quinta-feira, agosto 15, 2019

Contra o vento


Andar ao contrário dos outros é estranhamente cómodo. Hoje de manhã, era um corropio de gente para a praia, connosco a afastarmo-nos dela, dentro do ar condicionado, rumo a outros destinos. O ferry trazia a multidão própria de um feriado de agosto, que logo deixou vazio, quase só para nós, o barco que nos levaria para longe da península. A sala de refeições da pousada estava agradavelmente sem gente, com um serviço que parecia ser-nos dedicado, com pessoal conhecedor dos vinhos do Sado que nos apresentava para acompanhar as ameijoas. A autoestrada estava com pouco trânsito, mas com toda a gasolina necessária para ter já atestado o dia de amanhã. Entrava-se em Lisboa por uma ponte limpa de tráfego. Isso do nosso lado, claro: de Alcântara subiam para ela filas lentas e compactas, em direção às areias da Costa ou aos Algarves do costume. A Lisboa que me interessa está hoje, deliciosamente, sem trânsito, sem gente, confirmando, se necessário fosse, ser o melhor lugar do mundo para se viver. Isso sente-se, em especial, nos dias em que se ruma contra o vento, o qual, aliás, hoje quase que não sopra.

1 comentário:

Anónimo disse...

Em Agosto. Lisboa a gosto. Sr. Embaixador.

A Europa de que eles gostam

Ora aqui está um conselho do patusco do Musk que, se bem os conheço, vai encontrar apoio nuns maluquinhos raivosos que também temos por cá. ...