A NATO deveria ter falecido há 35 anos. Teria falecido com 40 anos, o que já seria uma boa idade. Tenhamos esperança de que o futuro presidente Trump a possa finalmente assassinar. É que ela anda para aí a vegetar, sem utilidade visível.
Há que ver que, como foi enfatizado por Noam Chomsky, os EUA são um país muito liberal, no qual o Governo não é suposto imiscuir-se na economia privada. Para o Governo o fazer, inventou um mecanismo, que são as indústrias de material de guerra, ditas "de Defesa". Para o Governo dos EUA, a indústria de armamento é central, porque é através dela que o Governo subsidia boa parte da investigação científica de ponta. Neste contexto, a NATO é, basicamente, um mecanismo para garantir um mercado para a indústria de armamento americana. A maior parte dos países da NATO é obrigada a gastar muito dinheiro a comprar material de guerra americano; mesmo aqueles que têm indústrias de armamento independentes são forçados a utilizar padrões compatíveis com os impostos pelos EUA.
Confesso que tenho alguma dificuldade em perceber a hostilidade contra Trump, no que se refere à NATO. Afinal de contas o que Trump exigiu foi que os países europeus pagassem, que disponibilizassem 2% do PIB para a NATO, sob pena dos EUA deixarem cair a defesa da Europa. O que é que sucedeu?
Os países europeus estão a abrir os cordões à bolsa, os EUA estão a faturar, donde Trump só pode ser visto como o grande impulsionador da NATO na Europa. Para Trump (e não só) a NATO é um negócio americano. Trump ameaçou e ganhou. Desde que a Europa pague o que lhe é exigido, nada deve temer. E, como se anuncia, a Europa está disponível para fazer da “defesa” a grande opção orçamental, logo os macrões e os outros têm o futuro garantido.
Corolário ao excelente comentário de Luís Lavoura O modo de produção capitalista na sua fase imperialista determina a política, a diplomacia e a política militar de um Estado, ou de uma aliança imperialista de Estados.Ver como a UE se precipita no desenvolvimento da "economia de guerra" !
De acordo com estes princípios, é necessário compreender o desenvolvimento económico de um país, ou de uma aliança de países imperialistas, para explicar a política militar destes estados.
O poder militar convencional de um Estado corresponde ao seu poder económico e industrial.
Resumindo, quando a economia dum país depende do mercado das armas, isto é, da guerra, é preciso criar guerras sem cessar.
O que não quer dizer que o país que desenvolveu a sua indústria militar vai ganhar as guerras…que fomentou.
De facto, se julgarmos pelo desempenho do exército dos EUA na Somália, onde se viu impotente face às forças de Aidid, podemos concluir que a força militar mais moderna não tem capacidade para controlar uma revolta partidária. O mesmo aconteceu com o exército dos EUA no Vietname, no Camboja, no Afeganistão e no Iraque e com o exército russo no Afeganistão.
Se a NATO não tivesse entrado na Ucrânia antes da Ucrânia entrar (penso que nunca vai acontecer) na NATO, como seriam as coisas hoje? Haveria milhares de rapazinhos tanto russos como ucranianos ou não? Zeca
7 comentários:
Vi.
Duas mulheres de cabelos muito compridos e um homem com cabelo muito curto.
A NATO deveria ter falecido há 35 anos. Teria falecido com 40 anos, o que já seria uma boa idade.
Tenhamos esperança de que o futuro presidente Trump a possa finalmente assassinar. É que ela anda para aí a vegetar, sem utilidade visível.
Há que ver que, como foi enfatizado por Noam Chomsky, os EUA são um país muito liberal, no qual o Governo não é suposto imiscuir-se na economia privada. Para o Governo o fazer, inventou um mecanismo, que são as indústrias de material de guerra, ditas "de Defesa". Para o Governo dos EUA, a indústria de armamento é central, porque é através dela que o Governo subsidia boa parte da investigação científica de ponta.
Neste contexto, a NATO é, basicamente, um mecanismo para garantir um mercado para a indústria de armamento americana. A maior parte dos países da NATO é obrigada a gastar muito dinheiro a comprar material de guerra americano; mesmo aqueles que têm indústrias de armamento independentes são forçados a utilizar padrões compatíveis com os impostos pelos EUA.
Confesso que tenho alguma dificuldade em perceber a hostilidade contra Trump, no que se refere à NATO. Afinal de contas o que Trump exigiu foi que os países europeus pagassem, que disponibilizassem 2% do PIB para a NATO, sob pena dos EUA deixarem cair a defesa da Europa. O que é que sucedeu?
Os países europeus estão a abrir os cordões à bolsa, os EUA estão a faturar, donde Trump só pode ser visto como o grande impulsionador da NATO na Europa. Para Trump (e não só) a NATO é um negócio americano. Trump ameaçou e ganhou. Desde que a Europa pague o que lhe é exigido, nada deve temer. E, como se anuncia, a Europa está disponível para fazer da “defesa” a grande opção orçamental, logo os macrões e os outros têm o futuro garantido.
Corolário ao excelente comentário de Luís Lavoura O modo de produção capitalista na sua fase imperialista determina a política, a diplomacia e a política militar de um Estado, ou de uma aliança imperialista de Estados.Ver como a UE se precipita no desenvolvimento da "economia de guerra" !
De acordo com estes princípios, é necessário compreender o desenvolvimento económico de um país, ou de uma aliança de países imperialistas, para explicar a política militar destes estados.
O poder militar convencional de um Estado corresponde ao seu poder económico e industrial.
Resumindo, quando a economia dum país depende do mercado das armas, isto é, da guerra, é preciso criar guerras sem cessar.
O que não quer dizer que o país que desenvolveu a sua indústria militar vai ganhar as guerras…que fomentou.
De facto, se julgarmos pelo desempenho do exército dos EUA na Somália, onde se viu impotente face às forças de Aidid, podemos concluir que a força militar mais moderna não tem capacidade para controlar uma revolta partidária. O mesmo aconteceu com o exército dos EUA no Vietname, no Camboja, no Afeganistão e no Iraque e com o exército russo no Afeganistão.
Se a NATO não tivesse entrado na Ucrânia antes da Ucrânia entrar (penso que nunca vai acontecer) na NATO, como seriam as coisas hoje? Haveria milhares de rapazinhos tanto russos como ucranianos ou não?
Zeca
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