Em Gaza, as ações israelitas mataram dezenas de funcionários de agências humanitárias. Essas mortes não parece terem escandalizado muita gente. Agora, levantou-se um escarcéu pela morte de sete desses agentes. Porquê? Porque são estrangeiros. Os outros eram "apenas" palestinos...
7 comentários:
O dramático teatro de guerra, na Faixa de Gaza, não é local seguro para "do-gooders", bem intencionados/ingénuos, voluntários ou não. Sem linhas da frente defenidas nem combatentes uniformizados ninguém espere uma guerra entre cavalheiros e as, de permeio, Florence Nightingales.
Exactamente. Oportuno Post!
a) P.Rufino
Por aqui podemos ter "un petit aperçu" do que aconteceria quando começassem a morrer os "boots on the ground" que os que querem manter o próprio "ass on the couch" gostariam de espalhar pelo mundo.
Pensei exatamente o mesmo quando vi a reação dos governantes desses países aos assassinatos, por oposição à complacência com que assistem ao genocídio (pela guerra e pela fome) dos palestinos. Até pode ter acontecido que os alvos tenham sido identificados pela IA, seguindo o princípio, se aquela ONG ajuda os palestinos, então, é um alvo a abater.
A hipocrisia e o cinismo tornaram-se as grandes virtudes dos dirigentes que governam a Europa, os EUA, o Canadá. Todos os dias Biden “avisa” Israel. Todos os dias a comunicação social difunde que Biden e Blinken “avisam” Israel. Mas todos os dias Biden abastece Israel de armamento.
O resultado, apesar de todos os “avisos” de Biden e das “lamentações” dos europeus, o genocídio prossegue, tem a mão de Biden, que é tão ou mais responsável pela carnificina quanto o é o governo de Israel e todos aqueles que, no terreno, obstaculizam o abastecimento de alimentos e medicamentos.
Mas se pensarmos no papel dos governantes europeus, só podemos concluir que seguem a vontade dos governantes americanos, logo a Senhora Ursula von der leyen, Borrell e outros também são coniventes no massacre, com o Senhor Scholz a ter um papel que nada o distingue dos americanos, quer no ao apoio político a Israel, quer no fornecimento de material bélico. O genocídio é coisa com que Schultz e o seu governo lida bem. A hipocrisia e o cinismo são os valores que dominam nesta matéria
Se compararmos com o que se passa com a Rússia, basta atentarmos na política de sansões. Os russos foram excluídos de tudo: futebol, judo, natação, atletismo, festival das cançonetas, etc. Bastava que se soubesse que um russo iria atuar num dado país, que um músico daria um concerto, que um escritor… enfim, ostracizados por todo o Ocidente, com a Europa na vanguarda.
Ora, Israel, que nem pertence à Europa, continua a ser recebido como um país de bem, que cumpre todas as regras e leis internacionais, sem que algum governante ou líder europeu ouse avançar com uma ideia, uma que fosse, de sancionar Israel, excluir, por exemplo, a participação das suas equipas nas provas europeias, nos jogos olímpicos, no festival da canção, que sancionassem os países europeus que vendessem armas a Israel.
Porque não o fazem, porque deixam Israel agir sem quaisquer limites, os dirigentes europeus são coniventes com a política de extinção das Palestina e do seu povo. Para terem as respetivas populações com eles, repetem até à exaustão as conferências de imprensa de Netanyhau , dos seus ministros e os “avisos “ de Biden. A verdade é que Israel com o apoio, mais ou menos declarado, dos governantes europeu e americanos está e, com grande probabilidade vai concluir a colonização que há muito programou.
É que nem o Papa ajuda nem Guterres consegue impor a sua razão.
Acabamos a desvalorizar ambas as mortes.
A presidente da comissão europeia que aquando do ataque terrorista de 7 de outubro fez afirmações deploráveis incentivando a vindicta de Israel e correu esbaforida para apoiar Netanyahu, caucionando a suspensão do apoio humanitário aos palestinianos , bem que tinha agora uma oportunidade de se redimir e dar alguma credibilidade as declarações da União Europeia. Mas a realidade é que para ela bem como para uma boa parte do mundo ocidental, com algumas excepções, predomina a ideia de que o Ocidente é dono uma insuperável superioridade moral sobre os terroristas, os e duma forma geral sobre todas as nações que não subscrevem a visão dos EUA sobre o conflito do Médio Oriente.
A este propósito seria interessante o sr embaixador comentar uma percepção que eu tenho dos meus contactos com pessoas de vários países fora da UE: a UE deixou de ser vista como um ator autónomo no contexto das grandes discussões … na realidade o debate é entre os EUA, China, Rússia e o Sul Global … a UE não tem vi-os autónoma e alinha com os EUA. Nas discussões sobre acordos comerciais e outras questões de natureza mais bilateral a UE é vista como um actor que coloca na agenda as questões do desenvolvimento sustentável e das alterações climáticas como ecran de fumo para esconder uma postura eminentemente proteccionista não só sobre as questões agrícolas mas sobre todas as áreas onde se sente ameaçada.
Desde 2006 o Hamas exerce, é o poder total na Faixa de Gaza. Venceu eleições e posteriormente derrotou militarmente a Fatah.
Pergunta: Agora, 2024, o Hamas seria de novo o vencedor em eleições (justas) na Faixa de Gaza?.
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