quarta-feira, outubro 09, 2024

Pobre RTP

A RTP era um dócil instrumento dos governos até ao momento em que Poiares Maduro, contra ventos e muitas marés, instituiu um regime de tutela que quase nulificou a interferência ministerial. Nessas condições, a RTP deixou de ter interesse para os governos - e não só de um lado...

Retirar a publicidade à RTP era, há muito, o sonho das televisões privadas. Ao realizar esse sonho, ganha a sua boa vontade, o que politicamente é um ganho. Ao não aumentar a "contribuição audiovisual", o governo asfixia a RTP, obrigando a despedimentos. Maior perfídia era difícil.

4 comentários:

Nuno Figueiredo disse...

se me permite...e ainda a procissão vai no adro, como soe dizer-se.

afcm disse...

E o homem que desde pequenino tinha como ambição ser primeiro ministro ( caso para se dizer "o que eu passei para aqui chegar") , diz que quer fomentar a cultura e o acesso à cultura...
O que é que ele acha que seja a cultura para quem não pode andar pelos "salões" ?
Gente pequenina, esta que nos (des)governa há tantas luas.

Anónimo disse...

TUDO DENTRO DO MAIOR RESPEITO PELA liberdade E democracia!!!
Tony Fedup

Anónimo disse...

A RTP tem um orçamento na ordem de 280 milhões, a publicidade representa 22 milhões. É muito fácil ir buscar este dinheiro a qualquer lado. Seja por via de projectos ou eventos culturais e sociais, seja pela optimização de recursos, ou simplesmente pelas oportunidades geradas na libertação dos constrangimentos que o mercado publicitário implica.

Tal como está, a RTP está fortemente condicionada na prestação do verdadeiro serviço público. Os compromissos com o mercado publicitário condiciona e empurra-a para competição/concorrência com os privados, e este não é o caminho nem a razão da sua existência.

O campeonato do sensacionalismo, do mediatismo, da politiquice, da propaganda e do interesseiro não pode ser o da RTP.

Carneiro

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