sexta-feira, janeiro 10, 2020

Trump


3 comentários:

aamgvieira disse...

Um leque de convidados muito estimulante.

Nada melhor do que ouvir imensas pessoas dizerem o mesmo.....

Luís Lavoura disse...

É realmente impressionante que tantas cabeças pensantes portuguesas se vão dedicar a debater política norte-americana. Pergunto se toda esta gente não tem mais nada a que dedicar o seu tempo que não seja a política de um país estrangeiro.
Quanto a 2020 ser o último ano de Trump, é evidente que não será, dado que o Partido Democrata não apresenta qualquer alternativa consistente a ele. E ainda bem, dado que Trump é muito mau, mas a Clinton e quejandos que o Partido Democrata possa apresentar são muitíssimo piores!

Joaquim de Freitas disse...

Valeria talvez a pena abordar o evento da semana, Senhor Embaixador, e ver o que pensam as pessoas que estao convidadas a exprimir-se sobre esse espécimen Trump…

Quantos estarão ao corrente do que se passou realmente há dias aquando do ataque terrorista dos EUA, por ordem de Trump .

Quem leu o discurso do primeiro-ministro iraquiano antes de se demitir do seu cargo?
“Num discurso no parlamento iraquiano, o primeiro-ministro iraquiano Adil Abdul-Mahdi revelou detalhes das suas interacções com Trump nas semanas que antecederam o assassinato de Soleimani.

Ele tentou explicar várias vezes ao vivo na televisão como Washington tinha intimidado ele e outros parlamentares iraquianos para os submeter à linha americana, mesmo ameaçando recorrer a operações envolvendo tiros de franco-atiradores visando manifestantes e pessoal de segurança para piorar a situação, que lembra o “modus operandi “semelhante observado no Cairo em 2009, Líbia em 2011 e Maidan, Kiev Ucrânia, em 2014. O propósito de tal cinismo era mergulhar o Iraque no caos.

“Eis o que foi discutido durante esta sessão, que não foi transmitido: Abdul-Mehdi falou com raiva sobre como os americanos tinham devastado o país e agora estavam se recusando a reconstruir a infra-estrutura prometida e projectos de rede eléctrica, exigindo em troca 50% das receitas do petróleo, que Abdul-Mehdi recusou.”

Aqui estão as palavras (traduzidas) do discurso de Abdul-Mahdi ao Parlamento:-

“Foi por isso que visitei a China e assinei um importante acordo para realizar a reconstrução em vez dos Estados Unidos. Quando voltei, Trump ligou-me e pediu -me para rejeitar este acordo. Quando recusei, ele ameaçou desencadear grandes manifestações contra mim que acabariam com a minha posição como Primeiro-Ministro.”

Enormes protestos contra mim materializaram-se, e Trump chamou-me novamente para me ameaçar: Se eu não seguisse as suas exigências, ele meteria atiradores da Marinha empoleirados em prédios altos visando os manifestantes e pessoal de segurança para colocar pressão sobre mim.

Recusei de novo e apresentei a minha demissão. Até hoje, os americanos insistem que cancelemos nosso acordo com os chineses.

Depois disso, quando nosso Secretário de Defesa declarou publicamente que “uma terceira parte” estava visando manifestantes e pessoal de segurança (assim como Trump ameaçou fazer), recebi um novo telefonema de Trump ameaçando de me matar, bem como o Ministro da Defesa, se continuássemos a falar publicamente sobre esta "terceira parte".

Ninguém imaginava que a ameaça deveria ser aplicada ao General Soleimani, mas era difícil para o primeiro-ministro Adil Abdul-Mahdi revelar a história de fundo que havia sido tecida várias semanas antes do ataque terrorista americano.

Eu devia encontrá-lo [Soleimani] no final da manhã, quando ele foi morto. Ele vinha para entregar uma mensagem do Irão em resposta à mensagem dos sauditas que tínhamos enviado aos iranianos.

Podemos supor, a julgar pela reacção da Arábia Saudita, que algum tipo de negociação estava em andamento entre Teerão e Riade. Que não convinha a Trump. E por isso assassinou.

Segunda feira

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