quarta-feira, abril 03, 2024

Habituem-se!

O PSD habituou-se, desde 1987, a governar sempre em maioria. Alguém que lembre agora a Luís Montenegro que este seu governo é minoritário. Por isso, do seu programa, só vai poder aprovar aquilo que a oposição deixar. Em democracia não há bloqueios, há oposições. Habituem-se! 

14 comentários:

João Cabral disse...

Oposições? Cooperações. Cuidava que todos queriam estabilidade para a legislatura e que os tacticismos tinham acabado. A bem do País. Afinal...

Unknown disse...

A oposição é muita coisa. Vai desde o PS ao Chega. Umas vezes pode ser apenas o PS, ourras vezes ser só o Chega.

Anónimo disse...

O PSD “habituou-se” a governar, desde 1985!!!
Este nosso Embaixador é um grande brincalhão!!!
Cumprimentos

caramelo disse...

João Cabral, já lá vai o tempo em que os deputados de uma certa assembleia aprovavam em bloco os programas e orçamentos a Bem do País, ou da Nação, como então se dizia. É uma ironia cruel que no ano em que se comemoram 50 anos depois daquela data ainda se tenha de explicar isto. É por causa disto que eu defendo que se devem dar aulas de noções básicas da Constituição aos miúdos na escola.

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Estabilidade seria o anterior Governo ter cumprido o seu mandato, o PR decidiu que assim não seria, os resultados são estes, assim sendo será mesmo uma governação assente na negociação permanente.
"C'est un peu trop quand même" virem reclamar aos demais partidos anuência a medidas com as quais estes não concordem.
Estabilidade? Então e o OE 2022?

Francisco Seixas da Costa disse...

Anónimo das 6:20. Todos os governos PSD/AD tiveram maioria para governar.

Tony disse...

O Luí Montenegro, está a agir, com soberba, como se tivesse maioria absoluta. Na discursata da posse, em vez de ter uma atitude de humildade, apelando à contribuição politica positiva do PS, sentiu-se, mas foi, ameaça. Está, quanto a mim, a ir por maus caminhos. O PS, certamente aprovará o que achar por conveniente. Ninguém gosta de ser empurrado.

Carlos Antunes disse...

"Óbvio Ululante" como dizia o Nelson Rodrigues

João Cabral disse...

As dificuldades de interpretação de texto, mesmo que de simples duas linhas, continuam. Caramelos há muitos.

Anónimo disse...

Acho muita graça quando dizem (como Montenegro, imitando Cavaco):
As forças de bloqueio que não chateiem e nos deixem trabalhar. Traduzindo: que não exista oposição ou que abdique dos seus valores para não nos causar dificuldades na resolução dos problemas do povo. Porque nós é que sabemos pois fomos ungidos pelo voto. E não actuaremos por ideologias, só actuaremos para resolver os problemas ás pessoas.
Este argumento, de que não actuamos por ideologias, só actuamos para resolver dificuldades é muito utilizado por muita gente. O que é que isto quer dizer?
Zeca

afcm disse...

Nada a opôr, desde que o exercício de oposição não seja uma mera "estratégia partidária" que coloque em segundo plano os verdadeiros interesses dos portugueses ( de quem os deputados têm um mandato para defender os seus interesses como povo)

caramelo disse...

João Cabral, vou explicar melhor como funciona isto de um regime democrático e sistema de partidos, porque não me fiz entender: Dois partidos, suponhamos, vão a votos. Um ganha, vai a governo, outro perde, fica na oposição. A oposição é... oposição. Vem de "opor" e, tanto na teoria como na prática, um grupo parlamentar, o da oposição, opõe-se ao partido vencedor, o que agora está no governo. Significa isto serem diferentes. Como diferentes, votam, programas, orçamentos e medidas, conforme essa diferença. Deste modo, é não só natural, como legitimo e, mais, recomendado, no nosso sistema constitucional, que a oposição, sendo oposição, se oponha. Se se der o acaso de ambos, maioria e oposição, coincidirem, numa ideia, lei, orçamento, etc, então, votam no mesmo sentido. De nada.

Tony disse...

Caramelo,

Muitíssimo bem explicadinho. Pode ser lido, várias vezes!.

a.almeida disse...

..eu diria, "habituem-se a termos eleições legislativas uma vez por ano".
Mas ainda assim é muito tempo. Por mim era um governo semestral: dois meses para campanha, um para instalar os poleiros e os demais para o resto, ou o que quer que isso fosse.
Claro que brinco, mas estas coisas já não são de levar a sério.

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