quarta-feira, agosto 31, 2022

Vento leste

Na sua reação à morte de Mikhaïl Gorbachev, o PCP revela a superior qualidade de ser um partido que nunca nos surpreende.

3 comentários:

Flor disse...

"Déjà vu"!

Unknown disse...

O PCP é uma relíquia histórica que só não se extingue, por completo, enquanto Portugal não sair da pobreza, para a qual, aliás, vai tentando contribuir das formas que lhe são possíveis. Não faz falta nenhuma, a não ser aos saudosistas.

Francisco disse...

Não confundo a apreciação do Francisco Seixas da Costa com a mediocridade anti-comunista que vai grassando em Portugal e em parte do velho continente. Afinal, tal como os comunistas da velha guarda, o Francisco também é, para seu infortúnio e nosso desalento, vítima do vilipendio e da falta de nível. A esse propósito, curvo-me perante uma social-democrata como Carmo Afonso e os textos que com coragem e coluna vertebral, subscreveu e publicou. É no entanto preocupante que a falta de memória histórica nos torne a cada dia mais omnipresente que o sono da razão é de facto gerador de monstros. Não se discutem ideias, não se aprofunda o pensamento, não se discorda do que se entende discordar, nem se concorda com o que se entende dever concordar. Debate-se o estereótipo e o preconceito num tribalismo absoluto, que ainda me vão obrigar a reler o Desmond Morris. Mas bem vistas as coisas, porque me hei-de surpreender? Não é verdade que de um dia para o outro foi possível convencer milhões de pessoas neste pobre país, que o Zelenski era um democrata a que se deveria dar todo o crédito, rivalizando em pretensões canónicas e pergaminhos de beatificação com a Irmã Lúcia ou alguém do mesmo género? Com direito a recepção apoteótica e unânime na A. da República? Unânime? Ai não, perdão, afinal, há, felizmente, quem nunca nos surpreenda pela negativa.

O futuro