segunda-feira, novembro 30, 2020

Um pedido de desculpas


Depois do que temos visto nos últimos tempos por aí, acho que o país já devia ter formulado um pedido de desculpas a António Marinho Pinto, por ter frequentemente considerado populistas muitas das suas posições. 

É que, como sempre deixei bem claro, não obstante o seu estilo arrebatado, António Marinho Pinto foi e é um democrata, insuspeito de pôr em causa os valores constitucionais, intolerante perante o racismo e a xenofobia, defensor dos Direitos Humanos e das liberdades.

Entre o "populismo" de Marinho Pinto e o extremismo filo-fascista que marca o discurso e a prática política de algumas figuras que atazanam os dias da nossa vida democrática vai uma imensa distância.

7 comentários:

Anónimo disse...

E com este "caso da semana" vai-se tentar abafar a revelação feita por polacos e alemães (e noticiada pelo Público), de que o Governo do Costa apoiou a Hungria e a Polónia recentemente, sendo Portugal indicado como um país "que joga do lado deles".

Ainda nos lembramos do sorriso do Costa em Budapeste...

Anónimo disse...

A que propósito vem esta " lavagem de roupa!", este " ressuscitar " de um tipo politicamente morto e, porventura, desempregado? O Sr. Embixador tem noção das enormidades que o sujeito dizia e dos prejuízos que causou ao sistema judiciário? Bem sei que não é a sua especialidade.... E essa do " filo-fascismo" de outros, se não é verdade, é bem achada. Fica sempre bem.



Anónimo disse...

E não é que o António Costa e o Santos Silva acham que o Viktor Orban e o da Polónia têm razão?! E esta, hein?

Que diz o senhor Seixas da Costa?

José Manuel Silva disse...


Se a memória não me atraiçoa, o contexto em que António Costa apoiou os governos da Hungria e Polónia, foi diferente. Nada tinha a ver com os direitos e garantias dos cidadãos e da sua liberdade. Não comparemos assuntos que não têm comparação.

Anónimo disse...

António Costa, lucidamente, quiz justamente evitar que os dois países violadores dos princípios democráticos ficassem com a faca e o queijo na mão e tivessem o,prémio da basuca ficar refem deles. A violação do Tratado deve ser tratada com coragem no local próprio. Liga-la a distribuição dos recursos financeiros fora coisa mais entupia que se podia ter feito. Agora os donos da UE são os dois viloes. O nosso PM foi o único que percebeu isso.
Fernando Neves

João Cabral disse...

Será que o senhor embaixador prepara apoio público à candidatura de Ana Gomes? É que, até à esquerda, tem sido considerada populista, mesmo sem pôr em causa os valores constitucionais a que alude. Ou será que o populismo tem necessariamente de incluir racismo e xenofobia? Não parece, caso contrário não haveria populismo de esquerda. E há. Marinho e Pinto foi um populista, há muitas formas de o ser. Até o BE e o PCP sabem sê-lo quando convém.

Jaime Santos disse...

Sem dúvida. O que fez António Marinho e Pinto perder-se para a política não foram as opiniões que tem (foi das poucas pessoas que se preocupou com os direitos dos arguidos e acusados, fossem eles quem fossem), mas sim o comportamento que teve depois de ser eleito Euro-Deputado...

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...