sexta-feira, junho 20, 2025

Relembrar

A análise televisiva de temas internacionais, quando (como, infelizmente, quase sempre acontece) não consegue ser equidistante, ganha bastante com o contraditório, no qual estejam representadas todas (repito, todas) as posições e narrativas. Com vivacidade, educação e respeito.

7 comentários:

ematejoca disse...

De facto, a análise televisiva de temas internacionais deve incorporar o contraditório de maneira viva, educada e respeitosa, enriquecendo o debate com a diversidade de posições e narrativas. Tal abordagem resulta numa compreensão mais ampla e equilibrada do assunto. A minha visão liberal valoriza um diálogo aberto e justo, elemento essencial em tempos de crescente polarização.

Anónimo disse...

Isso implicaria ter uma comunicação social democrática e isenta, o que, claramente, não é o caso. A própria RTP, paga pelos contribuintes, não dá espaço à pluralidade de opiniões que formam a sociedade portuguesa, quer pela via do comentário político, quer pela cobertura jornalística dos eventos que as diferentes organizações partidárias promovem.

Ora, também entendo que a comunicação social deveria dar espaço a que as diferentes posições se expressassem, por forma a que o publico em geral formasse a sua opinião sem estar a ser conduzido por “inteligentes” para o curral.

Mesmo em termos de captação de audiências não é muito ajuizado ter painéis de três ou quatro intervenientes que acabam por expressar as mesmas posições, com uma ou outra nuance de palavreado pelo meio.
J. Carvalho

Anónimo disse...

Talvez porque o critério seja a preferência a forças emergentes em detrimento de forças imergentes.

João Cabral disse...

Presumo que o senhor embaixador se esteja a referir à "altercação" de ontem na CNN entre uma comentadora e aquele general tendencioso. De facto, todos têm direito à sua opinião, mas quando ela não é honesta... aí é que a porca torce o rabo. Já aqui o disse e confesso novamente que lhe gabei a paciência sempre que o vi diante dessa personagem nos comentários que fazia no canal. O treino diplomático deve ter dado uma grande ajuda, mas realmente é difícil não perder a compostura com alguém assim.

Anónimo disse...

A forma pessoal de marrar ,aliada à crença natural do exemplar .estrutura procedimentos idiossincráticos , estes por vezes emolientes ,quiçá diarreicos, no eventual espectador.

Francisco Seixas da Costa disse...

João Cabral. Não vi, mas ouvi falar. E está enganado: não tive o menor problema em "contracenar" com a pessoa a quem se refere, o major-general Agostinho Costa, de cujas opiniões frequentemente discordo (outras vezes concordo) e com cujo estilo de exposição não tenho qualquer afinidade. Mas nunca ali estive em confronto com ele nem com qualquer das outras três pessoas que sucessivamente completaram o trio de análise - e que a todas tenho por amigas. Eu, quando faço comentário, não o faço de forma "afetiva", tento ser completamente equidistante. Se alguma vez o não fui, foi por lapso.

João Cabral disse...

Exacto, senhor embaixador, foi isso mesmo que eu disse (talvez me tenha explicado mal). É precisamente por comentar sempre de forma equidistante que se notava o contraste com o tal major-general (falhei metade da patente, ups). E é por isso que lhe gabei tantas vezes a paciência, que eu não teria perante tanta desonestidade intelectual. Mas também faço notar que o senhor embaixador não tem aqui no blogue a neutralidade que perpassa na TV...

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