Vai por França uma forte polémica pelo facto de Emannuel Macron ter tido hoje uma altercação com a polícia israelita, em Jerusalem, que pretendia impedi-lo de seguir numa determinada direção. Alguns acusam o presidente francês de ter artificialmente construído um “remake” de uma cena similar passada na mesma cidade, mas com Jacques Chirac, em 1996.
Quem sabe se Chirac não se terá inspirado num episódio ocorrido com Mário Soares, meses antes, em novembro de 1995, quando este insistiu em subir o percurso do Monte das Oliveiras, não obstante a tentativa de uns imensos “bodyguards” de óculos escuros de o impedirem de prosseguir? Soares deu dois berros em português, afastou os polícias e fez, com toda a delegação, o caminho que lhe apeteceu fazer.
Afinal, Macron não só copiou Chirac, como Chirac já tinha copiado Soares.
(Uma imagem desses dias)
3 comentários:
Está muito bem na foto.
« com a polícia israelita, em Jerusalem, que pretendia impedi-lo de seguir numa determinada direcção.” Não foi exactamente essa a razão: foi a presença de militares armados na igreja Santa Ana que provocou o “borborinho” ! Como com Chirac, no mesmo sitio. Porque esta igreja é território francês e os israelitas não podem entrar armados em “França”!
Mas Macron foi rapidamente “adoçar” a sua posição, fazendo um discurso contra o anti-semitismo. “ Somos amigos!” Não há problema! Assim, em França, criticar os assassinatos dos palestinianos na casa deles ou não importa qual outro aspecto da política israelita, é crime de anti-semitismo.
Assassiná-los é grave, mas roubar-lhes as aldeias e as casas onde moravam e aterrorizá-los até os encerrarem em campos de concentração não deixa de ser também muito violento.
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