sexta-feira, abril 08, 2022

Daniel Proença de Carvalho


Ontem, juntaram-se na Fundação Champalimaud muitos amigos e conhecidos de Daniel Proença de Carvalho, por ocasião do lançamento do seu livro de memórias “Justiça, política e comunicação social - memórias do advogado”. 

Manuel Alegre, seu amigo desde Coimbra, fez um retrato sentimental da sua relação com o autor, o que foi complementado por uma bela peça de Miguel Sousa Tavares, que aproveitou para “desancar” na justiça portuguesa e nos seus agentes - tema que, aliás, é central ao livro. 

Faço parte de quantos - e alguns, como eu, estavam naquela sala -, em momentos diversos do passado, nas últimas décadas, estiveram em “barricadas” opostas a Daniel Proença de Carvalho. No meu caso, sempre e só no plano político, onde creio que, desde sempre, nunca tivemos a felicidade de ver as nossas escolhas coincidirem. Coisa que a nenhum de nós minimamente interessa.

Dito isto, que é um facto, devo dizer que, ao ter vindo a conhecer melhor, nos últimos anos, Daniel Proença de Carvalho, acabei por nele encontrar uma pessoa muito diferente da caricatura que tradicionalmente às vezes dele se faz: descobri um homem livre, frontal, com opinião própria, dependente apenas de si próprio, com fortes preocupações de justiça. E também, o que apenas confirmei, uma pessoa superiormente inteligente, divertida, olhando de forma saudável alguns aspetos lúdicos da vida, que ambos comungamos. E, vale a pena dizer, apenas me relaciono com Daniel Proença de Carvalho no plano pessoal, não tendo nunca tido com ele a mais leve ligação profissional.

Sei que este retrato impressionista não convencerá quantos mantêm uma visão preconceituosa sobre Daniel Proença de Carvalho. Estou certo que essa é a última coisa que o preocupa, que vive bem com essas “idées reçues”, que o seu muito cheio percurso de vida ajudou a criar - na justiça, no jornalismo, na política. E até me permito especular que o seu permanente sorriso, a sua imagem de marca, de onde transparece o modo sereno como encara a vida, não agradará a muitos, como imagino que os comentários que aí virão vão revelar. É a vida!

Um forte abraço de parabéns pelo livro, caro Daniel!

2 comentários:

Nuno Figueiredo disse...

Incontornável.

João Forjaz Vieira disse...

Já li o livro. É talvez, nA minha opinião de contemporâneo do 25 de Abril, o que melhor descreve o ambiente tenebroso crescente do PREC. Não sei se outra pessoa o poderia fazer, precisamente pelas qualidades que lhe aponta o emb Seixas da Costa: independência, enorme coragem, inteligência e a oportunidade, derivada das qualidades, de participar em eventos fulcrais e muito esclarecedores. Um grande e muito importante livro

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