expressão só se aplica a um dos lados da barricada, já é a segunda vez que é expulso. Uns, nem podem dizer que "compreendem" medidas, outros, têm carta branca para defender tiranos e bolçar ordinarices.

Siga!

Francisco Seixas da Costa disse...

João Cabral. Acho abjeta a russofobia. Tão simples como isso. Escrevam o que quiserem sobre Putin, sobre os seus generais, sobre as suas tropas. Mas poupem a população russa e a cultura russa. Este é o meu limite. Era só o que faltava que o povo russo, que já sofre o facto de ser dirigido por um paranóico, ser punido, na sua liberdade de circulação, por países que se pretendem democráticos.

Unknown disse...

Desculpe a franqueza mas o seu comentário foi de uma rudeza e de uma má educação tais, que não se adequam bem a um diplomata. Pode crer que ser russofóbico e ser racista não são as duas piores coisas do mundo. Há pior do que isso: há uma guerra suja e assassina dos russos contra os ucranianos, que mata a sério, e que dispensa bem ternuras em relação aos russos. E é esta forma de pensar que merece uma censurabilidade e uma arrogância tão fulminantes?
Confesso que, com este episódio, o Sr. Embaixador perdeu da minha parte algum respeito e mesmo admiração. Eu sei que não vai publicar este comentário, mas não me sentia bem se não lhe manifestasse o meu desconforto.
J.Moura

Lúcio Ferro disse...

José, não sabia que me lia com tanta e tão profunda atenção ao ponto de me citar (descontextualizando as minhas palavras, claro). Fico muito lisonjeado mas aproveito para lhe dizer duas coisas: 1 - Não conheço o comentador Joaquim de Freitas de parte alguma, nem faço parte de qualquer coletivo de "profissionais do comentário anti-americano". 2 - Para sua informação, desde há meses que o único blogue onde comento é este, o que não quer dizer que não leia outros. Mais uma vez, fico agradecido e muito lisonjeado ao saber que me lê com tanta atenção e de forma tão minuciosa. Talvez que, noutros tempos, o José pudesse ter ter tido um papel muito profícuo em organizações que se dedicavam a isso mesmo, como por exemplo a PIDE.

Francisco Seixas da Costa disse...

“Ser russofóbico e ser racista não são as duas piores coisas do mundo”. Mas estão lá bem próximas!

José disse...

Lúcio Ferro, tenho muita pena de si. Deve ser uma pessoa a viver num enorme conflito.

Quero dizer-lhe que o perdoo. Perdoo-lhe a linguagem ordinária. Perdoo-lhe a estupidez dos argumentos. Perdoo-lhe os comentários rascas.

Já conheci algumas pessoas do mesmo tipo. A vida é difícil e há tanto que não depende de nós. Há ressentimentos, frustrações, marcas do passado que nos atormentam. Acredito que você gostaria de ser melhor. Acredito que todos ganharíamos se você fosse melhor.

Eu perdoo-lhe, Lu. E passarei a pensar nos seus comentários não como vulgares detritos mas sim como estrume. Porque o estrume fertiliza e as coisas que você escreve acabam por servir para alimentar a raiz da Liberdade e fortalecer o ânimo dos que lutam por um mundo melhor onde aqueles que você defende não têm lugar.

Viva a Ucrânia!

Joaquim de Freitas disse...

Eu seria um “americanofobo fanático” , segundo José! Qual é o termo contrário? Americano filo servil?

Seria muito fácil de cair na “americofobia fanática” , como escreve, quando se analisa a história dos EUA, desde a sua fundação.

O genocídio ameríndio, a escravatura, a invasão dos países vizinhos, para criar a “América de Monroe”, as dezenas de guerras e golpes de estado, embargos e bloqueios de toda a espécie, os “regime change” que ameaçam todos os regimes que lhes desagradam, que não se ajoelham.

Todos os ensinamentos subliminares que aprendi sobre esses valentões, como eles são rudes e sem educação, e como eles têm o direito de bombardear quem quiserem no mundo, simplesmente porque cobiçam o que os outros países têm, e a sua ganância.
Mas a América não é só isso. Nem todos os polícias americanos põem os joelhos em cima do pescoço dos negros até à asfixia…

Recordo que um dia que regressava de uma longa caminhada ao longo do rio Yellowstone no Montana , acompanhei durante um longo momento um Índio que falava algumas palavras de inglês.
A um dado momento, cruzamos um casal americano, branco, que, vendo que durante uns minutos partilhamos uma garrafa de água e uns biscoitos com o Índio, me perguntaram se precisava de ajuda, porque: “os índios são capazes de nos roubar”…Respondi-lhe duramente, a minha partilha não os compensaria de tudo o que lhes roubaram…

Olhava para as montanhas distantes para me reconectar a um lugar de bondade na minha alma, mas não consegui. A paisagem estava tão bonita como sempre, mas não conseguia saciar a raiva que aqueles brancos me deixaram…Tantos anos passados e a xenofobia ainda queima os seus corações…Como para os Negros.

Sim, José, seria fácil de cair na “americanofobia fanática”, mas o problema não seria resolvido.

A visão das 500 000 crianças mortas de fome no Iraque, pelo embargo americano da Nestlé, a visão de todas as crianças mortas na Síria que Hillary Clinton ajudou a matar; as crianças despedaçadas pelas bombas no Afeganistão e no Paquistão lançadas pelos drones de Obama, o horrível caos da Líbia, o deserto total do Iraque, a morte e destruição em todos os lugares causadas pela intervenção militar dos EUA. Ucrânia, Honduras, El Salvador, Guatemala, Chile e assim por diante –

Qual outro país pode afixar um tal palmarés? Seja honesto e cite-o.

Quando vejo o estado no qual a recente cimeira de Madrid deixou a EU, direi que os EUA são o país a ser temido. E a sua ganância, autossatisfação e arrogância não conhecem limites.

Você não tem ideia do que faz com o povo de outros países ouvi-los se gabar e aplaudir as suas bombas "inteligentes" e os seus soldados e os seus líderes militares sedentos de sangue e seus criminosos de guerra e seu comandante-chefe sem consciência e sangrando.

“No US boots in Ucrânia” dizia ele…Mas dinheiro e armas, sim! Que morram os ucranianos e os russos...

Todas essas palavras triunfantes são percebidas pelo resto de nós, por nós que não somos americanos, por cada célula do nosso corpo, como totalmente repugnantes e obscenas.

Hà dias foi o aniversário de Hiroxima e Nagasaki. Um peso terrivel na consciência da América e da Humanidade.

manuel campos disse...


O comentário - por assim dizer - do José às 16.15 é uma coisa que não tem cabimento entre gente adulta e que pensa pela sua cabeça.

Que coisa tão patética aquela falsa comiseração pelo que ele considera as "limitações alheias" totalmente decalcada de algum livro de "auto-ajuda" que terá lá por casa.

Conversa desta pode ser muito adequada a algum outro "fórum" mas aqui não, isto não é um "programa da tarde" para velhinhos.


Argumentos combatem-se com argumentos até ao fim e a lutar pela "Liberdade" no sofá está sempre muita gente, é fácil e limpa consciências das vezes todas que se fecharam em copas numa simples discussão de rua para não ter chatices.

25 de novembro