Na passada semana, durante o programa “Observare”, na TVI 24, ao selecionar o chamado “prémio guerra”, destaquei um bombardeamento israelita feito, dias antes, à Síria, num setor onde, segundo alguns meios americanos, Damasco beneficiaria de cooperação militar iraniana. Essas ações foram levadas a cabo em áreas dos Montes Golan, grande parte dos quais é hoje ocupada por Israel, à revelia de resoluções das Nações Unidas, que sempre reconheceram esse território como sendo sírio.
Na ocasião, referi que me parecia que este podia ser um sinal de que Israel poderia ser tentado, nos próximos tempos, isto é, até ao final da administração Trump, a efetuar algumas ações militares contra o Irão.
Ora parece haver hoje fortes indícios de que Israel poderá estar por detrás do assassinato do cientista iraniano, que estaria ligado ao programa nuclear iraniano, ocorrido imediatamente depois. Não quero “ser bruxo”, mas...
O mundo vive preocupado com a possibilidade do Irão poder vir a ter acesso à arma nuclear. Por essa razão, no termo da administração Obama, juntamente com três países europeus (Reino Unido, França e Alemanha), os EUA chegaram a um acordo com o Irão sobre a matéria. Com Trump, Washington dissociou-se desse acordo, estando para saber-se se Biden irá retomá-lo.
Israel protestou sempre contra esse acordo feito com o Irão. A legitimidade política de Tel-Aviv nesta matéria é, contudo, muito limitada. Toda a gente sabe que Israel tem armas nucleares, que não é por acaso que o país não subscreve o Tratado de Não-Proliferação Nuclear e que, até hoje, continua a impedir a Agência Internacional de Energia Atómica de controlar o seu território.
Israel não quer que o Irão tenha a bomba nuclear, mas não dispensa ter a sua.
7 comentários:
A documentação sobre os crimes cometidos por Israel é mais pesada que três tanques Merkava, é ao ar livre, já que é de cima que as bombas caem. Os iranianos e os palestinos têm o dever de ser pacientes, metódicos, de identificar pistas, de registar tempos, lugares, feridos, mortes, identidades.
Poucas ONGs israelenses estão tentando dizer a verdade. Mas a média não repercute. É o caso de "Quebrando o Silêncio" quando publica os depoimentos de 60 soldados e oficiais que participaram à Operação Borda Protectora. O mundo inteiro podia ver soldados israelenses atirando em homens como alvos de um campo de tiro. Ao lado deles, um público encantado do show. A Operação Borda Protetora, que durou 51 dias, resultou na morte de mais de 2.200 palestinos e 72 israelenses.
O Irão também paga a sua obstinação a aplicar o Acordo assinado pelas potências ocidentais, que Trump rejeitou.
Israel como os próprios Estados Unidos, através da sua crescente tendência a agir unilateralmente e sem respeito pelas preocupações dos outros, tornaram-se em Estados “voyous”.,. Desonestos" jà dizia Robert MacNamara.
Quando penso que o Irão foi o segundo estado de maioria muçulmana, depois da Turquia, a reconhecer o Estado de Israel como seu melhor amigo não muçulmano…
(Continuando..) Mas talvez seja mais justo dizer que o assassinato do um cientista nuclear não é tanto para tentar de parar uma bomba , mais para dificultar a diplomacia. Joe Biden sabe-o bem… E até talvez esteja de acordo com isso... Ele serà testado precisamente aqui, na sua politica estrangeira.
Alias quando Israel concebeu os assassinatos de meia dúzia de cientistas nucleares iranianos entre 2010 e 2012, os apoiantes destas mortes argumentaram que ajudariam a abrandar um programa nuclear numa altura em que a diplomacia multilateral mostrava poucos progressos.
O Irão tem dito repetidamente que voltará a cumprir o acordo nuclear se a administração
Biden concordar em fazer o mesmo e levantar as sanções de Trump.
Esta politica da terra queimada de Netanyahu, tem o apoio de Trump.
Israel e Trump querem que o povo iraniano sofra...e reanimar a economia iraniana em dificuldades nao é o seu objectivo mas dificultar a sua influência no Médio Oriente. Matar Fakhrizadeh torna isso ainda mais dificil.
Está a equivaler o único país civilizado do Médio Oriente, com uma teocracia fundamentalista que apoia abertamente grupos terroristas...
A sério, FSC, você às vezes tem umas coisas...
Israel é o maior violador do direito internacional e, com tarados como os actuais governantes, não só israelitas, diga-se, a maior ameaça à paz mundial.
Fernando r
Brilhante Post!
Abraço
Não há nada de tão surrealista que chegue áquilo que vi, com estes olhos, agora com cataratas, nos meus tempos de juventude por esse Alentejo profundo em tempos de rescaldo da reforma Agrária eram estas as pérolas nucleares de então, escarrapachadas em grandes placas nas beiras das estradas (ainda não existiam auto-estradas):
Arraiolos concelho livre de armas nucleares!
Moura sem bombas de neutrões!
Amareleja sem poluição nuclear!
E tantas outras autarquias afinadas pelo mesmo diapasão do "Comité para a Paz" onde pontificava um general conhecido pelo "Rolha" que foi secretário da Guerra no tempo de Marcelo Caetano e presidente de Portugal no pós 25 Abril.
Vêm-me á lembrança estas cosas. Deve ser da idade.
Será mesmo "se Biden irá retomá-lo."?.
Neste momento a CS já está divulgar indiscutível informação sobre fraude, nos resultados das recentes eleições presidenciais dos EUA. Chegará essa informação como materia comprovada à "CNE" dos EUA. E aos Tribunais?.
Qual será a reação da "CNE" dos EUA?. E dos Tribunais se se comprovar a fraude e quem a cometeu?.
Da informação divulgada menciona-se pelo seu interesse o #7. Isto no caso de em Portugal se pretender instaurar processo eleitoral assistido por computador, similar ao da Dominion:
"7. The favorable votes pouring in after hours for Biden could not be accounted for by a Democrat preference for mailed in ballots. They demonstrated manipulation. For example, in Pennsylvania, it was physically impossible to feed 400,000 ballots into the machines within 2–3 hours."
(via AmericanThinker.com)
Percebe-se porque a Adm. Trump não aceita o equipamento IT chinês, muito menos em máquinas de votar.
Será mesmo "se Biden irá retomá-lo."?.
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