segunda-feira, setembro 09, 2019

Protocolo do Estado... a que isto chegou!


Proposta do programa eleitoral do PAN:

“3. Determinar como regra que todas as refeições nos eventos promovidos pela administração directa e indirecta do Estado são vegetarianas, com a possibilidade de providenciar alternativa com produtos de origem animal a quem o solicitar, dando assim cumprimento às recomendações da ONU e seguindo o exemplo holandês”.

Deixo uma imagem do que, no futuro, poderá ser um jantar de Estado no Palácio da Ajuda.

20 comentários:

João Cabral disse...

Votem neles, votem... O novo fascismo disfarçado de progresso e modernidade.

Miguel Félix António disse...

Sem comentários...a "proposta" do PAN!

Manuel disse...

o vinho ainda entra no menu vegetariano, certo?

Luís Lavoura disse...

Seria apenas uma alteração da opção por defeito.
Em jantares deste tipo, é costume a opção por defeito ser um prato de peixe e/ou de carne, mas pergunta-se antecipadamente ao convidado se tem alguma restrição alimentar, em particular se é vegetariano (ou kosher, ou halal). Se o convidado fôr vegetariano, serve-se-lhe um prato especial vegetariano.
Na proposta do PAN, a opção por defeito seria vegetariana, mas continuaria a perguntar-se ao convidado se tem alguma restrição alimentar, em particular se exige comer carne e/ou peixe. Caso exigisse, a exigência seria cumprida.
Em suma, as pessoas continuariam a poder comer o que quisessem. Somente a opção por defeito é que mudaria.

Luís Lavoura disse...

Já lá vai o tempo em que Gorbatchov impôs no protocolo de Estado da União Soviética que não fossem servidas bebidas alcoólicas. Os vinhos foram todos substituídos por sumos de frutas.
Parece que, à época, essa medida até foi assaz aplaudida... que não pelo Francisco, certamente.

Luís Lavoura disse...

Para ser mais realista, em vez do prato mal-saboroso que ilustra o post, o Francisco poderia ter colocado uma imagem de um prato vegetariano servido num jantar de Estado da Holanda.
É que, pelos vistos, a proposta do PAN não é tão inovadora assim - é somente oposta aos gostos do Francisco.

António disse...

Não sei se o pessoal vegetariano já se apercebeu de que a soja, actualmente, é transgénica - bem como os inúmeros derivados.
Não desgosto comer uma refeição vegetariana, onde as saibam fazer. Afinal, o que dá gosto à comida são os temperos, que são vegetais. Não há razão aparente que justifique o sabor a água de cozer couves da maioria dos pratos vegetarianos.
Quanto ao PAN própriamente dito, concordo com João Cabral. É um partido perigoso, bem na linha do Chega.

Jacinto Saramago disse...

Como dizemos em Barrancos: "que tonteria"!!
Cpts

Anónimo disse...

Ó Lavoura, se é "por defeito", então isso tem de ser corrigido. Parece que é o que o PAN quer fazer: "por defeito" mete carne e eles querem resolver o problema. Ninguém quer "defeitos" ao mais alto nível do Estado.

Anónimo disse...

Deus nos livre. O Partido dos cães, travestido de ecológico e inventor gastronómico, vegan. Vale tudo. Mas a verdade e tristeza, é que ainda levam muita gentinha no encanto.

Anónimo disse...

FSC anda a ler o José Manuel Fernandes?

Anónimo disse...

Eh, eh, eh! Há tempos que não ria assim tanto!
Um dia destes passo ali no Protocolo, no MNE e vou falar com a Clara (a Chefe do Protocolo de Estado) sobre isto...Enfim, estou só a fazer humor.
e se tivessemos um MNE do PAN? Pode acontecer, sabe-se lá! Depende do acordo que Costa vier a fazer no pós-eleições!
Abraço!

Pedro F. Correia disse...

(.....) «o exemplo holandês» é a parte que me parece mais interessante...

Pedro F. Correia disse...

É um problema político muito sério grupos que visem hegemonia cultural...É isto que não entendem os que visam por decreto alterar a diferenciação cultural, a tolerância e a convivência livre, tão necessárias à democracia.

alvaro silva disse...

Para os que não gostam de carne: -Que roam cornos!

AV disse...

Concordo com Luís Lavoura, embora me pareça difícil implementar a proposta do PAN em Portugal. E existem pratos tradicionais vegetarianos deliciosos em cozinhas como a italiana, a grega, a libanesa ... enfim, por todo o Mundo. A opção por refeições vegetarianas e/ou veganas já começa a ser adoptada por várias organizações. Há dois anos, numa das maiores conferências académicas na área da gestão, a organização local, uma universidade dinamarquesa, serviu exclusivamente refeições veganas - sem direito a opção carnívora. Se o governo quiser pôr em prática medidas práticas para reduzir a pegada de carbono, terá que dar o exemplo nalgumas coisas ...

Anónimo disse...

Riam-se com estas palermices e ignorem as coisas sérias... Daqui a uns anos, estão a pagar clínicas para os cães e gatos dos outros enquanto vocês ganem na amostra de centro de saúde mais próxima...

Anónimo disse...

Será que os cães e gatos ( do PAN ) não terão direito a oporem-se à esterlização , pra evitar a reprodução excessiva destes animais ? Coitados , se calhar “ ainda “ não pensaram nisso ... Quando pensarem saem do PAN , ficam só as galinhas , pássaros , baratas ( se não houver Dum Dum ) ...
Animais , acordem !

Anónimo disse...

Nunca mais vejo alguém a perguntar ao tipo do PAN se ele é contra as campanhas de desratização. As ratazanas são mamíferos sencientes, altamente inteligentes e organizados!

Luís Lavoura disse...

Anónimo (das campanhas de desratização)

Excelente comentário. Tem toda a razão: as ratazanas não são menos que os cães, os gatos, ou os pombos. Todos os mamíferos em geral são animais muito inteligentes - as ratazanas não menos que os cães ou os gatos.

Pela lógica do PAN, as ratazanas não deveriam ser mortas com veneno - deveriam ser piedosamente capturadas e esterilizadas, e depois voltadas a libertar, para poderem viver uma vida feliz e sem sofrimento, até à sua morte natural.

Evidentemente, eu não voto no PAN, e desejo que esse partido obtenha muito poucos votos. Reconheço, no entanto, que tem mérito a sua proposta de servir refeições vegetarianas no protocolo de Estado.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...