segunda-feira, abril 29, 2024

Que tropa!

A ideia de que o serviço militar poderia vir a ser uma tarefa para expiar delitos cometidos é tão absurda que se torna muito estranho que haja sido adiantada por alguém a quem cumpre promover a dignidade das Forças Armadas no seio das instituições. Parem um segundo e pensem!

12 comentários:

egr disse...

Senhor Embaixador : parece-me que o problema é de não serem capazes de pensar

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Nada melhor que treino militar para quem tem um ou dois pés na delinquência, diria que o SMO seria um curso de aperfeiçoamento de técnicas muito úteis às malasartes.

Anónimo disse...

Fernando Neves
O Ministro inspirou-se kno Tratado. do Atlético Norte

João Cabral disse...

É o equivalente à limpeza de matas.

aguerreiro disse...

Devidamente enquadrados e disciplinados com o rigor do DRM, garantido que síam de lá bem mais aptos e expiados

Luís Lavoura disse...

É uma idea inspirada na Rússia e no Grupo Wagner. Para arranjarem soldados, vão às prisões e tiram de lá quem estava a cumprir pena.

Luís Lavoura disse...

Não é uma ideia absurda. O Grupo Wagner conquistou Bakhmut empregando prisioneiros que, em vez de cumprir pena na prisão, foram para a frente de batalha. Mostrou ser eficaz.
Os Estados Unidos arranjam soldados, em boa parte, oferecendo-lhes estudos universitários gratuitos. Um indivíduo em vez de pagar uma propina astronómica vai para a tropa e "paga" a universidade dessa forma.
Os exércitos inglês e francês têm unidades de elite formadas por cidadãos estrangeiros, os quais adquirem vantagens no acesso à nacionalidade por servirem nessas unidades. Por exemplo, os gurkhas nepaleses.
Trata-se somente de utilizar estímulos diferentes para obter o objetivo final, que é ter mais gente na tropa.

Unknown disse...

É absurdo.

João Cabral disse...

Bem, assim como assim, não é tão estapafúrdio quanto o recrutamento de estrangeiros.

Tony disse...

A patética e bizarra ideia do (impreparado) Ministro do Defesa, teve, de imediato a concordância da Ministra da Administração Interna que afirmou que a ideia do Ministro, o era de todo o Governo.

José disse...

Deixemo-nos de tretas! Qualquer ideia de suprir as necessidades de pessoal das FA que não passe por contratados enfrentará a oposição do corporativismo castrense. E não é devido a elevadas preocupações com a Defesa Nacional mas sim com dinheiro!

Em pouco tempo, duas "sugestões" que permitiriam trazer gente para as FA foram arrasadas pelas associações profissionais. Porquê? Porque baixar a despesa com pessoal na base das FA implica retirar pressão para o aumento da despesa nos níveis superiores.

Os sargentos querem que os praças sejam remunerados cada vez melhor para que eles (os sargentos), possam pedir aumentos (há que manter a distância e a "dignidade salarial"). E os oficiais querem que os sargentos sejam aumentados para que eles (os oficiais), também possam exigir mais. Tudo isto, obviamente, será justificado com a "honra" em servir Portugal.

As eventuais virtudes de qualquer modelo nunca serão discutidas porque apenas poderá vingar a ideia de aumento da despesa. Num país que é pobre, a solução é sempre aumentar os gastos. E todos os argumentos - por mais estúpidos que sejam -, valerão. E que ninguém conte com direito ao contraditório porque o "sistema" já estabeleceu o que pode e o que não pode ser.

O "sistema" na RTP3 definiu que, numa conversa no 360º era preciso ter duas pessoas contra a medida e uma locutora que nem de advogado do diabo queria servir. Não há discussão: há, apenas, consenso imposto (nesta e em tantas outras matérias). Ver o Gen. Agostinho Costa contrapor à proposta de NM o facto de Portugal só ter dois submarinos e "o outro lado" (ele não quis dizer a Rússia), ter 54 é ridículo! E a locutora de serviço nem sequer lhe perguntou se ele achava que nós íamos entrar em guerra com a Rússia sozinhos, nem tão pouco pensou que pedir mais meios para a Marinha implica mais necessidade de pessoal e, portanto, voltávamos ao início da questão. O camarada do PS, por seu lado, achava que servir nas FA é um direito e uma honra (nada de obrigações, portanto), mas a locutora não quis lhe perguntar se a falta de efetivos significava que a "honra" anda pelas ruas da amargura...

Metam os recrutas a ganhar EUR 2000/mês. No mesmo dia os sargentos exigem EUR 3000 e os oficiais EUR 4000. A "honra em servir Portugal" tem um preço e a inflação está aí... E quando ser praça for bem pago, os "poetas" acham que quem lá vai cair - disposto a "arranhar" e a ser pau mandado -, vão ser os melhores elementos da nossa sociedade, claro! Os bons rapazes, cheios de boas intenções, vão preferir ser soldados a trabalharem em qualquer outra coisa, já se vê. Não! Quem vai parar à tropa será a malta que não tem onde cair, a mesma qualidade de malta de que o NM terá alegadamente falado. Mas não se preocupem: o mais provável é que os praças bem pagos nem sequer tenham contacto com armas por não haver dinheiro para balas!

Nós precisamos de ideias. Precisamos de aprender a discutir. Precisamos de aprender a ver os diversos lados das questões. Precisamos de tolerância para com os outros. Não basta andar em manifestações. Não basta ter a boca sempre cheia de "Liberdade" e "Democracia". É preciso exercê-la! É preciso ter tino. É preciso ouvir os outros. É preciso discutir, argumentar, não achincalhar os que pensam de forma diferente!

Todo o discurso dos militares à volta das FA é contraditório! Um pequeno exemplo? Ajudar ao combate aos fogos nem pensar! Mas fazer serviços de ambulância já está bem...

Portugal tem cerca de 250 generais !!!
Em 2020 o "Polígrafo" fez um artigo sobre os encargos com generais:
https://poligrafo.sapo.pt/fact-check/as-forcas-armadas-tem-220-generais-que-custam-139-milhoes-de-euros-por-ano/

Toda a vida conheci militares. As questões salariais e de direitos estão sempre em cima da mesa. Sempre!!! E como a tropa foi a parteira do Regime... esqueçam, que o Regime nunca tratará de a consertar.

Anónimo disse...

Teríamos assim um exército de marginais. Faz lembrar Salgueiro Maia, a quem o Caco perdoava tudo, reclamando de viva voz, quando, pronto para embarcar finda a comissão de serviço - sem baixas, diga-se de passagem - da sua companhia, este o retém em Bissau, alegando que precisava de gente capaz! Em vez do prémio que merecia, era castigado!

Quanto ao argumento de a tropa ser a parteira do regime, isso de pouco vale. O desmantelamento da EPC de Santarém, é a prova cabal: bastou começarem a organizar novo reviralho. Obviamente que o 25 de Abril só foi possível devido ao SMO e ao facto de termos um exército verdadeiramente nacional. Uma profunda reorganização é necessária.

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