Não procurem uma explicação para a maior cobertura dada à tragédia do submergível do que aos naufrágios no Mediterrâneo. Tal como para a diferenciada atenção aos mortos nas guerras, caso elas sejam fora ou dentro da Europa. É que podem encontrar uma resposta e ela não é agradável.
14 comentários:
¡ Não há sobreviventes !
"O sociólogo Manuel Lisboa destaca que a comunicação social tem a sua quota parte de culpa nesta diferença de interesse do público pelos dois assuntos. “Sabemos bem que uma parte do interesse do público também é feito pelo interesse dos jornalistas sobre os assuntos. E depois há ainda a questão da agenda mediática do momento: se o facto acontecer numa altura em que há outro facto mediático mais relevante terá uma menor cobertura jornalística e, logo, vai suscitar também menos interesse no público”, explica."CNN.
Os pobres deserdados da Terra não têm história ou se têm uma, procura-se deixá-la na ignorância do mundo, porque não “rende” nada ao mundo mediático. Os do submersível, esses sim, rendem muito…
Eu diria que há uma "mão invisível", algures, que dita o que deve ser revelado, o tom e o sentido da notícia. Depois, os apóstolos propagam a palavra, de modo a alisar consciências, a formar uma opinião unipolar, que esteja em consonância com os interesses dos manobradores da "mão invisível". Os que morrem no mediterrâneo, no iraque, no Sudão, na Ucrânia, são números,ninguém sabe o nome. Dos outros sabe-se o nome, beneficiam das honrarias e mordomias próprias dos senhores da guerra.
Não tem a ver com ser dentro ou fora da Europa. Tem a ver com a influência dos EUA nos media. Os EUA exportam "footage" e histórias de todo o tipo para toda a Europa, e não só. São submarinos que se afundam, tiroteios nas escolas, perseguições nas estradas, furacões e tornados, todas essas "notícias" e muitas mais eles exportam. Tudo aquilo que os EUA decidem que é notícia, exportam para a Europa.
Deve ser uma morte impressionante de se ver, aquela que tiveram os tripulantes do submersível. Àquela profundidade a pressão da água é equivalente a ter-se uma tonelada de ferro em cima. O corpo humano fica instantaneamente esmagado. Deve ser como se via nos desenhos animados de outra era, em que um indivíduo é espalmado por um peso brutal e fica bidimensional.
...e já a seguir sai um filme sobre aqueles 5...
MB
Os filhos, os enteados e os órfãos do mundo. Este homo sapiens, ainda muito pouco sapiens.
Alguém sabe onde anda Manuel Campos? Fazem falta os seus comentários por aqui.
É de lamentar a morte destes tripulantes (cobaias). E mais ainda a forma como morreram. Segundo o que contam não devem ter sofrido na altura da inclusão. Ainda não se sabe o que terá acontecido antes.
Que descansem em Paz.
"Morreram todos"!
Flor
Muito obrigado pela sua atenção e o seu cuidado.
Depois de alguns dias aí algures no país fugido aos “festejos populares”, que bem dispenso, estou de regresso a Lisboa contrariado mas obrigado por compromissos que classificarei de menos simpáticos mas inadiáveis.
Tive assim oportunidade ontem de ír com o “pré-clássico que duvido que alguma vez seja clássico” até ao Guincho, o carro fez muitos poucos quilómetros no último ano porque a vida não o permitiu, nem 2000 kms num ano inteiro.
Fruto desse pouco uso anda com manias de velho (está pior que eu!), nada de grave, como vai à revisão anual e inspecção para a semana tenho que ser eu a dizer na oficina o que quero que vejam e levar a lista, antes de ser a oficina a inventar coisas e tentar-me enfiar uns barretes, como se sabe isso nunca falha (noto as oficinas de automóveis muito vazias, é um "filme" que já vi várias vezes na vida e sei o porquê).
Hoje comecei o dia com uma visita de cortesia antes de férias a um velho amigo meu, médico na CUF-Tejo, podia assim ser visto a percorrer os corredores com o meu ar desportivo de sempre ali por volta das 10,30 da manhã, se não estivesse toda a gente a olhar para o smartphone.
Devo no entanto dizer que, como está clara e devidamente dito no texto “Coisas sérias” de 16 de Junho passado, os textos do blogue sendo, em grande parte, uma “reprodução” do que está no Twitter, acaba assim por ser algo com que se concorda ou discorda mas a que nem sempre se pode adicionar muito mais de "sólido", algo do tipo "porreiro, pá" e pronto não faz o meu estilo.
Eu sei que parece estranho escrever isto quando andei por aqui a escrever “off topics” clamorosos que até tinha que desdobrar por não caberem nas caixas dos comentários.
Mas isto depende também de muitos outros factores e, não tendo as mesmas razões do embaixador Seixas da Costa, por vezes na nossa vida surge uma sucessão encadeada de acontecimentos que esgota a nossa actual disponibilidade (leia-se também paciência) para a expressão regular sobre coisas "sérias" (adaptado mas sujeito a direitos de autor), quanto mais a coisas menos sérias.
Os meus cumprimentos
PS- Em resumo: não fiz "ghosting".
Manuel Campos
Está tudo a andar então! ;)
Flor
Pois está.
Não sei bem é para onde, mas é algo com que tenho vivido há muitos anos.
Obrigado mais uma vez.
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