Aquele jovem funcionário internacional brasileiro, seguia, com visível atenção, a história que estava a ser contada, com vivacidade e graça, por um dos participantes, numa conversa de fim de tarde, algures no Brasil. Éramos aí uma dúzia de pessoas, algumas que antes não se conheciam entre si, na casa de uns amigos de todos.
A certo passo, fiquei com a nítida impressão - não me perguntem porquê! - de que a atenção do nosso jovem estava mais concentrada na forma do discurso do tal participante e, menos, na substância do que ele dizia.
Numa pausa, consumando a curiosidade que visivelmente o estava a alimentar nos últimos minutos, o tal espetador pergunta para o ativo interveniente:
- Você, há pouco, disse que era dominicano. Como é que, sendo dominicano, fala tão bem português?
- Você, há pouco, disse que era dominicano. Como é que, sendo dominicano, fala tão bem português?
A parte da sala que captou a bizarria da pergunta desatou a rir.
- Foi no convento - respondeu-lhe, irónico, o brasileiro, frade dominicano...
5 comentários:
Estava o Reverendo vestido à futrica?
Se não, o hábito não fez o monge.
"Os dominicanos não são monges, mas sim religiosos: realizam voto de pobreza, castidade e obediência. Vivem em comunidade, que se designam por conventos e ..."
Genuinamente também não fica bem ser irónico até no contexto da essência da castidade.
Daí que gosto tanto da imagem do post a seguir...Que máximo dois em um...
Isabel Seixas
afinal de que nacionalidade era o dominicano? brasileiro? português?
ou de outra nacionalidade e aprendeu realmente o português no convento?
Bem, não interessa o esclarecimento, a história é sobre a ambiguidade ou dualidade do adjectivo ou substantivo.
brasileiro portanto
Deliciosos post e comentários!
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