A análise televisiva de temas internacionais, quando (como, infelizmente, quase sempre acontece) não consegue ser equidistante, ganha bastante com o contraditório, no qual estejam representadas todas (repito, todas) as posições e narrativas. Com vivacidade, educação e respeito.
7 comentários:
De facto, a análise televisiva de temas internacionais deve incorporar o contraditório de maneira viva, educada e respeitosa, enriquecendo o debate com a diversidade de posições e narrativas. Tal abordagem resulta numa compreensão mais ampla e equilibrada do assunto. A minha visão liberal valoriza um diálogo aberto e justo, elemento essencial em tempos de crescente polarização.
Isso implicaria ter uma comunicação social democrática e isenta, o que, claramente, não é o caso. A própria RTP, paga pelos contribuintes, não dá espaço à pluralidade de opiniões que formam a sociedade portuguesa, quer pela via do comentário político, quer pela cobertura jornalística dos eventos que as diferentes organizações partidárias promovem.
Ora, também entendo que a comunicação social deveria dar espaço a que as diferentes posições se expressassem, por forma a que o publico em geral formasse a sua opinião sem estar a ser conduzido por “inteligentes” para o curral.
Mesmo em termos de captação de audiências não é muito ajuizado ter painéis de três ou quatro intervenientes que acabam por expressar as mesmas posições, com uma ou outra nuance de palavreado pelo meio.
J. Carvalho
Talvez porque o critério seja a preferência a forças emergentes em detrimento de forças imergentes.
Presumo que o senhor embaixador se esteja a referir à "altercação" de ontem na CNN entre uma comentadora e aquele general tendencioso. De facto, todos têm direito à sua opinião, mas quando ela não é honesta... aí é que a porca torce o rabo. Já aqui o disse e confesso novamente que lhe gabei a paciência sempre que o vi diante dessa personagem nos comentários que fazia no canal. O treino diplomático deve ter dado uma grande ajuda, mas realmente é difícil não perder a compostura com alguém assim.
A forma pessoal de marrar ,aliada à crença natural do exemplar .estrutura procedimentos idiossincráticos , estes por vezes emolientes ,quiçá diarreicos, no eventual espectador.
João Cabral. Não vi, mas ouvi falar. E está enganado: não tive o menor problema em "contracenar" com a pessoa a quem se refere, o major-general Agostinho Costa, de cujas opiniões frequentemente discordo (outras vezes concordo) e com cujo estilo de exposição não tenho qualquer afinidade. Mas nunca ali estive em confronto com ele nem com qualquer das outras três pessoas que sucessivamente completaram o trio de análise - e que a todas tenho por amigas. Eu, quando faço comentário, não o faço de forma "afetiva", tento ser completamente equidistante. Se alguma vez o não fui, foi por lapso.
Exacto, senhor embaixador, foi isso mesmo que eu disse (talvez me tenha explicado mal). É precisamente por comentar sempre de forma equidistante que se notava o contraste com o tal major-general (falhei metade da patente, ups). E é por isso que lhe gabei tantas vezes a paciência, que eu não teria perante tanta desonestidade intelectual. Mas também faço notar que o senhor embaixador não tem aqui no blogue a neutralidade que perpassa na TV...
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