A partir do final dos anos 60, Fernando Barata foi um nome bastante conhecido no setor turístico português. Empreendedor hoteleiro que subiu pela escada da vida, teve relevância no Algarve, onde se especializou no mercado britânico e era proprietário do restaurante “A Ruína”. Aliás, chegou também a ter um outro simpático restaurante em Londres, na Dean Street, por onde passei algumas vezes (chamar-se-ia “Sol e Mar”?). Foi também, creio, presidente do Farense.
Lembrei-me hoje de Fernando Barata ao abrir a janela e ver, tal como ontem, o nevoeiro cair sobre a praia, seguramente para desespero de muitos veraneantes, que não alugaram casa ou hotel para acabarem neste cinzentismo como paisagem. É que tenho ideia de ter lido que, numa das campanhas de promoção da sua atividade hoteleira no Algarve, Barata devolvia dinheiro aos turistas, nos dias em que o sol não surgisse. Que jeito que daria hoje esse sistema!
2 comentários:
Há uns anos - trabalhava eu na RGB em projectos de desenvolvimento financiados pelo Banco Mundial - cruzei-me com o FB na Guiné-Bissau, onde ele queria fazer investimentos turísticos, em Cacheu. A frase promocional era: "Qual Caraíbas qual quê! Guiné-Bissau é que é!" A propósito, cruzei-me ali com outras figuras conhecidas que, (vá-se lá saber porquê??!) quiseram ali investir. Passados uns tempos, todos saíam, frustrados e uns trocos a menos.. Dizia-me um deles há uns tempos, que em alternativa decidiu investir em CV, ainda traumatizado com a trama que lhe montaram na RGB - não quero passar, nem de avião, por cima desse país.
Ele e muitíssimos idustriais "tugas" acreditaram e alguns ainda acreditam que nas ex-colónias havia uma "árvore das patacas.
Imagine-se que até o banqueiro Salgado criou uma empresa de diamantes em Angola e só sairam quartzos!
África? meu Deus que ilusão! até para os africanos!
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