quarta-feira, agosto 31, 2022

A Arte da Guerra


Esta semana, falo com António Freitas de Sousa, no podcast “A Arte da Guerra”, Jornal Económico, sobre as eleições em Angola, a campanha presidencial no Brasil e tensão nos Estados Unidos, centrada na figura de Donald Trump. 

Pode ver aqui.

1 comentário:

Carlos Antunes disse...

Caro Embaixador
Com todo o respeito pela sua opinião expressa sobre as eleições em Angola, julgo que o vencedor das eleições em Angola foi, é, e será sempre o MPLA com recurso sistemático à fraude eleitoral em sucessivos actos eleitorais como sucede de resto na África Austral em que os antigos movimentos de libertação, hoje partidos políticos, arrogando-se dessa pretensa legitimidade histórica, se mantêm ininterruptamente no poder. Em Moçambique temos a FRELIMO no poder há 47 anos, no Zimbabwe, a ZANU-FP (42 anos), na África do Sul, o Congresso Nacional Africano (30 anos), em Angola, o MPLA (47 anos, e agora mais 5).
Alguém acredita que os ditos partidos libertadores ganham eleições por mérito da governação (quando após longos anos de governação não conseguem garantir serviços básicos como saúde, educação, abastecimento de água e outros, apresentam elevados níveis de pobreza, desemprego e de corrupção envolvendo figuras de nomenclatura política e governamental) e se conseguiriam perpetuar no poder se não fosse através das sucessivas fraudes eleitorais.
Claro que mais uma vez, o porta-voz dos observadores internacionais, Joaquim Chissano, veio declarar as eleições angolanas como “livres, justas e transparentes”, o slogan habitual, mas que por vezes dá origem a percalços, como o que sucedeu nas eleições do Quénia em 2017, em que após os observadores internacionais terem declarado as eleições como “livres, justas e transparentes” (sic), o Supremo Tribunal do Quénia decidiu anular as mesmas, considerando que Comissão Eleitoral tinha "cometido irregularidades que afectaram a integridade do processo, ordenando também a realização de novas eleições dentro de 60 dias em estrito cumprimento da Constituição", o que nem por ser uma decisão inédita, deixa de ser marcante para o futuro dos processos eleitorais em África.
Se as eleições fossem mesmo “livres justas e transparentes”, há muito que estes partidos (em Angola, Moçambique, Zimbabwe, África do Sul) estariam fora do poder.
Cordiais saudações

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