quinta-feira, junho 26, 2025

Belgas


Ontem, um amigo belga queixou-se: "Então você anda a fazer ironias com as diferenças linguísticas do meu país? E já alguma vez foi ao bairro de Marolles, em Bruxelas, ouvir uma outra sonoridade linguística nossa?" Quando lhe disse que tinha ido ao Petit Lion, na rue Haute, há muitos muitos anos, ganhei a paz. Mas, aqui entre nós, talvez por azar meu, nunca ali ouvi o tal "Bruxellois".

Sem os belgas, verdadeiros, casuais, falsos ou inventados, o mundo não teria a mesma graça. (Já um dia fiz aqui essa discutível lista). Sem o Tin Tin & Hergé, o Brel, o Edgar P. Jacobs, o Magritte, o Simenon, o Horta, o Ensor, o Delvaux, o Lévi-Strauss. E, claro, também o Jacky Ickx, o Eddy Merckx e o grande Michel Preud'homme. E o imenso Poirot. E quem sabe que lá nasceram a Yourcenar, o Johnny Hallyday e até a Audrey Hepburn? E o Adamo que cantou a "Dolce Paola" (senhora hoje com 87 anos), ela que nasceu na Itália e deu aos belgas o seu atual rei - que não é rei da Bélgica, mas "dos belgas", note-se.

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