“"Nosso diálogo tem sido inestimável, nossa amizade é insubstituível. E não há nenhum outro líder por quem eu sinta uma maior gratidão e amizade pessoal", disse em 1977 o então presidente americano Jimmy Carter referindo-se ao Xá da Pérsia Mohamed Reza Pahlevi, durante um brinde num jantar em Teerão, capital iraniana.” Nesse mesmo discurso, pronunciado durante a visita de Estado do americano ao Irão, o presidente dos EUA classificou o país do Golfo como uma "ilha de estabilidade numa das zonas de maior conflito do mundo". Essa visão não poderia ser mais diferente da actual. Vários representantes do governo Trump e ele mesmo, têm acusado o Irão de ser uma ameaça à segurança mundial e de impedir a paz no Médio Oriente. Mas como esses dois países passaram de grandes amigos a inimigos declarados?
Muito simples: A operação Ajax, nome que recebeu o golpe de Estado de 1953 no Irão, orquestrado pela CIA e apoiada pelo governo britânico O golpe derrubou o primeiro governante iraniano eleito democraticamente, o primeiro-ministro Mohamed Mossadeq, e restaurou a monarquia no país, com a ascensão do Xá Mohamed Reza Pahlevi.
Essa intervenção e é um dos pilares das hostilidades que perduram até hoje entre iranianos e americanos.
O apoio dos Estados Unidos a um governo considerado por muitos como autoritário alimentou o sentimento antiamericano que depois propiciou a Revolução Islâmica de 1979.
Os manuais de tortura utilizados pela SAVAK, os brutais serviços secretos do Xá foram escritos pela CIA e o Mossad (serviço de inteligência de Israel)
Se acrescentamos os embargos de toda a espécie que puseram o Irão de joelhos, e a ajuda dos americanos a Saddam Hussein na guerra com o Irão, os Estados Unidos passaram a ser vistos como cúmplices da supressão (de liberdades) da sociedade iraniana, o que explica o sentimento antiamericano dos revolucionários.
4 comentários:
Bom comentário, gostei,é difícil encontrar nas nossas televisões bons comentadores de política internacional.
Parabéns
Bem haja Sr.Embaixador pelo seu esclarecimento.Ouvi-lo é um ato de cultura, sempre
É sempre mais fácil falar do que está longe...
“"Nosso diálogo tem sido inestimável, nossa amizade é insubstituível. E não há nenhum outro líder por quem eu sinta uma maior gratidão e amizade pessoal", disse em 1977 o então presidente americano Jimmy Carter referindo-se ao Xá da Pérsia Mohamed Reza Pahlevi, durante um brinde num jantar em Teerão, capital iraniana.”
Nesse mesmo discurso, pronunciado durante a visita de Estado do americano ao Irão, o presidente dos EUA classificou o país do Golfo como uma "ilha de estabilidade numa das zonas de maior conflito do mundo".
Essa visão não poderia ser mais diferente da actual. Vários representantes do governo Trump e ele mesmo, têm acusado o Irão de ser uma ameaça à segurança mundial e de impedir a paz no Médio Oriente.
Mas como esses dois países passaram de grandes amigos a inimigos declarados?
Muito simples: A operação Ajax, nome que recebeu o golpe de Estado de 1953 no Irão, orquestrado pela CIA e apoiada pelo governo britânico
O golpe derrubou o primeiro governante iraniano eleito democraticamente, o primeiro-ministro Mohamed Mossadeq, e restaurou a monarquia no país, com a ascensão do Xá Mohamed Reza Pahlevi.
Essa intervenção e é um dos pilares das hostilidades que perduram até hoje entre iranianos e americanos.
O apoio dos Estados Unidos a um governo considerado por muitos como autoritário alimentou o sentimento antiamericano que depois propiciou a Revolução Islâmica de 1979.
Os manuais de tortura utilizados pela SAVAK, os brutais serviços secretos do Xá foram escritos pela CIA e o Mossad (serviço de inteligência de Israel)
Se acrescentamos os embargos de toda a espécie que puseram o Irão de joelhos, e a ajuda dos americanos a Saddam Hussein na guerra com o Irão, os Estados Unidos passaram a ser vistos como cúmplices da supressão (de liberdades) da sociedade iraniana, o que explica o sentimento antiamericano dos revolucionários.
Os EUA são a peste da Humanidade.
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