É triste ter de constatar que praticamente nenhum canal de televisão americano que nos seja acessível oferece uma cobertura independente da eleição presidencial. Ao vê-los, temos sempre de descontar o viés político, seja pró ou contra Trump, que os sistematicamente os mobiliza.
4 comentários:
Portugal também não oferece uma cobertura independente. Aliás, dá-se tanto palco a Trump que é raríssimo ver Biden nos ecrãs. Praticamente só se dá destaque a discursos dos democratas quando é Obama a falar. Pergunto, isto é normal? Não se aprendeu nada com as eleições anteriores.
E em Portugal como é?
Sim, na verdade a informação local, em Portugal, praticamente toda, tem a sua óbvia inclinação: é contra Trump, ponto final. Não chega para quem quer estar devidamente informado.
Os enviados especiais, por sua vez, vêm estas eleições nos EUA com a óptica local: politicamente Lisboa é que é, e o resto é paisagem. Ora Washington e Nova York não são os EUA. Pelo contrário, como bem sabe, Sr. Emb. a paisagem é que é (são) os EUA. Bar de Hotel ou Time Square não é EUA.
Recomenda-se Route 66. Boing 7*7 costa a costa, não dá.
Sendo, de facto, normalmente assim (no que toca, por exemplo, à CNN e à Fox News), recentemente muito me admirei com uma entrevista absolutamente exemplar, nada condescendente (antes pelo contrário), de Chris Wallace a uma conselheira de Trump, há uns dias, na Fox News.
Se, como disse, nesse canal a generalidade das intervenções (pivots, comentadores-residentes, convidados) é Trump, Trump e mais Trump (e, na CNN, é anti-Trump, em praticamente igual proporção), Wallace foi absolutamente profissional. Como, aliás, já o tinha sido na entrevista a Trump em Julho (?)
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