quinta-feira, janeiro 30, 2020

Os bens

Eu até nem faço parte de quantos acham que se deve entrar num processo de devolução daquilo que saiu das antigas colónias. Mas gostava de notar, para quem parece andar distraído, que isto é um debate internacional com largas décadas. E também não ouviram falar dos Elgin marbles?

10 comentários:

Anónimo disse...

Os Elgin Marbles estão muito bem preservados no Museu Britânico. Se tivessem ficado em Atenas o mais provável era já estarem destruídos on na parede de casas e prédios.

Anónimo disse...

FSC parece andar numa espécie de competição do tipo "o mais indignado sou eu". Nesse processo de "virtual signaling", no qual chama imbecis a quem lhe chama nomes para, de seguida, chamar ele todos os nomes àqueles de quem não gosta (mantendo o cuidado de falar de forma genérica para não se comprometer em demasia), tropeça várias vezes em questões de lógica e bom senso. Essencial, é manter os canhões apontados a um certo setor, ignorando - sempre -, quem começou a "guerra".

A equivalência (que eu já esperava que chegasse), com os "Frisos do Partenon" (é este o nome que se dá em português às esculturas), é, no mínimo, tonta:

1) O Partenon é um monumento reconhecido à escala global.
2) A retirada dos frisos constituiu uma mutilação de património inestimável.
3) O Partenon é um símbolo da era dourada de um povo essencial para a cultura ocidental (e, por inerência, mundial).
4) A Grécia - independentemente dos problemas que tenha -, é um país respeitável e que sabe dar o devido valor ao seu património.
5) A devolução do frisos em nada impediria a sua apreciação pelo público. Muito pelo contrário, enquadrá-los-ia no cenário natural, aumentando o seu valor.
6) Não há qualquer perigo de que os frisos - em caso de devolução -, acabem nas mãos de mafiosos, na sala de estar um qualquer ditadorzeco ou num qualquer obscuro museu em zonas inacessíveis.
7) Os frisos - do ponto de vista artístico e patrimonial -, têm um valor incalculavelmente superior ao de qualquer djambé ou máscara de madeira.
8) A aquisição de património em África foi feita no decurso natural de viagens de exploração e da ocupação do território e não de processos de pilhagem seletiva (até porque, à altura, muito desse património era mera curiosidade exótica).
9) Dificilmente se poderá dizer que haja colagens identitárias entre povos nacionais (o que é um "povo nacional" em África?), e objetos específicos presentes em museus europeus.

É assim tão difícil discutir estas questões de forma séria?
FSC tem assim tanto receio de afrontar a besta racista quando ela vem do lado das "vítimas"?

Joacine Katar Moreira é um cavalo de Tróia no nosso Parlamento, é uma pessoa com uma agenda racista, que tenta infetar a nossa sociedade com a doença do sectarismo identitário. É uma criatura ingrata que, vinda de um estado falhado, deve tudo o que tem e é a Portugal e mais não faz do que recriminar o país e o seu povo.

Esta história das devoluções é patética. Tal como é patético o seguidismo nacional (sempre com o habitual atraso de duas ou três décadas), que vai buscar hoje os disparates que há tanto já foram denunciados noutros lados. A próxima "pérola" serão as indemnizações?

FSC prefere gastar as suas munições com questões de estilo de quem se ergue contra o inimigo comum em vez de combater este. No meio da batalha preocupa-se com os palavrões dos soldados e não com o acerto do seu tiro. Do outro lado agradecem.

Anónimo disse...

Introduzido por uma portuguesa que tem o coração na Guiné...

Retornado disse...

Esta história dos BENS, no caso da Guiné, e mesmo que seja de Angola ou Moçambique, cheira-me que será aquilo que se chamava "Arte Indígena".

Ora porra! Eu que trazia tanta coisa disso nos meus caixotes desaparecidos a quando do retorno, talvez agora sejam encontrados, pois que desde que os embarquei em Luanda, nunca mais os vi.

Nem sei se foram desviados ainda lá, ou se foram roubados cá na metrópole.

Tinha comprado, não tinha roubado, atenção, não é nada comparado com aquilo que alguns inteligentes (brancos)até já comparam com antiguidades gregas etc.

Sincera(l)mente!

Anónimo disse...

1. Não confundir os maravilhosos bronzes do Benin com a arte das nossas antigas colónias africanas
2. O que nós temos de melhor veio da Índia mas é arte luso indiana, por isso não há nada a devolver. É de lá e de cá e há cá e lá
3. Devolver o quê a quem?
4. A deputada do Livre atirou uma boca para o ar sem saber do que estava a falar. Devia ter primeiro estudado o assunto. Mas é como tem provado uma irresponsável que gosta de dar nas vistas. E que fique claro, racismo é não criticar uma pessoa só por esse de outra raça
5. O deputado do Chega, que é outro irresponsável que quer dar nas vistas , sem escrúpulo e sem nenhum valor que não seja a sua glória mas também um demagogo, como se vê com êxito, disse uma boutade de café aproveitando a patetice dacolega e conseguiu o que tem conseguido: toda a gente a falar dele
Fernando Neves

Jaime Santos disse...

O senhor Embaixador, deveria ter usado o termo 'mármores do Pártenon' que é o que os gregos lhes chamam, não o nome do Lorde Inglês que os retirou com autorização dos turcos (na versão dele).

Recetação de bens culturais subtraídos por outrem é ainda assim um crime... E pedido de restituição remonta ao século XIX, aquando da independência da Grécia...

Quando o deputado Ventura reclama que o projeto de Lei de Katar Moreira não é patriótico (como se a devolução de bens culturais de relevo a povos com quem temos relações privilegiadas, espera-se, fosse um crime de lesa-majestade), lembro-me logo das palavras do Dr. Johnson a respeito do patriotismo. Ou melhor dizendo, da versão corrigida de Ambrose Bierce no seu 'Devil's Dictionary'...

Anónimo disse...

Levar ao sério certas afirmações proferidas por certos personagens, é um exercício em futilidade.

alvaro silva disse...

Ainda vão ter que devolver o Diabo e a Diaba de Amarante. O difícil é saber a quem.

Portugalredecouvertes disse...

Já tenho pensado, mas porque será que Portugal teve meio mundo à mão de semear e não temos museus como existem nos outros países da Europa
Londres, Berlim, Paris ?!
veja-se em Berlim o Museu de Pérgamo, com a Porta de Ishtar e tantos outros tesouros
enfim ainda bem, senão já nos vinham tirar a camisa!!!

acho que deveríamos também reclamar, por exemplo no Brasil
que tragam de volta todas as igrejas cobertas de ouro, vi há tempos uma lista de belíssimas obras, por exemplo a basílica que foi para Salvador em pedras numeradas e reconstruída lá:
https://cronicasmacaenses.com/2019/06/11/basilica-de-nossa-senhora-da-conceicao-da-praia-em-salvador-bahia-a-igreja-pre-fabricada-em-portugal/
ou a capela dourada de Recife
https://www.youtube.com/watch?v=2h3-kdm9XEE
ou os monumentos de Olinda como este:
https://www.youtube.com/watch?v=X-r9kw6tD9U
ou a caverna em ouro catedral de Salvador
https://www.youtube.com/watch?v=Jusr7it8eus
ou as igrejas de Goa, a Roma do Oriente
https://www.youtube.com/watch?v=pvdCTR7mb5s
ou o convento de Luanda
https://www.youtube.com/watch?v=Yq_R373k_1M
ou as toneladas de azulejos dos conventos por todo o lado transportados de Portugal
https://www.youtube.com/watch?v=tWsuVm4tPBw
https://www.youtube.com/watch?v=lSRKZzoACf0

todas estas obras juntas em Portugal daria um espetáculo !!!

Anónimo disse...

E alguém sabe se Moçambique pagou a Portugal os 950 milhões de dólares por Cabora Bassa? E por falar em Cabora Bassa lembrei-me de Zambeze e de Tete e também que há dias uma mocinha, diz que jornalista, em serviço na Rádio Renascença, por duas vezes anunciou uma entrevista a D. Augusto César, informando o pessoal que o mesmo era, aquando do 25 de Abril, o bispo de Tété. Será portuguesa, imigrante de leste, ou de raça asinina?

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