O Lopes tinha vindo de Moçambique. O pai parece que tinha propriedades por lá. Dispunha de um quarto individual, embora interior, o que era então um invejado luxo, no lar universitário da rua da Torrinha, no Porto, onde eu também vivia, nessa metade dos anos sessenta do século passado.
sábado, abril 23, 2022
O Lopes e a neve
O Lopes tinha vindo de Moçambique. O pai parece que tinha propriedades por lá. Dispunha de um quarto individual, embora interior, o que era então um invejado luxo, no lar universitário da rua da Torrinha, no Porto, onde eu também vivia, nessa metade dos anos sessenta do século passado.
sexta-feira, abril 22, 2022
Lembrei-me do Raul
Estou a caminho de Évora. Lembrei-me do Raul Solnado, no tempo em que o humor ingénuo nos fazia rir. Numa das suas rábulas, o Raul explicava que tinha nascido em Lisboa. O seu paí era “escafandrista” em Évora - profissão ali improvável e que criava o primeiro sorriso na assistência. E, quando ele nasceu, o paí já não vinha a Lisboa … há dois anos. A sala caía então em gargalhadas. O Raul fazia uma pausa e esclarecia: “Mas a minha mãe foi a Évora!”. Novas gargalhadas. E ele acrescentava: “Malandrice!”. Coisas simples, desse tempo, em que a vida de quase todos, por muito que alguns não o queiram admitir, era mesmo muito complicada. Sim, o 25 de Abril é já na 2ª feira. Comemorêmo-lo!
Bom dia, Tiraspol!
Uma coisa é uma coisa
Claro
O “Expresso” diz que o PR não pediu parecer ao Conselho das Ordens, sobre a decisão de condecorar militares de Abril. Essa agora! A lei diz: “A concessão de qualquer grau das Ordens Honoríficas Portuguesas é da exclusiva competência do PR como Grão-Mestre das Ordens”. Está claro?
Democracia é isto
quinta-feira, abril 21, 2022
Debates no écran
A V República francesa é um regime semi-presidencialista, em que a figura do chefe de Estado é de tal modo preponderante que leva a que muitos observadores o olhem como sendo presidencialista.
“A Arte da Guerra”
A coesão dos aliados da Ucrânia perante o efeito assimétrico das sanções económicas, a última semana das eleições francesas e as “trapalhadas” de Boris Johnson são os três temas de ”A Arte da Guerra”, o podcast que, para o “Jornal Económico”, faço com o jornalista António Freitas de Sousa.
quarta-feira, abril 20, 2022
Belicista?
Iniciativa
Uma boa notícia
Desde há uns anos, tinha ouvido falar de que existia, ali pela Borralha, em Vila Real, numa casa isolada, no meio de uma quinta, colada ao quartel do regimento de Infantaria 13, em Vila Real, um turismo de habitação. Olhando à distância, a partir de certa altura, pareceu-me que teria havido obras de melhoramento do edifício. Mas a minha curiosidade não foi mais longe do que isso.
terça-feira, abril 19, 2022
Cozinhados políticos
segunda-feira, abril 18, 2022
O diabo veste farda
Não vale tudo!
Tolerância, pois!
PCP 2
PCP 1
Um amigo russo
domingo, abril 17, 2022
Páscoa
A “operação” já faz parte da tradição, que a pandemia limitou por algum tempo. Pela Páscoa, encomenda-se o cabrito na Dona Rosa, onde a qualidade é garantida, ali ao Arcabuzado, em Vila Real. Depois, à hora do almoço, processa-se um cuidadoso transporte do “material” - batatas, arroz e molho incluídos - até ao local de degustação. Segue-se a função, com líquidos tintos adequados, seguida dos doces da época. A tarde acaba num chá preto, dos de “a sério”, acompanhado dos folares diversos, ali sujeitos a testes de qualidade comparativa. Desta vez, fomos “só” 18…
sábado, abril 16, 2022
Aleluia
Noutras eras desta pátria, em que outros costumes se impunham, na Semana Santa, todas as rádios (televisão não havia) suspendiam as suas emissões à hora de almoço de quinta-feira, entrando em “black out” durante toda a sexta-feira, dias em que não passava pela cabeça de ninguém abrir as portas de qualquer loja comercial e, claro, em que o bacalhau e o peixe eram de regra nas refeições. Mas, mais do que isso: nesses tempos, em que não havia secadoras de roupa, até não era de “bom tom” estender roupa lavada a secar. Imaginem!
O que Portugal mudou!
Seramota
Sem o folar da Seramota, de Mirandela, a nossa Páscoa teria sempre muito menos graça. Passei ontem por lá, a abastecer-me de dois exemplares destes. É um dos melhores de Trás-os-Montes, podem crer!
sexta-feira, abril 15, 2022
“Lameirão”
quinta-feira, abril 14, 2022
“A Arte da Guerra”
Pode ver aqui.
Pão-de-ló
quarta-feira, abril 13, 2022
França - é fazer as contas
terça-feira, abril 12, 2022
Sarkozy e Macron
segunda-feira, abril 11, 2022
O partido da raiva
Na prática, o que essas movimentações revelam é que há uma parte significativa da população francesa que entende que as resultantes políticas do voto não esgotam a representação da vontade políticaj. Mais do que isso: esses surtos, com expressões por vezes violentas, traduzem a ideia de que há pessoas e camadas da população que se consideram sem voz ou à qual os poderes organizados não conseguem dar a devida expressão. A legitimidade do sistema é, claramente, posta em causa por esta atitude.
Se olharmos para o saldo político da primeira volta das eleições presidenciais francesas, fica patente que esse grande “partido da raiva”, com expressão diferenciada, representa hoje uma percentagem de votos que se aproxima da metade do eleitorado. À direita, Marine Le Pen e Éric Zemmour, tal como, à esquerda, Jean-Luc Mélenchon, somam votos de muitos milhões de cidadãos que atravessam um tempo de desencanto face às políticas moderadas e reformistas, sendo, ao invés, seduzidas por agendas radicais, embora, curiosamente, de sentido político contraditório.
Cinco anos de gestão política da França por Emmanuel Macron não contribuíram para atenuar este crescente sentimento de rejeição, que revela alguma desfuncionalidade do sistema. Se, em 2017, Macron era uma novidade e uma esperança, nos dias de hoje, a sua imagem, desgastada pela desilusão que diluiu muita dessa mesma esperança, tem mais dificuldade em assumir-se como mobilizadora. De certa maneira, foi essa governação sem chama e carisma, em que ao otimismo constante da mensagem não corresponderam resultados que apaziguassem as inquietações de muitos setores, que deu origem ao reforço dos extremismos, que se constata nestas eleições.
Emmanuel Macron pode, de acordo com a maioria das previsões, acabar por renovar o seu mandato, por mais cinco anos, nas eleições de 24 de abril. Mas o “partido da raiva”, essa conjugação negativa de diversas formas de mal-estar social e político, promete não se aquietar. E, de avanço em avanço, poderá, um dia, acabar por consagrar, num país com a dimensão e a importância da França, uma revolução política de inéditas proporções, com consequências no próprio futuro da Europa.
domingo, abril 10, 2022
Putin no voto
sábado, abril 09, 2022
Futebol pelo futebol
Cada vez mais, gosto de ver, na televisão, jogos de futebol entre equipas pelas quais não tenho a menor afetividade ou antipatia. As emoções cansam-me!
Canja!
Sanções
Males que vêm por mal
A França que aí anda (em 1000 carateres)
As sondagens colocam Marine Le Pen com uma inédita proximidade a Emmanuel Macron, à porta da primeira volta das eleições presidenciais francesas, com desfecho a dia 24 de abril, a disputar entre os dois. Com um discurso social, protetor, de resposta às angústias do aumento do custo de vida, credíveis aos olhos dos eleitores, uma vitória da candidata da extrema-direita, agora travestida de moderada e já “dédiabolisée” pelos media, deixou de ser uma hipótese bizarra. Macron, presidente cada vez mais “sortant”, entrou tarde na campanha, convencido de que o país reconheceria o seu papel internacional e o dispensaria de debates. Isso foi lido como arrogância. O seu quinquenato parecia ter sido relativamente competente mas o seu projeto está a ser pouco mobilizador. Sofre agora da onda “tous sauf Macron”, ensanduichado entre a extrema direita (Le Pen e Zemmour) e a extrema esquerda (Mélenchon), com uma esquerda moderada inexistente e a direita tradicional pelas portas da amargura. E agora?
sexta-feira, abril 08, 2022
Daniel Proença de Carvalho
Ontem, juntaram-se na Fundação Champalimaud muitos amigos e conhecidos de Daniel Proença de Carvalho, por ocasião do lançamento do seu livro de memórias “Justiça, política e comunicação social - memórias do advogado”.
Mais claro?
Jorge Coelho
“Então o meu querido amigo o que é que manda?”. A possibilidade de receber, do outro lado do telefone, esta bem disposta frase era muito elevada.
quinta-feira, abril 07, 2022
“A Arte da Guerra”
Em “A Arte da Guerra”, o podcast do “Jornal Económico”, analiso esta semana, com o jornalista António Freitas de Sousa, a evolução da situação na Ucrânia, as consequências europeias da nova vitória esmagadora de Viktor Orbán na Hungria (lembrando também o caso da Sérvia) e o estado da arte na política brasileira, com Bolsonaro e Lula na “pole position” para as eleições presidenciais de novembro.
Oslo e o crime
O nome ilude. Trata-se de um pseudónimo. Estamos perante um livro de Margarida Ponte Ferreira, uma economista portuguesa que conheci, em 1979, na capital da Noruega, cidade onde ambos então vivíamos.
No dia 12 de abril, com Mário Mesquita, vou apresentar o livro. No ISEG, na rua do Quelhas, às 18 horas. Apareçam.
Há minutos, no Twitter, surgiu-me um fotógrafo de Oslo. Chega-se lá através de @MortenClicks . Deixo uma imagem sua.
quarta-feira, abril 06, 2022
Ganda rabino!
Avante…
Viva o Brexit?
terça-feira, abril 05, 2022
Gambozinos
segunda-feira, abril 04, 2022
Luís Menezes Cordeiro
domingo, abril 03, 2022
O congresso do CDS ou a prova de como pode haver vida para além da morte
Quem muito mente…
Lygia Fagundes Telles
2005. Almoço no restaurante “Navegador”, no Rio de Janeiro. Dia da atribuição do Prémio Camões à escritora brasileira Lygia Fagundes Telles. À minha direita, estava sentada a homenageada. À minha esquerda, tinha Agustina Bessa Luís.