quinta-feira, junho 19, 2025

Futebóis


Sou de um tempo em que, por cá, para o que importava, havia o campeonato nacional de futebol da "primeira divisão" e a taça de Portugal. No defeso, disputavam-se a taça Ribeiro dos Reis e havia um torneio da Associação de Futebol de Lisboa. Os "grandes" iam no verão a Espanha disputar os "troféus" Teresa Herrera e Ramon de Carranza. 

Na Europa, jogava-se a taça dos Campeões Europeus, a taça das Taças e a taça das cidades com Feiras (é verdade, chamava-se assim!). 

No tocante a seleções nacionais, havia os campeonatos do mundo, de quatro em quatro anos, com o campeonato da Europa de equipas nacionais a surgir só mais tarde. E havia jogos entre seleções militares, imaginem.

Por esse tempo, lá por Vila Real, eu lia "A Bola", que saía três vezes por semana. Às vezes também o "Record", "O Mundo Desportivo" e, raramente, "O Norte Desportivo". Colecionava cromos com jogadores saídos nos rebuçados de uma lata cúbica que havia pelos cafés, mas nunca me saiu "o número da bola" (como se dizia em Vila Real) ou "o mais custoso" (como se dizia em outros locais), que dava direito a uma bola de couro.

O futebol era quase só aquilo e era muito simples. Agora é o que se vê. 

2 comentários:

João Cabral disse...

Do que o senhor embaixador se foi lembrar, o troféu Teresa Herrera! Uma espécie de Festival da OTI para o futebol (ou vice-versa) em que os espanhóis ganhavam (quase) sempre, claro...

Paulo Guerra disse...

Exacto, é um negócio muito sujo infelizmente. E quanto mais profissional mais sujo é e é uma batalha totalmente perdida porque a paixão desportiva é um grande negócio. Eu também ainda me lembro do COI tentar manter o espirito de Cobertin.

Futebóis

Sou de um tempo em que, por cá, para o que importava, havia o campeonato nacional de futebol da "primeira divisão" e a taça de Por...