Há quantos anos conheço o "Cruzeiro", em Santa Maria do Bouro? A casa tem 63 anos. Devo ter ido por lá, a primeira vez, nos anos 80, quando o Gerês andava muito no meu roteiro regular de férias. Quase que aposto que a lista não devia andar longe daquilo que ainda hoje é: o cabrito, o bacalhau, a carne assada, as papas de sarrabulho, os rojões, o pernil e coisas assim. Até das rabanadas da casa me lembro. Hoje, voltei a almoçar lá. Era um dia “impossível”! Nos agostos, há um mundo a pousar por ali, muitos emigrantes com família, muito viajante pelo Minho, que já aprendeu onde se come bem. O “Cruzeiro” não aceita reservas para depois do meio-dia-e-meia. Assim, à chegada, há que “dar o nome” e esperar. E assim fiz e fiz muito bem. Dez minutos depois, com a casa a abarrotar, na ordem devida, estávamos sentados e tudo começou a chegar, na sequência certa, cozinha rápida, simpatia e diligência no serviço, impecável de eficiência e elegância (guardanapos de pano, claro). Ah! E comeu-se bem. Aproveitei a passagem, junto à mesa, da Dona Maria Isabel, a conhecida proprietária que ainda hoje dá uma mão, no meio daquela azáfama, para a felicitar pela qualidade do que o “Cruzeiro” há anos nos proporciona. Querem saber quanto custou um cabrito para dois, antecedido de sopa, sobremesas, pão e manteiga e meia de Esteva? 35 euros! É verdade! Como antes se dizia: há um Portugal desconhecido que espera por si.
quarta-feira, agosto 17, 2022
Mesas de agosto - “Cruzeiro” (Santa Maria do Bouro)
Há quantos anos conheço o "Cruzeiro", em Santa Maria do Bouro? A casa tem 63 anos. Devo ter ido por lá, a primeira vez, nos anos 80, quando o Gerês andava muito no meu roteiro regular de férias. Quase que aposto que a lista não devia andar longe daquilo que ainda hoje é: o cabrito, o bacalhau, a carne assada, as papas de sarrabulho, os rojões, o pernil e coisas assim. Até das rabanadas da casa me lembro. Hoje, voltei a almoçar lá. Era um dia “impossível”! Nos agostos, há um mundo a pousar por ali, muitos emigrantes com família, muito viajante pelo Minho, que já aprendeu onde se come bem. O “Cruzeiro” não aceita reservas para depois do meio-dia-e-meia. Assim, à chegada, há que “dar o nome” e esperar. E assim fiz e fiz muito bem. Dez minutos depois, com a casa a abarrotar, na ordem devida, estávamos sentados e tudo começou a chegar, na sequência certa, cozinha rápida, simpatia e diligência no serviço, impecável de eficiência e elegância (guardanapos de pano, claro). Ah! E comeu-se bem. Aproveitei a passagem, junto à mesa, da Dona Maria Isabel, a conhecida proprietária que ainda hoje dá uma mão, no meio daquela azáfama, para a felicitar pela qualidade do que o “Cruzeiro” há anos nos proporciona. Querem saber quanto custou um cabrito para dois, antecedido de sopa, sobremesas, pão e manteiga e meia de Esteva? 35 euros! É verdade! Como antes se dizia: há um Portugal desconhecido que espera por si.
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Petróleo
Para melhor se entenderem algumas decisões tomadas pelo mundo. A fonte é insuspeita.
6 comentários:
Lamento muito não conhecer a região.
Bom dia.
Quatro anos passados, causam saudades imensas.
Isto para dizer que, com 5 dias fazendo da pousada-mosteiro em Amares o quartel-general para incursões várias essencialmente dentro de um largo quadrilátero Braga, Vila Verde, Brufe, Ruivães, Braga, dá/ deu para conhecer diferentes e diversos "Portugais".
Dá para descobrir caminhos, paisagens, despovoamentos, restauração como a indicada pelo embaixador Seixas da Costa e outra, património edificado que se vai felizmente recuperando.
A excelente recuperação do que é hoje a pousada, ou o que se observa em Tibães, ou o que se observa por exemplo, em Rendufe ou na Sra da Abadia, dão bem a ideia de esforços, do já feito, e do muito que falta fazer por todo o Portugal.
E dá que pensar quanto ao que está para Leste da linha Norte-Sul de 70 Km a partir da costa.
Centenas de Km abaixo, e ainda quando a património, por exemplo o Cucufate de 1992 e o Cucufate de 2022 mostra o que é possível fazer, quando se quer.
António Cabral
Que categoria! É de comer em sítios desses é que eu gosto.
Oh. A Senhora da Abadia. (O Restaurante Abadia). Grande catedral do palato. Após o repasto, ou antes, até se pode tomar um belo banho de rio, junto a ponte romana. Sem desprimor pelos muitos outros locais minhotos, onde, igualmente, se come muito bem.
Tony. Fui lá hoje. Desisti. Apinhado, barulho imenso, ambiente quentíssimo.
O Sr. Embaixador teve azar. O local é referenciado e a malta emigrante, nestes dias de Agosto, vai aos magotes. Lembro que o restaurante serve 1500 refeições.
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