sexta-feira, abril 22, 2022

Bom dia, Tiraspol!

A vontade da Rússia de controlar a ligação do Donbass à Transnístria (zona separatista da Moldova) era um segredo de Polichinelo, há muitos anos. Achava-se que a Rússia não teria “lata” para dizer isso alto. Disse-o agora, ironicamente quando não parece ter meios para o fazer.

6 comentários:

Luís Lavoura disse...

"Disse-o agora"

Disse? Onde? Dê um linque por favor.

Carlos Antunes disse...

Prezado Embaixador Dr. Seixas da Costa
Pode esclarecer-me por que razão entende que a Rússia “não parece ter meios para o fazer” de controlar a ligação do Donbass à Transnístria (a autoproclamada republica separatista da Moldávia), quando detém já neste território um vasto contingente militar que se diz guardar um dos maiores depósitos de armamento em toda a Europa de Leste?
Neste caso, não seria só a Transnístria, mas toda a Moldávia?
Cumprimentos

Lúcio Ferro disse...

Por falar em ironias, quem preferiria o senhor Embaixador, num aperto, por exemplo enquanto membro de uma missão diplomática neutra, em território de hostilidades, sendo o senhor neutro e diplomata, com salvos condutos mas enfim, ter ao seu lado: 'conselheiros' da nato ou chechenos de barba rija, caso as coisas desssem mesmo para o torto e houvesse fogo? Fica também uma sugestão de título para um post futuro: 'A hora de Guterres'.

Jaime Santos disse...

Convenhamos que as altas patentes ou individualidades russas estão a fazer um excelente trabalho ao revelar com absoluta clareza as intenções imperialistas do Kremlin.

Primeiro Medvedev faz um apelo à guerra total contra a Ucrânia dizendo que esta merece o destino da Alemanha Nazi, e agora isto... O trabalho de um futuro tribunal fica muito facilitado...

Se calhar ainda acabam a contentar-se com a anexação da Crimeia se a ofensiva continuar a correr mal...

Lúcio Ferro disse...

Jaime, você não compreende, é preciso acabar com esta guerra e salvar o que há a salvar da Ucrânia. Os russos eliminaram o exército ucraniano, quem sabe, Odessa cairá, isso será um problema gravíssimo, estou tal como von Rundstedt, quando em 1941, frente a Rostov, lhe telefonaram e lhe perguntaram: e agora, que fazer? Ao que respondeu: Façam a paz, cambada de idiotas!

Jaime Santos disse...

E o que propõe para acabar com a guerra, Lúcio Ferro? Que a Ucrânia se renda? Procure convencê-los disso, porque eu não vou certamente fazê-lo. Foram invadidos por um exército que se comporta de forma cruel e caótica, têm o direito a defender-se. Belicismo foi a invasão, não a resistência.

Ou será que ainda o vou ler a apelar para que a Rússia faça o que está certo, respeite o direito internacional, retire as suas tropas, pague compensações substanciais à Ucrânia e entregue a sua clique dirigente ao TPI para que sejam julgados por crimes de guerra (como escreveram os juízes de Nuremberga, iniciar uma guerra de agressão é o crime internacional supremo, só se distinguindo dos restantes porque contém em si o mal acumulado do todo)?

Mas duvido que o faça. Logo, como provavelmente quer uma paz a qualquer preço e sem qualquer justiça, a sua preocupação com a situação na Ucrânia é hipócrita...

As usual...

Parabéns, concidadãos !