sábado, setembro 11, 2010

TAP

Na passada semana, um amigo francês queixou-se-me do facto da TAP não ter servido qualquer refeição num voo Lisboa-Paris. Ainda perguntei se lhe tinham dado à entrada, como li anunciado, um "lanche" e água. Nada, rigorosamente nada!

Ontem, tive eu próprio uma experiência idêntica: só as crianças tiveram direito a serviço de bordo, na viagem para a capital portuguesa. Hoje, no aeroporto de Lisboa, ouvi o anúncio de que um voo para os Açores também não teria serviço de refeições.

Não faço ideia de quem é a culpa desta situação, nem isso interessa rigorosamente nada. Só sei que, por este caminho, a companhia acaba por oferecer os seus clientes à concorrência.

Para quem, como é o meu caso, tem um grande apreço pela TAP, isto são muito más notícias.

11 comentários:

Anónimo disse...

Desculpe, senhor embaixador. Há muito tempo que o apreço pela TAP desaparaceu.... desde que começaram a aparecer viagens a metade do preço, com pessoal mais simpático e, até, com refeições a bordo! Não lhe digo aqui os nomes das companhias que o fazem porque não é o lugar apropriado. Eu não viajo com a TAP desde há muitos anos! Na TAP viaja quem tem algumas razões "especiais" para o fazer...

Julia Macias-Valet disse...

A fotografia que ilustra hoje o post fez-me viajar no tempo e trouxe-me à lembrança os meus livros preferidos quando tinha 6 anos.

Aqui fica para o seu amigo francês a nostalgia de anos que nao voltarao mais. Por favor nao lhe mostre as PAGINAS 13 e 15. Porque ele vai pensar que é provocaçao : )

http://www.google.fr/imgres?imgurl=http://www.xiconhoca.org/anitadeaviao/anita-001.jpg&imgrefurl=http://www.xiconhoca.org/anitadeaviao/&usg=__uuuvpuxzHdYSr5GfLkK6zAP7toA=&h=954&w=704&sz=156&hl=fr&start=1&zoom=1&um=1&itbs=1&tbnid=oDO9MY2lTQHcpM:&tbnh=148&tbnw=109&prev=/images%3Fq%3DAnita%2Bde%2BAviao%26um%3D1%26hl%3Dfr%26sa%3DN%26tbs%3Disch:1

Ja agora... mais dois belgas : Gilbert Delahaye e Marcel Marlier.

Patrick disse...

Mas essa é uma prática que tristemente está se universalizando. O senhor conhece as distâncias aqui no Brasil. Pois bem, ultimamente se recebemos um biscoito e um copo d'água nos voos nacionais, já temos que comemorar.

António P. disse...

Mas é só a TAP, caro Embaixador ??
Não sei a que horas foram os vôos de que fala, mas sei os meu com a AIR FRANCE :
- Lx a CDG : dia 3 de Set saída às 15h 40 e um sumo
- CDG a Lx : dia 7 de Set : saida prevista para as 13 h 20 e saimos às 15 h 20 com 2 hoars dentro do avião e o que nos deram lá para as 16h ??? : Uma mini sandocha e nem um café !!
Cumprimentos

Julia Macias-Valet disse...

Devido a algum "bug", o link que pus no meu comentario nao funcionou. Aqui fica novamente :

http://www.xiconhoca.org/anitadeaviao/

Pois eu, sempre que posso continuo a viajar na TAP. Fidelidade nacional, confiança...
E aproveito para deixar um conselho aos amigos bloguistas que por aqui passarem : Comam antes de apanhar o aviao ou preparem um farnel para a viagem. Conselho de mae de familia numerosa ! Afinal, se quando viajamos de comboio ou de autocarro ninguém nos da nada porque é que devemos ter essa obrigatoreidade de tomar refeiçoes "rechauffées" e de ma qualidade ! Mesmo quando tinham a assinatura do Chefe Victor Sobral...

Falo evidentemente de voos de curta distância.

Penso que um factor crítico de competitividade é a da alta utilização em voo dos aviões e a demora mínima entre voos, com prejuízo do abastecimento em terra aos aviões. Por isto, acabaram-se os jornais e a refeição . O que é curioso é não terem acabado com as vendas a bordo !

Ou seja, se alguém estava a pensar investir em "catering" para os avioes "pode tirar o cavalinho da chuva" : )
Porque "quem vai p'ro mar avia-se em terra" e Rebéu, béu pardais ao ninho : ))

José Martins disse...

Senhor Embaixador,

Mas a TAP sempre serviu mal a bordo (que me desculpem as excelentes hospedeiras) e notei isso na década de 70, século passado.
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Normalmente só voava na TAP de Lisboa/Porto/Lisboa depois de ter voado em outras companhias, europeias e asiáticas: Thai International, Cathai Pacific e Singapore Airlines.
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Estamos na era de ouro, da aviação comercial, onde tudo servido a bordo, bebidas ou café eram de “borla”.
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Uma ocasião depois de ter voado do médio-oriente para Lisboa e dali para o Porto, pedi um café à hospedeira que mo serviu prontamente. Em seguida solicitei-lhe outro e responde-me: “Só um...!!!” Bem a senhora pensava por aí que era o meu baptismo de vôo e naturalmente, enervado, expliquei-lhe que estava habituado a viajar em inúmeras companhias, estrangeiras e lá me trouxe, então mais um café.
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De quando a TAP iniciou a sua carreira (1996-1999) Lisboa/Banguecoque/Macau/Banguecoque/Lisboa, apesar da lotação de 75 e 80% foi uma autêntica tragédia quer pelo serviço de bordo como a paragem constante do avião, avariado, no aeroporto internacional de Banguecoque à espera de peças de Lisboa. Era eu (por 5 anos) o representante do ICEP e por norma estava à chegada dos aviões para prestar assistência aos empresários portugueses.
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Por vezes três dias. Entretanto os passageiros não tinham a assistência necessária e nem uma garrafa de água. e distribuídos por vários hotéis.
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O 25 de Abril de 1974 foi a morte da TAP e bem me recordo que em 1976 se encontravam, estacionados, no aeroporto da Portela aqueles monstros Boeing 747, com poucas horas de vôo que não houve imaginação política para que fossem estudadas novas rotas, rentáveis e de quando os países árabes despertavam para o desenvolvimento que nunca mais parou até hoje.
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Aqueles monstros do ar, com poucas horas de vôo e na flor da vida foram vendidas à PIA (Pakistan Airlines) que bem deles necessitavam para transportar os seus emibgrantes para os países árabes. Por tragédia minha viria,depois, a voar nesses aviões.
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Saudações de Banguecoque
José Martins

Anónimo disse...

Pois...
Isso não traz propriamente benefícios para a saúde...

Teremos que voltar ás lancheiras...
Apanhando a boleia do post inspiração não tardará a abertura de quiosques com kits alimentares para suprir as necessidades em conformidade com os desejos dos viajantes...

Um protótipo extensivo à maioria pãozinho, iogurte, água 50 cêntimos com bolsa 1 euro.
Para diabéticos sem pão, ou com a indicação promessa de o comer de forma fragmentada.
Isabel Seixas

patricio branco disse...

A prática começa tristemente a tornar se comum, na tap e outras.
Sei que há que cortar nas despezas mas, tal como nas contas do estado, as companhias vão ao mais fácil e imediato e não tocam em interesses mais altos e bem mais dispendiosos.
1 kg a mais na bagagem? pague; quer um sanduiche e cerveja ou cc? pague. Outros tempos, mais tempo na viagem, mas mais atenção e conforto. E os assentos, apertados nas 3 dimensões, apropriados para crianças, não para adultos.
Cada vez a tap, iberia e outras se parecem mais às companhias low cost. Não marcam a diferença.
No entanto, uma humilde refeição numa caixinha de cartão deve sair por nada à tap (max 1 e meio €) e faria toda a diferença servi-la, qualquer tarifa de bilhete a cobre.
Bem escolhida a ilustração que lembra a publicidade das miticas pan am ou twa.

Anónimo disse...

Infelizmente é uma péssima notícia. A decência mínima seria informar o "pato", antes de comprar a viagem, de que não haveria serviço de refeições a bordo.

António Mascarenhas

Anónimo disse...

Neste caso concreto, segundo vi noticiado parace que tem a ver com uma diminuição do pessoal de bordo, que não permite que sejam servidas as refeições com o mínimo de segurança (segundo o sindicato). Esperemos que a normalidade seja reposta rapidamente.

Licínio Bingre do Amaral

Helena Sacadura Cabral disse...

Trabalhei anos na Aeronáutica Civil quando esta era dirigida por senhor. Chamava-se Vitor Veres. Era e ainda é um homem de uma imensa cultura, com quem muito aprendi.
A TAP desse tempo - que a foto do post tão bem ilustra - era dirigida por um português. E o serviço era realmente outro...
Não sendo saudosista, tenho boas lembranças dessa época.
Agora que viajo com frequência, avio-me em terra. Mas não no aeroporto onde os preços são um autêntico roubo!

Poder é isto...

Na 4ª feira, em "A Arte da Guerra", o podcast semanal que desde há quatro anos faço no Jornal Económico com o jornalista António F...