sábado, abril 27, 2024

Galamba

João Galamba não tem o direito de dizer nunca foi "ouvido" pelo Ministério Público sobre a "Operação Influencer"! Essa agora! Então ele não foi "escutado" durante quatro anos?! Que eu saiba, "ouvir" e "escutar" são sinónimos, ou não? 

4 comentários:

João Cabral disse...

O senhor embaixador é um pândego.

Carlos disse...

A propósito da superioridade moral com que muitas personalidades do mundo da justiça fala sobre os integrantes no MP eu gostaria de relembrar um episódio noticiado em 2011 e posteriormente confirmado sobre os 137 candidatos a auditores num curso do Centro de Estudos Judiciários que foram acusados de fraude num exame - este é o nome que dá ao acto de copiar num exame - tendo o episódio sido « sanado » com a anulação do exame e a atribuição da nota 10. Segundo a notícia os participantes no curso eram candidatos a futuros juizes e magistrados do Ministério Público.

Isto em si não é uma mancha que deva perseguir as pessoas envolvidas. Todavia trata-se dum acto lamentável protagonizado por adultos, formados e plenamente conscientes da ilegitimidade desta conduta. Mas mostra que ao contrário do que muitos destes agentes do sistema propalam os magistrados são pessoas normais, com falhas de carácter, susceptíveis de juízos enviesados, e actos não só ilegítimos e reprováveis mas mesmo de ilegalidades e crimes. Acredito que a esmagadora maioria são pessoas moralmente sãs mas mesmo estas são susceptíveis de cometer erros de julgamento.

Por isto é que é essencial que entidades como o MP e a judicatura tenham mecanismos de escrutínio e controlo efectivos - e claramente o Conselho Superior não cumpre esta função, até pela sua composição (Rui Rio tinha e tem razão nesta matéria) e atribuições. É que os casos envolvendo políticos trazem à luz do dia problemas que seguramente envolvem muitos cidadãos anónimos.

Anónimo disse...

Carlos:
Concordo.
A ideia que se adquire dos media é que no Ministério Público todos são santinhos e puros, só cá fora é que há gente normal e que portanto há quem pratique actos ilegítimos (e até pior que isso, no Ministério Público é que não).
Zeca

J Carvalho disse...

E o PR que forçou a demissão de Galamba, não terá nenhum comentário a fazer?
E os comentadores e humoristas que vilipendiaram o Galamba nada terão a dizer?

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