O caminho que os EUA estão a trilhar actualmente e o que parece prefigurar fez-me recordar um excelente filme, “V for Vendetta” , que surgiu nos ecrãs do cinema há precisamente 20 anos atrás. No caso do filme em questão, as cenas passam-se no RU, com um governo autoritário, ou totalitário, com V como figura central no combate aquele extremismo. Os EUA, com Trump como Presidente e tendo em conta o que se está a passar na Califórnia e se estes episódios ou situações se repetirem (e nada nos garante que não se repetirão), fizeram-me lembrar, de algum modo (embora ainda distante do que se vivia na sociedade em que V estava inserido), esses momentos, encenados nesse filme. Confesso que começo a não me surpreender com o que se vai passando neste Mundo, sobretudo neste nosso decadente Ocidente, em queda de valores políticos, morais e civilizacionais, complacente com o genocídio em Gaza, fomentando a guerra na Ucrânia (com armas e dinheiro), com uma Extrema-Direita em ascensão em vários países europeus (e já nos EUA, com Trump), no nosso caso com 60 grunhos com assento na AR, com um criminoso e genocida em Israel em rota de colisão com o Irão e chacinando, diariamente, à luz do dia, civis palestinianos, sem remorsos, alegremente, com uma Comissão Europeia com duas figuras sinistras e abjectas, duas trastes nas pessoas como Ursula von der Leyen e sobretudo Kaja Kalas (esta última a dar o aval às patifarias praticadas pelo regime terrorista de Israel, sem se ouvirem protestos dos governos dos 27, tanto quanto saiba, o governo português submisso, entre eles), com António Costa a servir de pajem de ambas (lamentável a todos os títulos, dando o seu apoio à beligerância da UE na Ucrânia e assobiando, vergonhosamente, para o lado no que respeita à carnificina em Gaza, sempre com aquele sorriso chocante). Vivemos, seguramente, tempos perigosos. Até onde estes tempos nos podem levar, não sei. O que me preocupa é que, actualmente, não existem políticos com estatura de Estadistas capazes de saber agir, com inteligência e iniciativa, com vista a proporem caminhos diferentes, quer internamente (no âmbito dos seus países, combatendo os extremistas populistas e demagógicos, de forma racional), quer, talvez sobretudo, no plano externo, por forma a evitar o escalar das tensões político-militares vigentes (e futuras, quem sabe) e, desse modo, conseguir travar que se escorregue para uma situação de não recuo, um dia destes. Na Europa não há, hoje em dia, ninguém capaz, nesse sentido. E nos EUA é o que sabemos. a) P. Rufino
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O caminho que os EUA estão a trilhar actualmente e o que parece prefigurar fez-me recordar um excelente filme, “V for Vendetta” , que surgiu nos ecrãs do cinema há precisamente 20 anos atrás. No caso do filme em questão, as cenas passam-se no RU, com um governo autoritário, ou totalitário, com V como figura central no combate aquele extremismo.
Os EUA, com Trump como Presidente e tendo em conta o que se está a passar na Califórnia e se estes episódios ou situações se repetirem (e nada nos garante que não se repetirão), fizeram-me lembrar, de algum modo (embora ainda distante do que se vivia na sociedade em que V estava inserido), esses momentos, encenados nesse filme.
Confesso que começo a não me surpreender com o que se vai passando neste Mundo, sobretudo neste nosso decadente Ocidente, em queda de valores políticos, morais e civilizacionais, complacente com o genocídio em Gaza, fomentando a guerra na Ucrânia (com armas e dinheiro), com uma Extrema-Direita em ascensão em vários países europeus (e já nos EUA, com Trump), no nosso caso com 60 grunhos com assento na AR, com um criminoso e genocida em Israel em rota de colisão com o Irão e chacinando, diariamente, à luz do dia, civis palestinianos, sem remorsos, alegremente, com uma Comissão Europeia com duas figuras sinistras e abjectas, duas trastes nas pessoas como Ursula von der Leyen e sobretudo Kaja Kalas (esta última a dar o aval às patifarias praticadas pelo regime terrorista de Israel, sem se ouvirem protestos dos governos dos 27, tanto quanto saiba, o governo português submisso, entre eles), com António Costa a servir de pajem de ambas (lamentável a todos os títulos, dando o seu apoio à beligerância da UE na Ucrânia e assobiando, vergonhosamente, para o lado no que respeita à carnificina em Gaza, sempre com aquele sorriso chocante).
Vivemos, seguramente, tempos perigosos. Até onde estes tempos nos podem levar, não sei. O que me preocupa é que, actualmente, não existem políticos com estatura de Estadistas capazes de saber agir, com inteligência e iniciativa, com vista a proporem caminhos diferentes, quer internamente (no âmbito dos seus países, combatendo os extremistas populistas e demagógicos, de forma racional), quer, talvez sobretudo, no plano externo, por forma a evitar o escalar das tensões político-militares vigentes (e futuras, quem sabe) e, desse modo, conseguir travar que se escorregue para uma situação de não recuo, um dia destes. Na Europa não há, hoje em dia, ninguém capaz, nesse sentido. E nos EUA é o que sabemos.
a) P. Rufino
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