segunda-feira, janeiro 20, 2020

Unidos por Trump


Muitos dão a Stalin o crédito de ser um dos “cimentos” da construção europeia. Na mesma lógica, foi Trump, cujos três anos de mandato hoje se “comemoram”, a razão que reuniu esta manhã, no Salão Nobre da Universidade de Lisboa, um conjunto de palestrantes, convidados por Eduardo Paz Ferrreira, presidente do Instituto Europeu da Faculdade de Direito, para fazerem, cada um a seu modo, o “saldo” do mandato presidente americano e as perspetivas que isso traz para o nosso futuro.

6 comentários:

Anónimo disse...

Essa teoria da prática do mal ser o "cimento" que liga os bons e, por conseguinte, cria a unidade e resistência do bem contra o mal tornando, aparentemente, aquilo que designamos "um mal que veio por bem", deixa-me alguma azia amarga no meu pensamento.
Mas a realidade é que tal idealização tem origem nos primitivos feiticeiros e deuses caseiros que nasciam para salvar os seus povos e castigar os outros povos adversários.
O pragmatismo relativista leva a concluirmos que há algo de positivo na maldade pois, se o homem é a medida de todas as coisas, quando a medida da maldade extravasa e mete medo o messmo homem reúne-se à volta do bem; nesse sentido a maldade torna-se não só necessária como uma das componentes da luta pela "harmonia dos opostos" ou daquilo que Marx chamou luta de classes.
Mas não deveria o homem actual, tão letrado e sábio de todos os conhecimentos, ter noção a cada momento do que é melhor para a civilização humana?

jose neves

Joaquim de Freitas disse...

"Queremos que o Irão simplesmente se comporte como uma nação normal", disse o secretário de Estado Mike Pompeo num comunicado de imprensa no outro dia. "Acreditamos que as sanções que impusemos hoje apoiam esse objectivo estratégico."

Os participantes a essa reunião devem ter lido esta declaração. A partir daqui :

Que interesse pode haver em estudar o comportamento dum governo que dirige um império global liderado por um apresentador de TV realidade:

- Que tem o poder de ameaçar o mundo inteiro,

-Que acredita que as sanções adicionais que foram estendidas a quase toda a economia iraniana, deliberadamente, visando a população iraniana já faminta por sanções, com o objectivo explícito de fomentar uma guerra civil naquele país, é, naturalmente, uma coisa perfeitamente normal de se fazer, por parte de uma nação perfeitamente normal.

- Que ameaça mesmo de destruir o seu património cultural, se retaliasse com o assassinato perfeitamente normal do seu alto oficial militar por um robô voador.

Que ameaça o seu sistema financeiro usando a hegemonia perfeitamente normal do banco central dos EUA. Perfeitamente normal, perfeitamente sensato.

- Que pode fazer o Irão para se tornar uma "nação normal"? Bem, uma vez que são os Estados Unidos que dão o exemplo, podemos presumir com segurança que este é o modelo a que o Irão deve recorrer.

Ou seja;
. Expandir os seus interesses na região e começar a derrubar governos não conformes e nações invasoras ao redor do mundo.

. Instalar no mundo inteiro centenas de bases militares iranianas.
. Adquirir milhares de armas nucleares e usar algumas delas.

. Tornar-se a força militar, económica e cultural mais dominante do mundo.
-Usar esse domínio para destruir qualquer governo, partido político, ideologia, facção, movimento ou pessoa que se atravesse no seu caminho.
- Armar facções extremistas violentas ao redor do mundo, a fim de eliminar todos os governos que se recusam a se curvar aos seus interesses.
- Interferir em dezenas de eleições democráticas ao redor do mundo

- Fortalecer o seu controle económico sobre o mundo, a fim de esmagar qualquer forma de desobediência por civis famintos e privá-los de cuidados médicos, alegando ser uma força para a paz.

O governo dos ESTADOS UNIDOS não quer que Irão seja como os Estados Unidos. O governo dos ESTADOS UNIDOS não quer nenhuma nação tornar-se como os Estados Unidos. Os Estados Unidos amam a sua anormalidade entre as nações como ela é, muito obrigado. Os Estados Unidos são a excepção a todas as suas próprias regras. É assim que a excepcionalidade americana funciona. É uma daquelas situações em que "faça o que eu digo, não o que eu faço."
Os Estados Unidos querem que o Irão seja como as outras nações que foram absorvidas pelo império centralizado dos Estados Unidos.

Como os Negros da América trabalharam durante séculos para enriquecer os colonos, e fazer “América Great”TRUMP quer que as outras nações do Mundo rastejem e façam “América Great Again”

Nenhum povo no mundo, excepto os servos, interessa TRUMP. Mas finalmente, são tantos a reunirem-se para discutir das suas proezas, que talvez tenha razão.

É o que o Sr. José Neves chamou a “harmonia dos opostos”. Mas TRUMP , na sua dialéctica não conhece os três momentos :
- Tese – Afirmação.
- Antítese – Negação da afirmação / oposto.
- Síntese – Resultado.

: Ele só conhece o ultimo momento: O que vem no seu “tweet”: a Síntese. Ele despreza o Mundo inteiro.

dor em baixa disse...

Defendemos os valores do ocidente e Trump é o nosso líder. Não há outro que dê um passo em frente.

Anónimo disse...

Fico espantado com a preocupação de muitos "portugas" com o Trump. Dá a impressão que vivemos no Texas. Será que o homem sabe que Portugal existe? Por outro, lado aqui ao lado na Rússia, o nosso amigo Putin "faz e desfaz" e todo o mundo caladinho. Porque será?.

Joaquim de Freitas disse...

"dor em baixo disse: "Defendemos os valores do ocidente e Trump é o nosso líder." 21 de janeiro de 2020 às 00:02.


Cada um tem o direito de escolher os seus valores. Se assassinar e esquartejar um jornalista num consulado, assassinar no estrangeiro, por drone, um ministro dum país estrangeiro, com ao qual a guerra não foi declarada, fomentar golpes de estado, invadir e destruir outros países, são valores aceitáveis, então por que não?

Se os valores são aqueles que permitem a perenidade dum sistema económico, que apresenta os resultados abaixo, depois de ter dominado o planeta durante um século, então por que não

Desde 2014, que a Oxfam publica o seu relatório anual sobre as desigualdades no mundo.



Em 2019, existem 2 153 bilionários no mundo que possuem tanto como 4,6 bilhões de pessoas.

Estes 4,6 bilhões de pessoas, representam 60% da população mundial, que é de 7 biliões no total.

Entretanto mais de 900 milhoes de pessoas sofrem de fome no mundo e morre um humano todos os 3 segundos...de fome !

Os 1% do topo dos mais ricos possuem tanto como 92% da população total do planeta.

Estes são os seus valores, liderados por Trump.

dor em baixa disse...

Esqueceu-se de dizer que lançam bombas atómicas sobre cidades quando acham conveniente. Ninguém mais faz isso.

O herói

25 de Abril de 1974. Escola Prática de Administração Militar (EPAM). Eram aí 11 horas da manhã. Abri a fechadura da sala do quarto do oficia...