A "nossa" direita dos dias que correm não faz um mínimo esforço para disfarçar a "desimportância" que dá à Cultura. Ao assim proceder, projeta uma imagem troglodita de si própria, ajudando à caricatura que a esquerda, com toda a razão, dela regularmente dá.
7 comentários:
Quando só há secretaria de Estado, critica-se. Quando há ministério, critica-se porque dá pouco. Quando há um superministério com a Cultura lá dentro, critica-se, claro. Assim, de facto, é difícil.
Não estou esquecido do emprego no CCB para a amiga educadora de infância do PM correndo com duas funcionárias que lá estavam.
enfim, o ministro da cultura serve apenas para distribuir dinheiro. e para fazer essa distribuição não vale a pena haver um ministro (era olhar para o enfado do pedro adão e silva que se refugiava no surf). o mesmo é válido para a agricultura.
Ai,a "colture".!
Ser Ministra da Cultura, Juventude e Desporto é como ser três vezes Ministra. Ou seja,
os da Cultura têm uma ministra da cultura;
a juventude também tem uma ministra da juventude
e os do desporto também ltêm uma Ministra do Desporto.
Portanto, Montenegro fez a síntese, três em um, e todos ficam satisfeitos porque cada segmento tem o seu ministro.
Agora faltam três Secretários de Estado. O da Cultura para falar com os da cultura. O da Juventude para lidar com as associações de jovens. O do Desporto para cuidar dos dirigentes desportivos, com primazia para o futebol.
O que sobra para a Ministra? Falar com os três Secretários de Estado. Governar é isto.
J. Carvalho
Pois nunca deram, essa mesma direita é "inculta", parte na AD e parte no Chega, nunca deram valor à cultura,isto é, não é um "produto" que possa ser comercializado. Pura "ignorância", mesmo em Portugal, a dimensão da "Economia da Cultura" já tem uma dimensão significativa, por exemplo tudo o que está ligado à produção de espetáculos de musica - som, imagem, produção, infraestrutura..e turismo.,,
A junção de juventude, desporto e cultura no mesmo ministério é uma estratégia clara de não querer fazer nada a sério: é faz de conta.
Tudo esta perspetiva não é diferente daquilo que está refletido na construção do governo: puro taticismo político com muito pouco de inovador e de realista.
Por exemplo:o que é o" Ministério da Reforma do Estado" ?? Talvez fosse melhor ideia perguntar a Paulo Portas por um célebre documento sobre o mesmo assunto.-
A "economia da cultura" é o espetáculo, o entretenimento. Porque cargas de água o Estado tem de meter o bedelho no negócio de divertir as pessoas? Quem quer vê e paga, quem não quer, fica em casa. Depois temos umas minorias minúsculas que querem que os impostos de todos sirvam para lhes baixar os preços do ballet e da ópera.
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