O que se tem passado no Médio Oriente, de Gaza ao Irão, representou uma preciosa oportunidade para se saber quem põe a compaixão à frente do sectarismo, quem entende que o estrito respeito pelo Direito Internacional prevalece sempre sobre o que dá jeito.
Esses são os meus.
1 comentário:
É mais que óbvio que Israel vai levar o seu trabalho até ao fim. E nem precisa de matar todos os palestinos. Basta continuar a matar mulheres e crianças e assim cumprirá o seu objetivo maior. Tudo com a prestimosa ajuda dos governantes europeus, que não se importam se a morte chega a Gaza pelo ar ou pela sonegação de alimentos, que estão mesmo ali, do outro lado da fronteira.
É mais que óbvio que a comunicação social está a favor (ou é paga para isso) da solução final, tal como está feliz com o ataque dos EUA ao Irão. Não vi, mas disseram-me que ontem, exatamente ontem, a SIC passou um documentário fortemente negativo sobre o Irão. Um canal de televisão de um regime fascista não faria melhor em termos de propaganda.
É mais que óbvio que desde há muito que o direito internacional não é observado, desde sempre por Israel, e de quando em vez pelos EUA e mesmo pela França, como sucedeu no bombardeamento da Líbia.
Mas quem se preocupa com isso? A posição dominante, muito dominante, na comunicação social está-se nas tintas para o direito internacional. Seguem quem lhe dá as notícias e paga pela sua divulgação. O papel da comunicação social, nesta matéria, é formatar a opinião pública.
Vivemos tempos imorais num mundo cão, onde a nossa Europa política, aprisionada pelo trauma alemão, apela “à contenção das partes” ao mesmo tempo que rejubila, arma Israel e bajula Trump.
É a miséria moral que temos. Pelo menos, a morte que aqueles servem, por enquanto, anda por longe.
J. Carvalho
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